XXV

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Olívia

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Olívia

— Levanta, Olívia, acorda! — Ouço a voz de Matias e abro os olhos.

— Me deixa dormir, vai. — Falo virando para a janela e encostando a minha cabeça na parede.

— Não vai comer nada não? — Insiste.

Que raiva, estou com sono.

— Não! — Finalizo a conversa e fecho os meus olhos tentando dormir novamente.

— Ela vai comer sim moça, pode colocar aqui. — Ouço sua voz e então a mesa flexível do meu assento é puxada para baixo, me esmagando.

— Poxa vida, Matias. Eu disse que não quero comer. — Falo me espreguiçando e me sentando direito no assento. Estava quase caindo.

Abro os olhos e olho para o lado. Matias estava com fone de ouvido, assistindo alguma coisa enquanto comia algo que aparentava ser uma salada de frutas.

Resmungo.

Odeio pessoas diurnas.

— Ei. Que horas são? — Puxo o fone de seu ouvido.

— 5:30h. — Fala pegando o fone de volta.

— Eu não acredito que você me acordou 5:30 da manhã, Matias. Sinceramente. — Rebato.

Que ódio, eu poderia estar dormindo.

— Faltam 30 minutos para o avião pousar em Lisboa, come logo, nestante a aeromoça vai passar aqui e recolher os pratos. — Diz bocejando.

— Você dormiu? — Pergunto.

— Não. Meu ombro está dormente, inclusive, você ficou 8 horas seguidas apoiando a cabeça nele.

— Desculpa. 

Como a minha salada de frutas e logo depois, o avião pousa em Lisboa, descemos, passamos pela alfândega e vamos até a área de desembarque das malas. Pegamos as nossas malas e nos sentamos no banco mais próximo.

— Ok, agora realmente está frio. — Falo.

Olho no celular, que aponta 2⁰C.

— Falta 1 hora para o nosso voô, quer passar numa loja pra comprarmos roupa de frio? Na Escócia deve estar congelando.

Concordo e vamos até uma loja dentro do aeroporto que vendia roupas, compro uma calça e um casaco de lã, junto com uma blusa de frio. Matias compra o mesmo. Só que o casaco dele é na verdade um moletom.

Kenobi ainda está na caixinha de viagem. Não saiu de perto de nós por um segundo, claro.

Voltamos para o aeroporto, fazemos o check-in novamente e entramos no avião, que nos levará  finalmente, à Escócia.

São aproximadamente 3h de voô, pretendo dormir durante esse tempo inteiro.

...

Sentamos logo atrás de uma mãe e uma criança pequena.

A criança passou literalmente o voô inteiro chorando, não consegui cochilar por ao menos 5 minutos.

O avião pousa, desembarcamos, pegamos as nossas malas e vamos até uma casa de câmbio a fim de converter nosso dinheiro para libras.

Aproveitamos e abrimos nossas contas bancárias no banco. Depositamos nosso dinheiro lá e fazemos nossos cartões de débito e crédito.

Logo depois disso, nós dois trocamos os chips dos nossos celulares, então pedimos um Uber e vamos para a casa.

Estou exausta. Quero dormir novamente.

Chegamos no local, era uma casa linda de dois andares, perto de uma praça com lago. Tinham várias casas parecidas com a nossa por perto.

Pego a chave que meus pais haviam me dado e abro a porta.

— Que casa linda. — O loiro fala, puxando as malas para dentro de casa.

Eu estou carregando a caixa de Kenobi. O mesmo começa a miar, então abro a portinha da caixa e ele começa a andar pela casa.

— Não acredito que chegamos na Escócia, depois de quase 1 dia. — Falo me sentando num sofá, em frente à lareira.

— Vou num mercado que tem aqui na esquina, é rapidinho. — O loiro diz.

Esse garoto não cansa de andar nunca, não é possível.

Depois de alguns minutos, Matias chega em casa com um buquê de girassóis.

— Toma, não sei o que te dar de presente de aniversário, então... é. — Diz estendendo o buquê para mim.

Que fofo.

— Meu Deus, que lindo! — Falo, pegando o buquê. — Brigada, Matias.

Ele sorri.

...

Já são 11:00h aqui na Escócia.

— Quero dormir. — Digo.

— Você já subiu as escadas? Já viu como é a casa lá em cima? — Pergunta.

— Não. E cadê o Kenobi?

Subimos juntos, Kenobi estava deitado na cama.

A casa só tinha um quarto. Como já esperado, terei que dormir com Matias.

— Caramba, a casa tá extremamente limpa, sua mãe mandou alguém limpar a casa ou algo do tipo? — Pergunta.

— Deve ter sido o caso. — Falo tirando os sapatos e me deitando na cama.

— Vai dormir de novo, Olívia? — Pergunta se sentando na borda da cama.

Kenobi vem até mim e se deita do meu lado.

— Que fofura. — Abraço-o e me cubro com o cobertor de lã que estava em cima da cama.

Matias deita no lado esquerdo da cama, mas não se cobre com a coberta.

Ele fica usando o celular, enquanto eu acaricio Kenobi.

Em menos de 5 minutos, durmo.




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