Dinastia Alpha - Respeitável Público • Namgi (REVISÃO)

Capitulo 25 - Bons meninos sabem lutar

O gemido mais alto que os outros o fez parar o movimento tortuoso e lento, que levava os quadris quase inconscientemente. Como o outro, se apoiou no tronco grosso da árvore - distante o bastante para que não os ouvissem, mesmo durante as pausas entre as música alta na clareira onde a festa ainda acontecia.

Urrou, baixinho, e apoiou a testa suada contra o ante braço que usava como apoio para manter o corpo cansado. Segurou com mais força a cintura esguia entre os dedos, para sentir melhor o aperto do interior que tão bem o acolhia.

Apenas quando o outro se mexeu, empinando mais a bunda farta que sua mão fez questão de apertar, beijou a nuca brilhante que refletia em suor os poucos raios de luz que vinham da clareira movimentada, e que conseguiam se desvencilhar dos galhos e folhas que os rodeavam. 

Continuou parado, porque Sunoo derretia em seus braços como sinal de que estava sensível demais para continuar. E porque, se o fizesse minimamente, teria de terminar o que começou de qualquer forma.

Estava prestes a puxar o membro de volta, terminaria o que começou com as próprias mãos se Sunoo não levasse ambas as suas até sua cintura com pressa, apoiando o peito agitado contra o tronco para se manter precariamente erguido e grudando as costas  em seu peito.

As pernas de Sunoo tremiam, os olhos pesavam, o interior ardia pelas duas vezes em que gozou tão forte a ponto de sentir à beira de um colapso, porque Changbin era bom demais no que fazia. E foi exatamente por esse motivo que ele o prendeu ali, mesmo ofegante, enquanto lutava para olhar por sobre o próprio ombro.

Chegou a ver, por pouco tempo, o olhar anestesiado de Changbin, mas teve que desviar o olhar e apoiar a testa - assim como as mãos, outra vez - no tronco áspero para se manter de pé quando, no movimento impensado, o mais novo se afundou outra vez para abraçá-lo por baixo dos braços, com a mão espalmando o peitoral por baixo da blusa larga.

— O hyung não está cansado?

Sunoo respirou fundo antes de responder:

— Não~

Mas o som saiu mais agudo no final, quando Changbin se moveu mais um pouco apenas para testar o que já suspeitava. 

— Não vamos continuar se for desconfortável para você, Sunoo. — Se puxou para fora de vez, o abraçando pelas costas e trazendo a cabeça pesada para encontrar apoio em um de seus ombros, beijando com carinho a bochecha cheinha que tanto o fez sentir bem. 

Quando deixou o vilarejo para a última viagem de espetáculo, o Sunoo que encontrou estava com a coluna mais curvada, os ombros mais caídos e as bochechas descarnadas. Isso, além da palidez exagerada e das marcas escuras abaixo dos olhos fez com que apenas ficasse ainda mais preocupado durante todos os meses fora - além de ter os pensamentos presos em como deveria estar a saúde de Jisung, também se perguntava como estaria Sunoo no fim das contas. Se surpreendeu por voltar e encontrá-lo daquela maneira: tão lindo como sempre, mas de aparência dezenas de vezes mais saudável. 

Foi para isso que sorriu, mais uma vez na noite, ao esfregar ali a ponta do nariz pontudo, sentindo o cheirinho reconfortante de maçãs. 

— Você sequer terminou, Binnie... — O mais velho reclamou, molenga, aceitando de bom grado o carinho prestado pelos dedos firmes que apertavam sua lombar com cuidado. — Devia esvaziar sua cabeça quando está comigo, deixar tudo para lá e aproveitar. Te trouxe para relaxar... — Mordeu os lábios em meio ao sorriso quando a pontinha da orelha foi capturada entre os dentes alheios. 

— Tem razão... Eu ando pensando demais durante os últimos meses. Só é um tanto difícil me livrar disso.

Sunoo, então, se virou devagar para abraçá-lo pelo pescoço, beijando os lábios bonitos antes de contorná-los com a ponta do nariz.