Capítulo 17 - O herói

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— Por que será que isso não me cheira a coisa boa? — Soobin se sentou no chão ao lado do banquinho de madeira onde o outro estava. Ia entregar-lhe o olhar, quem sabe se perder por mias alguns segundos no rosto bonito envolto pelos cabelos cor de rosa por cortar que ainda estavam ameaçados pelo boné que há muito não os via abrigar, mas apenas não pôde fazê-lo ao sentir que não deveria estar ali. — Além de, realmente, não cheirar bem. 

Ele acenou para Kai e Beomgyu quando se aproximaram também. 

Taehyung se encolheu mais no banco escorado à parede, quando os pegou olhando para o copo com o chá quente que segurava entre as mãos. O mais alto ainda tentou disfarçar o choque momentâneo, mas o outro encarou a bebida com o olhar frustrado que agitou as mãos fechadas em punho. 

— Bom. — As mãos fechadas foram tomadas, ambas, por Ķai que começou a falar. — Nós já vamos. Parece que vão se reunir na casa da criança, e por mais que sejamos relativamente desconhecidos nos pediram para ajudar a distrair os outros dois. Aparentemente somos um novo assunto, e temos muitas histórias para contar. 

Soobin encarou o colega, as sobrancelhas franzidas. 

— Beomgyu, está bem? — Perguntou, se levantando quando notou aquele amigo mais pálido do que as luzes fluorescentes, agora acesas, o deveriam deixar. 

Beomgyu assentiu um par de vezes, antes de os olhos caírem brevemente sobre o copo de Taehyun outra vez. 

— É o jeito que o Kai está te segurando? Huening Kai, solta agora! — O pedido de Soobin não foi calmo, mas o outro não se moveu. — Não me ouviu? Está incomodando ele. 

— Não. — Beomgyu se desfez dos punhos, prendeu os dedos aos do outro e os segurou mais forte. — Não está incomodando, está tudo bem. Comigo, está. — Ele lançou um olhar significativo que correu de Soobin a Taehyun, e então o outro pareceu ainda mais confuso.

— O quê? — Soobin perguntou, ainda sem coragem de olhar para Taehyun. 

Talvez fosse por ainda estar sensível quanto aos sintomas do cio, mas podia jurar ouvir a presença do lobo ômega de Taehyun pedir para que saísse, que o deixasse. Mas queria se manter por perto, porque mesmo o pedindo para se afastar também podia ver seu olhar implorar alguém por perto. 

— Vamos? — Kai olhou para Beomgyu ao abraçá-lo. Sorriu fraquinho quando viu o mesmo se abrir no rosto tomado por tristeza. Ao passar por Soobin, apertou seu ombro e apontou para a outra parede de forma nada disfarçada, porque conhecia bem aquele amigo para saber o quão péssimo ele era em notar dicas encobertas. 

Então Soobin seguiu a direção apontada para encontrar Yeonjun agachado, ao lado do balcão onde estava o microscópio onde colocaram o que conseguiram coletar do sangue que encharcava a camisa que disseram ser de Felix.

Precisavam de amostras, e aquilo parecia suficiente para Namjoon, então apenas seguiram suas ordens e de Taehyun para conferir a quantidade de variação de gene presentes no organismo de Jisung

Claro, foi apenas confirmado que eram células Ômega, e mais nenhuma variação. Significava, basicamente, que tinham menos tempo.

Soobin chegou mesmo a apostar na solução que Yeonjun tomou como questionamento a Namjoon, sobre o menino poder se recuperar se houvessem células Alpha em seu organismo, assim era apenas encontrar algum alpha com o mesmo tipo sanguíneo e dar um jeito de fazer uma transfusão. Mas Namjoon os explicou que, em caso de envenenamento, nem mesmo isso seria capaz de concertar o estrago, uma vez que também poderia atingir as células Alpha e não teriam como se reparar. Ao fim, apenas arrastaria ainda mais o sofrimento de Jisung porque se tornaria um tanto doloroso as células, também envenenadas, tentando se modificar para combater o que também as poderia afetava.

Dinastia Alpha - Respeitável Público • Namgi (REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora