Capítulo 8 - Achar a bandeira

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- Vocês dormiram fora? - Seon perguntou, servindo o café quente aos outros dois que se sentavam junto deles na mesa de madeira. - Quando saíram?

- Eu não saí. - Felix se defendeu da carranca brava do homem que os dava abrigo. - Eu fugi.

- E por quê motivo você fugiu? - Seon voltou a questionar. - Não é feliz aqui? Não tem o que precisa?

- Seon-ssi. Não faça isso. - Minho o empurrou pelos ombros até uma das cadeiras. Tirou o pano de prato que o velho senhor carregava no ombro como fez à garrafa de café, então foi até o formo para conferir os pães assando. - Ele "fugiu" dos raios. Estava com medo.

- E você, onde estava?

Jisung continuaria atento à conversa dos outros dois, mas desde que chegaram à casa pequena - e abarrotada de crianças - Changbin simplesmente não conseguia se manter quieto.

- Binnie, tem que ficar quietinho. - Pediu. - Olhe só, prove a bebida quentinha.

- Mas está sol lá fora, hyung! - Falou alto.

- Shh... - Jisung o pediu com o dedo em frente aos lábios.

Conferiu os outros dois, mas eles ainda estavam ocupados na discussão.

- Mas está sol lá fora, hyung. - Changbin repetiu baixinho, o dedinho em frente à boca também. - Chan hyung sempre disse que, quando ele morava no lugar cheio de criança igual esse, era muito bom brincar lá fora quando tava sol.

Jisung riu um pouquinho. Apontou para o copo de café.

- Não quer beber? - Changbin negou. - O que quer então? Mas tem que ficar quietinho.

Changbin pensou em que exigência faria em troca de sua quietude, mas o planejamento ardiloso foi pelos ares assim que ele viu Felix sorrir arteiro do outro lado da mesa para escorregar pelo banco até estar no chão. Acompanhou, com os olhinhos curiosos, aquele novo amiguinho correr para fora do cômodo rumando o quintal onde as galinhas se agitaram para longe de seus passos.

- Eu quero brincar com ele, hyung. - Foi o que disse, então.

Jisung olhou para Minho andando de um lado para o outro na cozinha, enquanto fazia as coisas e falava com o velho lobo ao mesmo tempo. Pensou se ele não gostaria de ajuda.

- Tudo bem. - Disse ao irmão mais novo. - Mas não quero que saia do quintal, okay?

Changbin o mostrou o polegar erguido e correu para fora.

Jisung sorriu para sua animação, mas se levantou com pressa quando ouviu o grunhido na voz conhecida. Ele se apressou até Minho e estendeu as mãos para tomar a bandeja saída do forno, depois de pegar mais um pano sobre a mesa.

- Aqui. Deixa que eu pego.

Minho deixou ser levada a fornada de pães. Seon estalou a língua no céu da boca enquanto se dirigia para a geladeira, lançou um saco de ervilhas congeladas para Jisung, que agarrou no ar ao retornar para o lado do novo amigo.

- Me deixe ver. - Pediu, tomando o punho do outro.

- Eu estou bem. - Minho puxou a mão de volta, estendendo a outra para tomar o saco de ervilhas, mas Jisung o afastou.

- Eu não disse que estava mal. - Jisung usou das palavras familiares. - Eu só quero ver.

Minho rolou os olhos. Estendeu a mão e Jisung separou seus dedos para ver as pontinhas vermelhas.

- Está ardendo?

- Não. - Minho negou quando sentiu o frio adormecer a pele. - Não se preocupe, já estou costumado.

Dinastia Alpha - Respeitável Público • Namgi (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora