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Matias

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Matias

De madrugada acordo com sede. pego o meu celular, que havia colocado na cómoda ao meu lado e olho o horário, já eram 2h30 da manhã. Olívia continua dormindo. Acho que derrubamos todas as almofadas que estavam entre nós, pois elas estão no chão.

Coloco o celular na cómoda novamente, saio do quarto e vou até a cozinha para beber água.

Esqueci que não sei onde fica a cozinha.

Abro a porta do quarto novamente para voltar à dormir. Olívia está sentada na cama. Merda, ela acordou com o barulho da porta.

— Matias, onde você estava? — Ela pergunta com uma voz sonolenta.

— Eu estou com sede, fui tentar ir para a coziha. mas nem sei onde ela fica, essa casa é enorme. Desculpa te acordar.

— Pior que eu também nem sei onde fica a cozinha. Aguenta a sua sede aí até amanhecer. — Ela fala se jogando no travesseiro.

Olívia consegue dormir tão rápido, para mim é tão difícil dormir, tenho uma insônia muito forte. Deito de barriga para cima e fico observando o teto. O tempo vai passando mas ainda não consigo dormir.

Pego o meu celular e olho o horário. Já são 4h da manhã.

Olívia, ainda dormindo, vai aos poucos vindo para o meu lado. E quanto mais ela se move em minha direção, mais eu vou para a beira. Estou praticamente caindo da cama.

Era para eu ter colocado as almofadas na cama novamente, por que eu fui deixá-las no chão?

Antes que eu possa me mover novamente, Olívia coloca a sua cabeça sobre o meu peito e entrelaça a sua perna na minha. Fico imóvel. Meu Deus, como ela conseguiu fazer isso dormindo?

Fico imóvel, sem saber o que fazer.

Olho para ela, tentando assegurar que ela está realmente dormindo.

Sim, ela está dormindo.

Começo a sentir sua respiração leve e seus batimentos cardíacos sobre o meu corpo, é estranho dizer isso quando tem uma pessoa em cima de você que te impede de se mover, mas eu estou me sentindo confortável.

Em menos de 5 minutos, consigo sentir sono e durmo.

De manhã eu acordo, Olívia ainda está dormindo em cima de mim, eu preciso beber água, socorro.

Pego o meu celular, são quase 10h, abro o meu jogo favorito e fico jogando, esperando Olívia acordar.

Já se passaram quase 30 minutos e ela continua dormindo. Vou desidratar de tanta sede.

Uma notificação ecoa no celular de Olívia. Ela finalmente acorda, com o barulho. Obrigado Deus.

— Foi mal... — Ela fala se movendo para o lado ainda sonolenta, olhando para mim. — Você conseguiu dormir ou passou a noite em claro? — Ela fala deitando a cabeça no travesseiro.

— Dormi muito bem, só acordei por quê estou com sede. Inclusive vou descer para beber água, ok? — Falo me levantando da cama.

Olívia não responde. Acho que ela dormiu, novamente. E agora? Como cruzes eu vou descer sem camisa?

Dane-se, estou morrendo de sede.

Desço e procuro a cozinha, depois de alguns minutos rodando a casa, encontro-a.

Bom dia Matias. — Giulia diz.

— Bom dia. Onde tem copo? preciso beber água.

— Ali. — Ela aponta para um armário.

Pego um copo e depois uma garrafa de água, que estava dentro da geladeira, encho o meu copo e bebo.

— Matias, onde tá sua camisa? — Giulia fala olhando para o meu abdômen.

— Com a Olívia, ela sentiu frio de noite. Cadê o Bernardo?

— Dormindo.

— Oi gente, bom dia! — Ouço a voz de Olívia atrás de mim.

— Bom dia amiga. — Giulia responde.

— Amor! — Bernardo grita de longe. — Vem aqui no quarto por favor.

Giulia sai da cozinha e vai atrás de Bernardo.

— Olívia, me dá minha camisa por favor. — Falo.

— Aqui. — Ela tira a camisa e me dá.

— Obrigado. — falo me vestindo.

— Você faz academia? — Ela
pergunta desviando o olhar do meu corpo.

— Ás vezes.

Giulia volta para a cozinha, dessa vez com Bernardo.

— Amiga, preciso falar contigo! — Giu fala puxando a mão de Olívia, as duas saem da cozinha.

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