Capítulo 26

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Serkan Bolat

Entrando no inferno, por livre e espontânea vontade.

Uma hora depois, Serkan e Eda estavam parados em frente aos degraus da Editora. Ela havia de novo prendido o cabelo naquele pequeno coque sexy, e, ao dar-lhe um beijo de despedida, ele enroscou os dedos nele e o soltou.

- Saber que vai passar o dia aí dentro desse jeito me deixaria muito, muito perturbado. - A brincadeira de Editora sexy daquela manhã fora uma das coisas mais sensuais pelas quais ele já tinha passado.

- Você não está com aqueles óculos aí, está?
Ele amava o som da risada dela, tão solta, tão linda. Mas então o sorriso dela transformou-se em incerteza.

- Serkan, quer entrar comigo hoje?
Como ele não respondeu imediatamente, ela prosseguiu:

- Adorei passar um tempo com você no pub. Foi legal vê-lo na sua mesa, trabalhando sobre as planilhas e dando ordens aos seus funcionários, como um tirano.

- Olhou para ele com aqueles olhos
absolutamente grandes e lindos. - Achei que talvez quisesse saber onde passo os meus dias.

Ele sabia que estava mais do que na hora de parar de ser um covarde. Bibliotecas não eram o seu lugar favorito, mas não podia evitá-las para sempre.

- Bom - ele falou devagar -, se você concordar em prender o cabelo para cima e for comigo para um cantinho escuro...
ela deu um tapa no braço dele e exclamou:

- Serkan!

No entanto, o sorriso que mal conseguia conter e o jeito sensual como passou as mãos sobre o braço dele antes de enroscarem os dedos enquanto iam em direção aos degraus da porta da frente indicavam o quanto ela tinha gostado da provocação dele.

Ele segurou a porta para ela, mas Eda parou e respirou fundo, apertando a mão dele com força.

- Eda? O que foi?
Ela balançou a cabeça, respirando algumas vezes antes de dizer:

- Nada. Acho que subi as escadas rápido demais. - Ela puxou-o para dentro do prédio, já corada novamente, graças a Deus.

- Não é incrível?

Ele tinha que admitir que o prédio era impressionante. O teto abaulado da sala principal tinha a altura de pelo menos três andares. A partir de certo ponto, havia murais pintados à mão, e mesmo uma
pessoa que não gostasse de ler, como ele, podia adivinhar que eram cenas da literatura clássica.

- Eda, oi!

Uma mulher, que ele imaginou ser uma colega de trabalho de dela, praticamente correu para cumprimentá-los. A mão de dela retesou-se por alguns segundos, e puxou-a para mais perto.

Os olhos da mulher iam de um para o outro.

- Esse é seu... amigo?

Era quase impossível deixar de lado a necessidade de declarar ao público sua posse sobre Eda; no entanto, a semana ainda não havia terminado. E essa seria uma boa oportunidade para ver em que pé estava a decisão dela com relação a deixá-lo permanecer em sua vida. O jeito como tinha feito amor com ele naquela manhã havia lhe dado uma parte da resposta.

Até ela apertar-lhe a mão e virar-se para ele com um sorriso radiante, eu não tinha percebido que estava segurando o fôlego.

- Este é o Serkan. - Ela não tirou os olhos dele nem por um segundo, antes de continuar:

- Meu namorado.

Não havia como impedi-lo de beijá-la. Depois de dar um beijo muito mais curto do que gostaria, em respeito ao trabalho dela, esticou a mão para cumprimentar sua colega de trabalho.

Nunca Tirei Os Olhos De Você ( Corrigindo)Onde histórias criam vida. Descubra agora