Dinastia Alpha - Respeitável Público • Namgi (REVISÃO)

Capítulo 19 - Our Home

— Bom. Os anos se seguiram em, considerável, paz depois disso. Yoongi-ssi e Namjoon-ssi voltaram a sair com a companhia pelas vilas, mas o que repercutiu sobre o "Sicário Âmbar" os fez mais famosos e precisam tomar mais cuidado para não serem vistos. Não houveram tentativas de ataque depois do que aconteceu na barreira,  Seungmin hyung diz que é porque a os muros de Hwasa, nos está protegendo, escondendo nosso cheiro e presenças. Não que isso me faça acreditar que seja apenas uma calmaria antes da tempestade. Afinal, estamos falando de Jongsu, e não devemos subestimar o que ele é capaz de fazer mas... Namjoon hyung diz que não devemos nos preocupar com isso, porque também estamos preparando algo grande desde que saímos daquele inferno e... Namjoon hyung sempre foi muito inteligente, também, de qualquer forma devemos confiar no que ele diz ele é um líder responsável e pare de me olhar com esses olhinhos assim porque estou começando a achar que não devia falar sobre isso com o bando de crianças choronas como vocês três e-

— Jisung oppa! Respira! — A menina riu um pouquinho quando o interrompeu.

Jisung respirou fundo, de verdade da primeira vez, mas depois dramatizou o ato ao deixar o jarro, vazio além da metade, sobre a mesa. A onda de risadas o fez se virar para rir também, mas acabou pisando nas patas do cachorro aos seus pés e quase foi mordido. 

Quando ele caiu no chão, o grupo de crianças se aproximou, risonho, para ajudá-lo a se levantar. 

— Por quê Changbin não leva isso com ele? — Jisung fez cara feia para o cachorro de pelos pretos e brancos, mas não negou quando as patinhas arranharam sua calça pedindo por carinho. 

Tinha o bichinho em seus braços quando a menina se pôs a ajudá-lo, enquanto distribuía os copos com suco entre os outros. 

— Conta o que aconteceu antes, hyung. — O garoto arteiro fungou, antes de se agarrar às roupas da irmã mais velha quando ela voltou a se sentar ao seu lado. 

— Antes? — Jisung apertou os olhos. — Antes quando? Já se fazem quase... Jaelin, quantos anos você tem mesmo?

A menina o encarou, desacreditada. 

— Treze...? O oppa devia saber, não é um dos meus tios?

— Você tem tios demais, eles se lembram por mim. — Jisung gesticulou de qualquer forma, e bebeu o primeiro gole do suco em seu copo. — De qualquer forma, já faz muito tempo. Vai ter que ser mais específico, Moa. 

— Antes dos anos, hyung. — O menino gesticulava com as mãos. — Durante o combate. — Os olhinhos se abriram mais quando pareceu mais animado. 

— O quê? Quer que eu conte sobre a guerra? Hajun já não parece assustado o bastante? — O mais velho apontou para o menino pequeno e gorducho, mas os bracinhos estavam estendidos em direção ao cachorro que Jisung segurava com força nos braços e pedia para ser liberto. 

Jisung soltou o bichinho e se levantou, e logo os dois - o cachorro e Hajun - estavam rolando no chão da cozinha. 

— Ele nem está ouvindo. — Jaelin deixou o copo entre as pernas dobradas, apoiou os cotovelos nos joelhos e o rosto nas mãos que abraçaram as bochechas cheinhas. — Conta, oppa. Conta sobre o confronto nos muros.

Jisung engoliu em seco. 

— Lembro, no máximo, do que Changbin me contou. — Disse, bebendo um pouco do suco antes de se virar de costas para o par de crianças atentas e se apoiar na pedra da pia. 

A luz da manhã, que entrava pela janela, refletiu em seu rosto, e ele teve que se desviar para ver a árvore carregada de frutinhas do lado de fora.

— Por quê? — Moa questionou, realmente curioso.