XI

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Olívia

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Olívia

— Oi, que foi Giu? — pergunto enquanto Giulia me empurra para o corredor ao lado da cozinha.

— Você dormiu com o Matias! — Ela diz com um sorriso no rosto.

— Claro, você queria que eu ficasse acordada a noite toda?

— Não Olívia, sua boba. Estou querendo dizer que você...

— Não! — Falo alto, interrompendo ela.

Giulia olha para os lados, tentando se certificar de que ninguém ouviu o meu "grito".

— Pelo amor de Deus Giulia, claro que não. — Falo me acalmando.

— Eu hein... Pra quê gritar? — Ela diz cruzando os braços.

— Sempre que eu conheço algum menino você fica inventando essas suas paranóias. Desde que sou pequena, você é assim.

— Ah, mas é que vocês são tão fofos juntos!!!

— Você falou algo do tipo para ele? — Pergunto já irritada.

— Não, dessa vez não vou me meter, prometo.

— Somos amigos Giu, por favor pare, sua paranóia de que temos algo é perceptível, consigo ver no seu olhar.

Ela faz uma cara de deboche e dá língua para mim.

— Besta. — Dou risada.

Voltamos para a cozinha e ficamos conversando mais, eu, ela e Matias, Bernardo aparentemente estava dormindo pois não estava se sentindo bem.

Ouço uma notificação vindo do meu celular, era uma mensagem de Matias: "Líli, podemos ir? já são 15h:00."

Respondo que sim.

Me despeço de Giulia, agradecemos pela noite, pedimos um uber e vamos para casa.

Não trocamos uma sequer palavra durante todo o trajeto, foram 50 mudos.

Finalmente chegamos no Prédio. Chamo o elevador, ele se abre e então entramos.

— Você vai realmente fingir que você não dormiu abraçada em mim nessa noite? — Matias pergunta apertando o botão do 8° andar.

— O que tem para falar sobre isso? — Aperto o botão do 2° andar.

— Nada. — Ele diz.

O elevador chega no meu andar.

— Tchau Matias. — Digo saindo do elevador.

— Quer ver o pôr do Sol hoje, na praia? — Ele pergunta, colocando o seu braço na porta para que o elevador não se fechasse.

— Vou para a academia nestante, foi mal. — Respondo voltando para dentro do elevador.

— Ah. — Ele fala tirando o braço da porta do elevador.

O elevador se fecha.

— Não acredito nisso Matias. — Resmungo.

— Foi mal.

O elevador sobe e para no andar do apartamento de Matias.

Ele sai, se despede e entra no apartamento. Antes mesmo da porta do elevador se fechar, falta energia.

Consigo sair do elevador a tempo, graças à Deus não fiquei presa no elevador.

Meu Deus, esse prédio não tem gerador?! Não acredito nisso.

Me sento ao lado da porta de Matias, não toquei a campainha, depois dessa madrugada fiquei com um pouco de vergonha de estar sozinha com ele. Pego o meu celular e escrevo no meu diário virtual tudo o que aconteceu ontem.

A porta do apartamento de Matias se abre. Merda.

— Olívia? — O loiro olha para mim.

Não sei em que buraco devo me enfiar. Essas coisas só acontecem comigo, véi.

— O que você tá fazendo aqui? — Me levanto.

— Faltou luz, vim aqui parar tentar ver o que aconteceu. E você?!

— A energia caiu e quase fico presa no elevador. E não estou afim de descer 6 andares de escada.

— Vem ficar no meu apartamento, aqui tem sofá pra você sentar. — Matias diz, fazendo um sinal para eu entrar.

Não tinha muito para onde eu correr, então decido entrar.

O apartamento dele era cheio de plantas e livros.

Ele também tinha um gato ruivo enorme, quase do meu tamanho. E o gato gigante estava vindo em minha direção. — Você tá criando um leão no seu apartamento? — Vou dando passos para trás na medida em que o felino vai andando para frente.

— É um gato, a raça dele tende a crescer muito, por isso ele é grande. Ele é um Maine Coon, tem 5 anos. — Matias ri, pegando o gato no colo. — Ah, e ele é extremamente dócil.

— Ele é quase do meu tamanho. — Respondo indo até Matias alisando o pelo sedoso do gato.

— É Olívia, mas você não é ponto de referência pra altura não. — Matias diz comparando sua altura com a minha usando a mão.

— Idiota. — Dou um tapinha no seu braço.

O gato bate no meu braço também, mas com sua patinha.

— Kenobi. — Matias o-repreende.

Que nome... interessante.

— Ele te defende? Nunca vi isso, socorro! — Dou risada.

Matias assente com a cabeça.

Sentamos no sofá, Kenobi vem atrás de mim.

Depois de alguns minutos brincando com o gatinho, acabo cochilando ali mesmo.

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