Capítulo 23 - Hannah

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Ooii, gente! Obrigada pelos 100k, tô muito feliz com os comentários e com a quantidade de pessoas lendo e se apaixonando pela Hannah e o James, isso me motiva muito 🥺❤

Respondendo alguns pedidos: não vou postar os rascunhos de uma vez só pq é melhor eu ter capitulo pronto pra postar a cada 7 ou 14 dias do que soltar tudo e sumir por meses, e, além disso, caso eu queira mudar algo na história, é mais fácil editando capítulos não postados.  

E não se preocupem, eu não vou abandonar o livro, ele só ainda está sendo escrito hahahha :), e podem me procurar sempre! 💗

Beijos, e boa leitura! 💕

Hannah

Meus olhos arderam com a claridade do quarto enquanto eu tateava a mesa de cabeceira para desligar o despertador.

19 anos. Meu aniversário.

Quando eu era criança, costumava contar os dias até essa data. A sensação era que, pelo menos nessas vinte e quatro horas, eu poderia ter sorte o suficiente para conseguir tudo o que eu queria.

Meu pai nunca quis saber de mim. Literalmente. Desde o dia em que minha mãe contou que estava grávida. Ainda assim, eu criava expectativa sobre isso; era o meu dia, afinal. Talvez o mundo pudesse girar ao contrário por alguns segundos, e então meu pai me procuraria.

Eu esperava por qualquer coisa que viesse dele: uma visita, uma ligação, uma carta. Não precisava ser muito. Eu não queria um "eu te amo" logo de cara, poderia ser algo como "ei, será que posso ter uma nova chance?". E eu teria dado isso a ele, com certeza.

Respirando fundo, eu me forcei a colocar um sorriso no rosto enquanto ouvia os passos do corredor.

A porta foi aberta, e Rebecca entrou como um furacão. Esse é o nosso ritual. Somos as primeiras a dar feliz aniversário para a outra desde que nos conhecemos.

— Feliz aniversário, Hannah. Você é a melhor amiga do mundo inteiro, e... ai, Deus, o que seria de mim sem você, hein? Eu odiaria Boston, e teria odiado Nova York também — ela disse ao pular na cama. — Se eu tivesse nascido com outra melhor amiga... garota, eu chutaria a bunda dela e iria atrás de você.

Dei risada, beijando sua bochecha.

— Obrigada, Beck. Você sabe que eu também chutaria a bunda de qualquer pessoa que não fosse você.

— Eu fiz um cupcake ontem à noite — ela disse, levantando-se para pegar o bolinho em cima da penteadeira. — Ele não está nada bonito, mas está uma delícia, eu prometo.

Dei risada. Certo, ela é uma boa cozinha, mas é pessoa confeiteira. A cobertura é rosa, e tem uma estrela amerela no centro... meio torta, mas ainda assim está uma gracinha.

Peguei o cupcake e dei a primeira mordida, suspirando de alívio por começar o meu dia apreciando uma boa massa de chocolate.

— Esse é o melhor que você já fez — afirmei. — Deus, sim, você é a melhor.

Beck sorriu, aconchegando-se ao meu lado quando passei o cupcake para a sua mão depois de já ter comido a metade.

— Colocou 10 coisas que eu odeio em você na sua lista para mais tarde?

— Eu jamais deixaria esse de fora — afirmei. — Vou passar o dia esperando pelas nossas pizzas e a maratona de filmes.

E essa é a outra parte do nosso ritual. E apesar de não ligar muito para o meu aniversário, eu amo os meus compromissos com Beck. No meu aniversário, eu escolho os filmes. No aniversário dela, é ela quem escolhe.

Duas verdades, uma mentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora