capitulo 12

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Serkan Bolat

Ela veio
Fazendo meu mundo parar

Serkan empurrou os papéis encima de sua mesa para longe, não conseguiu se concentrar nas planilhas, estava frustrado, os números fugiam de sua mente. E olha que ele era bom com números. Ele sentia que no momento ele precisava relaxar, mas sabia que o trabalho que fora deixado de lado agora, teria que fazê-lo amanhã.

A única coisa que fez ele ficar em casa numa sexta a noite foi justamente o trabalho, que ate agora não dava conta de realizar.

Ele se preparou para sair, iria para uns de seus bares, ficaria de frente para as torneiras de cerveja.

Era isso que faria.

Pegou seu celular, olhou na tela, havia três chamadas perdidas de Sinan. Durante essas oito semanas tinha evitado os Yildiz. Ele não saberia como encarar Sinan, não sabendo do que tinha feito com a sua irmã.

Ele foi tão baixo, mas tão baixo que ele não podia acreditar que tinha feito, esperava que tivesse sido um sonho louco, mas toda vez que pregava os olhos,via o rosto de sua pequena fadinha olhando no fundo dos seus olhos dizendo que o amava para sempre.

Ele sabia que ela não o amava realmente, só amava aquilo que ela fantasiou dele, provavelmente ela escrevia em seus diários sobre ele, quando ainda era uma menina e usava vestido rosa e sandálias de brilho.

Ele sabia que ela nunca o perdoaria pelo que tinha feito, sabia que não merecia o perdão, tinha consciência de que o melhor para ela era ficar longe dele, a partir de agora.

Por que agora ele conhecia o seu sabor, a sensação de sua bu....

Meu Deus, o que ele estava pensado... volte aos seus sentidos serkan.

Precisava ir para o bar, onde o barulho e a aglomeração de pessoas iam distraí-lo de pensar nela. Colocou o celular no bolso, pegou as chaves de seu carro e foi em direção a porta.

Ao abri-la, se deparou com a imagem de um anjo, não um anjo qualquer, o seu anjo. Eda Yildiz.

- Oh, ah oi. Estava prestes a bater. - diz, meio sem saber o que dizer.

- O que diabos você está fazendo aqui?- foi exatamente essa mesma pergunta que ele fez dois meses atrás para ela.

Ele usou o tom de voz mais elevado que pode, sabia que ela não tinha feito nada mal, mas foi o melhor que ele podia fazer, até por que somente em olhar para ela, todas as células do seu cérebro entram em uma guerra interminável.

Ela parecia deslocada, desconfortável, parecia cansada, tão cansada quanto ele mesmo se sentia.

- Posso entrar?

- Você lembra da última vez que isso aconteceu, não é?- ela arregalou os olhos com o tom de voz dele, mas mesmo assim permaneceu ali.

- Sim.- ela balançou a cabeça.- é exatamente por aquela noite que estou aqui, temos que conversar com você.

Ele não confiava em si mesmo perto dela, não conseguia olhar nos olhos que o levou a tomá-la ferozmente.

Nunca Tirei Os Olhos De Você ( Corrigindo)Onde histórias criam vida. Descubra agora