Felix nunca tinha visto um circo armado antes. Nunca tinha segurado um balão de gás hélio e, talvez por isso, tudo parecesse irreal demais para ser diferente de um sonho.
O barulho, a agitação, o jogo de luzes, sombras e penumbra. Era tudo maravilhoso, tudo mágico, mas ele não sorria tanto quanto Minho ao seu lado.
Minho estava atento a cada palmo da feição do irmão mais novo, e o sorriso grande que tomava seu rosto era reflexo de pura satisfação. Ele, realmente, não se lembrava de ver Felix tão feliz como naquele momento.
O sorriso dos dois, fez Changbin sorrir também enquanto segurava as cortinas pesadas entre os dedinhos pequenos.
- Sungie. - Ele puxou, duas vezes, as roupas do irmão mais velho. - Estão na fileira da frente.
Jisung secou o cantinho dos olhos e sorriu para ele. Ajeitou no corpinho pequeno o casaco colorido de vermelho, azul e branco com suas contas amarelas penduradas junto das abotoaduras prateadas e a gola repleta de gliter. Os pezinhos, descalços, saltaram duas vezes enquanto o riso embalava toda a área atrás das cortinas.
Estava pronto para pedir para que o mais novo parasse as estripulias, para que deixasse energia para quando subissem ao palco. Mas teve toda a atenção roubada pelo dono da voz que se anunciou:
- Vamos dar nosso máximo, como sempre. - Namjoon caminhava por entre eles, entregou à Changbin o microfone sem fio. - Vai ser o último espetáculo, antes de irmos para casa.
Os sorrisos vieram de todos, menos de Jisung.
Quando cada um tomou seu rumo, para preparar as performances, Jeongin se assegurava de que as cordas que serviriam para segurar Han próximo ao teto estavam firmes.
- Vamos lá. Pode subir por um segundo? Só para um teste. - Ele pediu, olhando para o mais novo que assentiu.
Jisung enlaçou na corda a sola de um dos pés, e se ergueu com a força dos braços. Jeongin o levantou minimamente, apenas para testar o peso. Mas no primeiro puxão, Jisung sentiu, na lateral do corpo, a pontada de dor tamanha a ponto de largar a corda, e cairia de costas contra o chão se não fosse um par de mãos a ampará-lo pouco antes de um espasmo fazê-lo encolher nos braços conhecidos.
- O que aconteceu? - Namjoon, com os braços firmes a seu entorno, questionou de forma dura. - O que é isso? - Ele ergueu a blusa azul da criança para encontrar os veios roxos, esverdeados em alguns pontos, e escuros que saiam do arranhão profundo sobre as costelas do lado esquerdo. - Céus...
Jeongin, ao enxergar o mesmo que Namjoon, cobriu a boca com a palma da mão.
- Como isso aconteceu, Jisung? - O líder entre eles voltou a perguntar.
Jisung cobriu suas mãos, o intuito era afasta-las, mas ele ainda as apertou um pouco antes disso.
- Estou bem. - Já de pé, foi o que disse. Mesmo que ainda usasse os ombros largos em sua frente como ponto de apoio.
- Vejo como está bem. - E Namjoon estava pronto para erguer a camisa outra vez, mas foi impedido pelo aperto forte dos dedos em seu punho. - Deixe-me ver, Jisung. Está sentindo dor?
- Não! - O garoto respirou fundo, tinha os olhos fechados com força. - Estou melhorando, juro. - Mentiu.
Jeongin não acreditou no que viu, quando também ouviu, o suspiro longo e trêmulo de Namjoon. Aquilo não era comum para quem convivia com a estátua andante que era aquele líder.
- Mas que droga! - Os dois mais novos se assustaram um pouco quando Namjoon, praticamente, explodiu o praguejar. - Por quê não pode confiar em mim, apenas um pouco?! O que eu fiz de errado, Jisung?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dinastia Alpha - Respeitável Público • Namgi (REVISÃO)
Fanfiction[1° fase em conferência] Depois de tomar o poder através do chamado "Grande Abate", alphas de más intenções se mudaram para o ponto cardeal mais alto do mapa, onde proclamaram o período que ficaria conhecido como "Dinastia Alpha". A realidade devas...