Nunca Tirei Os Olhos De Você ( Corrigindo)

capítulo 2

Chegada 

Serkan Bolat 

Só de pensar que estou voltando para minha cidade natal depois de tanto tempo longe, me deixa um pouco apreensivo. Fui para Londres na intenção de estudar e me formar em Direito, mas acabei trocando para administração. 

Com a herança do bastardo do meu pai resolvi abri um pub. E junto dele um restaurante; no começo foi bem difícil de manter, tive que me esforçar o máximo para fazê-lo faturar. Com o passar dos anos as coisas foram melhorando e hoje tenho franquias em vários países, pode se dizer que me dei muito bem, apesar disso, sempre tive a sensação de que estava faltando algo; e eu sabia exatamente o que era.

Estava faltando ela.

Desperto do meu momento nostalgia, quando ouço o piloto dizer que em instantes aterrissaríamos no aeroporto de Istambul, minha cidade de berço.

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Pisar aqui outra vez era uma grande oportunidade para os meus pensamentos rolarem soltos, trazendo sensações doces e amargas na mesma proporção.

Sensações que me obriguei a reprimir, visto que, em hipótese alguma, poderia deixar sair de onde estavam guardadas; ou seja, no mais profundo de mim.

Me pergunto como ela deve estar?

Se ainda sorri gentilmente?

Se ainda usa o cabelo com franja? Ou se ainda chora pelo personagem favorito de seu livro? São tantas as perguntas.

Anseio por vê-la, porra, como quero vê-la, mas, ao mesmo tempo, não quero.

- Que droga.- digo em conflito comigo mesmo. 

O Comichão em minhas mãos e o coração errando as batidas de dizem que sim, quero vê-la sempre será assim.

Esse tempo todo fora, conheci outras mulheres somente na intenção de aplacar a vontade que eu tenha de estar com ela, mas nenhuma chegou perto se quer de me fazer chegar aos céus somente com um sorriso como ela fazia.

Ela era presença constante em meus pensamentos, e me repreendia por tal ação, visto que eu não poderia se quer sonhar em tocá-la da maneira que eu tenha vontade.

Sou desperto de meus pensamentos sobre meu pequeno anjo, quando uma pessoa esbarra em mim.

- Desculpa - uma senhora me pede após esbarrar em mim, vejo em seus olhos e tenho a sensação de que a conheço, mas não sei exatamente de onde.

- Sem problemas, a senhora está mesmo bem? - pergunto 

- oh, sim, estou bem, fui eu quem esbarrou em você, e estou envergonhada por isso.

- Amor? - um homem vem ao seu encontro e a abraça; e mais uma vez tenho a sensação de reconhecimento. Ele tem cabelos grisalhos, olhos castanhos, ele é alto e usa uma barba bem grande. Ele me olha dos pés a cabeça, depois se apresenta.

- Olá, me chamo Kemal.- ele estende a mão direita em cumprimento.

- Serkan Bolat. - digo apertando as mãos do mesmo. Quando me apresento vejo a senhora que esbarrou em mim desmaiar em minha frente, seu marido a ampara em seus braços a levando para uma das cadeiras que tinha ali por perto. Ele pega algo em sua bolsa, e passa sobre seu rosto, fazendo a mesma despertar. Os dois se olham de maneira cúmplice e me observam confirmando algo que não sei explicar. Achei a atitude meio estranha, mas ignorei e perguntei se ela estava mesmo bem.

- Sim, querido, estou bem obrigada. - ela fala.

- A propósito me chamo Aydan Dorsus. - estende a mão.