Bônus

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Aydan Bolat (Dorsüs)

Tinha dezoito anos quando meu pai me disse que tinha me arrajado um noivo, fiquei desesperada, não podia demonstrar na frente daquele velho, a raiva e o desespero que estava sentindo.

Eu amava um homem, ele era filho do capataz da fazenda onde morava, ele era lindo, carinhoso e muito atencioso comigo, Kemal Dorsüs era o nome dele, passamos a nos encontrar as escondidas, não podia deixar o meu velho pai tomar conhecimento disso.

Passávamos muito tempo juntos, e em um desses encontros, contei a ele que iria me casar, que o meu pai havia me arranjado um noivo, que se chamava Alpikin Ylmaz, um fazendeiro falido que queria juntar as terras do papai com as dele, e meu pai queria se livrar de mim.

Tempos se passaram e o dia do casamento havia chegado, eu e kemal tínhamos combinado de fugir, esperei muito tempo, mas ele não apareceu, fiquei atordoada não sabia o que fazer, noite passada não tinha siguinificado nada? Era o que me perguntava; frustrada e decepcionada com kemal, me casei com Alpikin Ylmaz o tornado um bolat.

Três meses depois do casamento descobri que estava grávida, tinha certeza de que não era de meu marido, porque o tempo de gravidez não batia com o tempo de casamento, no começo Alpikin era atencioso e carinhoso também, dizia que me amava, mas eu não podia e nem poderia corresponder.

Com o passar do tempo Alpikin tomou conhecimento de que eu estava grávida, ele ficou feliz, mas a decepção veio logo depois quando falei que o filho não era dele.

Depois da descoberta ele passou a me tratar friamente, sempre chegava em casa bêbado, tentava me agarrar a força, felizmente nunca aconteceu o pior no começo da gravidez.

Com o passar dos meses minha barriga foi crescendo e então descobri que esperava um menino, meu e do kemal.

O dias com Alpikin eram cada vez mais aterrorizantes, ele passou a me violentar, mesmo estando grávida, tinha medo de recusar e ele tentar fazer algo para que eu perdesse meu bebê, chorava dia e noite, servia como uma prostituta para ele, chegava, me tocava e saia. Era um inferno que eu vivia.

No dia que eu fui para uma consulta de rotina, me encontrei com o pai do meu bebê, ele estava tão magro e tão machucado, me disse que tinha sido mantido em um lugar onde apanhava todos os dias, e que tinha sido o meu pai que tinha mandado o matar, ele ficou por sete meses, quando finalmente o pai dele o ajudou a sair de lá.

Kemal pensou que o filho era de Alpikin, mesmo assim não o rejeitou, pulou de alegria quando disse que não era dele, passamos a nos encontrar as escondidas, estava feliz de estar com ele. Até que um dia meu marido tomou conhecimento disso, me trancou dentro de um quarto, sem água e sem comida.

Ele estava transtornado, sempre me perguntava porque de eu não amá-lo, se eu era tudo para ele, dizia que eu era o amor da vida dele.

Me perguntava que tipo de amor era aquele, que não me deixava livre?

Passei os últimos dois meses de minha gestação com dores, por causa das violações que sofria de meu marido, em uma noite muito chuvosa comecei a sentir dores de parto, tive que contar com a ajuda do meu opressor, me levou para a maternidade, naquela mesma noite, dia vinte e seis de agosto, meu menino veio ao mundo, forte e saudável.

Nunca Tirei Os Olhos De Você ( Corrigindo)Onde histórias criam vida. Descubra agora