Serkan Bolat
Entrando no inferno, por livre e espontânea vontade.
Uma hora depois, Serkan e Eda estavam parados em frente aos degraus da Editora. Ela havia de novo prendido o cabelo naquele pequeno coque sexy, e, ao dar-lhe um beijo de despedida, ele enroscou os dedos nele e o soltou.
- Saber que vai passar o dia aí dentro desse jeito me deixaria muito, muito perturbado. - A brincadeira de Editora sexy daquela manhã fora uma das coisas mais sensuais pelas quais ele já tinha passado.
- Você não está com aqueles óculos aí, está?
Ele amava o som da risada dela, tão solta, tão linda. Mas então o sorriso dela transformou-se em incerteza.- Serkan, quer entrar comigo hoje?
Como ele não respondeu imediatamente, ela prosseguiu:- Adorei passar um tempo com você no pub. Foi legal vê-lo na sua mesa, trabalhando sobre as planilhas e dando ordens aos seus funcionários, como um tirano.
- Olhou para ele com aqueles olhos
absolutamente grandes e lindos. - Achei que talvez quisesse saber onde passo os meus dias.Ele sabia que estava mais do que na hora de parar de ser um covarde. Bibliotecas não eram o seu lugar favorito, mas não podia evitá-las para sempre.
- Bom - ele falou devagar -, se você concordar em prender o cabelo para cima e for comigo para um cantinho escuro...
ela deu um tapa no braço dele e exclamou:- Serkan!
No entanto, o sorriso que mal conseguia conter e o jeito sensual como passou as mãos sobre o braço dele antes de enroscarem os dedos enquanto iam em direção aos degraus da porta da frente indicavam o quanto ela tinha gostado da provocação dele.
Ele segurou a porta para ela, mas Eda parou e respirou fundo, apertando a mão dele com força.
- Eda? O que foi?
Ela balançou a cabeça, respirando algumas vezes antes de dizer:- Nada. Acho que subi as escadas rápido demais. - Ela puxou-o para dentro do prédio, já corada novamente, graças a Deus.
- Não é incrível?
Ele tinha que admitir que o prédio era impressionante. O teto abaulado da sala principal tinha a altura de pelo menos três andares. A partir de certo ponto, havia murais pintados à mão, e mesmo uma
pessoa que não gostasse de ler, como ele, podia adivinhar que eram cenas da literatura clássica.- Eda, oi!
Uma mulher, que ele imaginou ser uma colega de trabalho de dela, praticamente correu para cumprimentá-los. A mão de dela retesou-se por alguns segundos, e puxou-a para mais perto.
Os olhos da mulher iam de um para o outro.
- Esse é seu... amigo?
Era quase impossível deixar de lado a necessidade de declarar ao público sua posse sobre Eda; no entanto, a semana ainda não havia terminado. E essa seria uma boa oportunidade para ver em que pé estava a decisão dela com relação a deixá-lo permanecer em sua vida. O jeito como tinha feito amor com ele naquela manhã havia lhe dado uma parte da resposta.
Até ela apertar-lhe a mão e virar-se para ele com um sorriso radiante, eu não tinha percebido que estava segurando o fôlego.
- Este é o Serkan. - Ela não tirou os olhos dele nem por um segundo, antes de continuar:
- Meu namorado.
Não havia como impedi-lo de beijá-la. Depois de dar um beijo muito mais curto do que gostaria, em respeito ao trabalho dela, esticou a mão para cumprimentar sua colega de trabalho.
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Nunca Tirei Os Olhos De Você ( Corrigindo)
Chick-LitEda e Serkan se conhecem desde novos, porém serkan era mais velho que Eda e sempre a viu como a irmãzinha de seu melhor amigo. Eda, por outro lado, sempre foi apaixonada por serkan, estava determinada a mostrar para ele que já não era mais uma garot...