XVII

5 1 0
                                    

Matias

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Matias

Se isso que estou pensando está na sua mente você está enlouquecendo. — Respondo sem muita reação.

— Matias, seja realista, o jeito mais fácil de você conseguir uma cidadania é através de um casamento com uma pessoa que já tem a cidadania.

É, realmente, eu acho que ela não está batendo bem da cabeça.

— A Giulia deu algo pra você beber?

Ela ri.

— É sério véi, um casamento vai ser bom para a sua entrada no país e também para mim, quem sabe um dia não consigo uma cidadania Filandesa...

— Você sabe o peso de um casamento e o que ele significa, Olívia?!

— Não passa de papéis assinados. No nosso caso, oportunidade de conseguir cidadanias novas.

Começo a rir.

— Líli, você é menor de idade, tenho 18 e você 17, não podemos casar, é muita burocracia pra fazer isso acontecer.

— Eu faço 18 daqui à 3 dias.

Minhas desculpas estão acabando.

— Aí Olívia, não sei, para mim, casamento é uma coisa séria.

— Vamos imaginar que é só uma reafirmação da nossa amizade. Um nivel mais sério de amizade, pode ser? — Ela coloca a mão no meu ombro.

Que loucura.

— Você realmente acha que seus pais deixariam?

— Meu pai gosta de você, algo que é extremamente raro de se acontecer.

— Uhm.

— E em relação a minha mãe, só finge que você me ama quando ela estiver por perto, ela não vai desconfiar.

Não vai ser tão difícil quanto eu imaginei.

...

Espera, o quê?

— Ok, o casamento seria civil ou religioso? — Pergunto.

— Minha mãe vai preferir que seja religioso, mas eu vou tentar fazer ela aceitar o civil.

Eu não acredito que estou realmente considerando esse plano.

— Ok. Lista de convidados?

— Chama a sua vó, vou chamar nossos amigos que você tanto ama e meus parentes. — Ela responde.

— Primeiro, eu não gosto deles e você sabe disso; Segundo, minha avó voltou pra a Finlândia, esqueci de te contar.

— Ah. Mas então você tá de acordo com o plano, certo?

Balanço a cabeça, insinuando que sim.

— A gente precisa ir pelo menos anunciar o noivado para meus pais. Eles vão ser as testemunhas.

— Okay, e você precisa de uma aliança. — Respondo. — Merda, não sei nem onde compra aliança aqui no Rio.

Lembro que tenho uma que minha avó me deu antes de ir para a Finlândia, é uma aliança que é passada de geração em geração, e para falar a verdade, eu não queria dar essa aliança num momento tão "irrelevante", mas tudo bem...

— Eu tenho uma no meu apartamento, vem que eu te dou ela.

Subimos até o meu apartamento, vou até a minha cômoda e pego uma caixinha, dentro dela tinha uma aliança.

— Você já foi casado, foi? — Olívia pergunta olhando para a caixinha.

— Não, é herança de família. — Dou risada.

Abro a caixinha mostrando a aliança para a ruiva.

Ajoelho e coloco a aliança no dedo de Olívia. Por respeito à aliança, obviamente.

— Caramba, é rubi. — Olívia diz observando o anel de todos os ângulos possíveis.

Ela se abaixa e me abraça.

— Brigada.

Nos levantamos.

— Okay, agora vamos pedir um uber e ir para a casa dos meus pais. — Ela fala abrindo o aplicativo de corrida.

Hoje?! Já?!

Em menos de 5 minutos o carro chega.

Olívia passa quase o trajeto inteiro olhando para a aliança.

Chegamos, e quando eu vou tocar a companhia Olívia segura a minha mão.

— Matias, você não pediu a benção do meu pai. Você se lascou. — Olívia fala morrendo de nervoso.

Meu Deus. Putz.

— E agora?

— Okay, você pede a benção dele e finge que ainda não me deu o anel, outro dia a gente volta aqui contando que estamos noivos, beleza?

— Isso se ele conceder a benção, né Olívia?

Ela estende a mão, eu retiro o anel e o- coloco no bolso.

— Qual o nome do seu pai e mãe? — Pergunto.

— Malcolm e Leslie. — Fala enquanto toca a campanha.

Ana abre o portão.

— Oi Matias, oi mana. — Ela diz abraçando nós dois.

— O pai e a mãe tão em casa, Aninha? — Olívia pergunta.

— Foram no pediatra com Collin, mas já devem estar voltando. Por que?

— É que a gente queria falar com eles. — Líli diz.

— Sentem lá no sofá na sala. — Ana vai andando com a gente até a sala.

Olívia levanta a cabeça, tentando falar algo no meu ouvido.

— Você é muito pequena, não dá pra te ouvir daqui de cima. — Pirraço.

— Idiota.

Abaixo um pouco para poder ouvi-la.

— Matias, lembra por favor da parte do apaixonados, não esquece, na frente deles é crucial parecer que nos amamos. — A ruiva cochicha.

— Mhm.

ósculo.Onde histórias criam vida. Descubra agora