Doutor magia

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Lucas:

Nos últimos oito anos da minha vida, me esforcei ao máximo para me tornar um bom médico

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Nos últimos oito anos da minha vida, me esforcei ao máximo para me tornar um bom médico.
E quando finalmente comecei a trabalhar eu estava tão feliz que quase não me lembrava que um pedacinho de mim faltava.
Durante esses oito anos eu vi Amanda apenas 2 vezes, uma no casamento as pressas de Jacob e Betty e a outra no reencontro de dois anos após a formatura da nossa turma .
Após dois anos estudando na mesma universidade Betty descobriu que estava grávida e então seu pai os obrigou a se casarem e assumirem a responsabilidade pelo bebê que vinha à caminho.
Quanto a Amanda e eu, não nos vimos mais após essas ocasiões.
Eu segui meus sonhos e a carreira desejada e ela provavelmente chegou até onde seus sonhos quiseram que ela alcançasse.
O que eu sabia dela era através de revistas, de mais de um ano atrás.
A Ascenção da rainha de gelo; o namoro com um milionário, herdeiro de um império de joias.
Ela estava ainda mais bonita que oito anos atrás, ela havia seguido com a vida dela.
Eu não podia reclamar, também segui com a minha. Me formei com honras, comecei a namorar uma médica 2 anos atrás, minha colega no hospital, Doutora Silvia Hopkins, cardiologista.
Ela era uma mulher brilhante, e uma pessoa incrível, mas eu não podia negar que eu ainda sentia falta do amor da minha vida.
Silvia podia ser uma ótima pessoa e mesmo eu gostando dela, eu ainda amava Amanda Parker.
Depois de todos esses anos eu refleti sobre minhas atitudes com ela no passado, percebi onde eu errei, se fosse hoje no presente, eu não teria feito o que fiz, mas isso me ajudou a amadurecer.
Hoje com 27 anos e com o trabalho em um bom hospital, um bom apartamento no centro, eu sou feliz, me tornei um bom médico, meus pacientes me adoram, e nem me chamam de Doutos Lucas, me tornei o Dr.Mágia, eu finalmente entendo  porque eu não deveria ter tentado fazer Amanda desistir dos sonhos dela, vivendo o meu eu percebi o quanto isso é bom.
Felizmente ela hoje vive os próprios sonhos.
Sorri ao olhar uma foto dela na capa de uma revista.
A legenda era "Mulheres de negócios: Amanda Parker, a mulher que se tornou a nova presidente da Happy Home e um dos maiores orgulhos dos Parker".
Ela realmente estava ainda mais linda.

—Uau, eles escolhem modelos realmente bonitas para as campanhas!—Silvia disse olhando a revista

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—Uau, eles escolhem modelos realmente bonitas para as campanhas!—Silvia disse olhando a revista.
—Só que ela não é modelo!—falei—Ela realmente é engenheira civil e presidente de uma empresa.
—Eu sei bobo!—ela disse sorridente—Pela forma como você olhou para a Revista essa Amanda aí é a mesma Amanda por quem você foi apaixonado.
—Sim, é ela!—falei.
"Mas eu não fui apaixonado, eu ainda sou", pensei.
—Chega!—ela disse virando a capa da revista para baixo—Pare de olhar ou eu vou ficar com ciúmes!
Sorri para ela sem muita vontade.
Silvia era uma mulher incrível, mas ela nunca seria a Amanda.
—Vamos almoçar?—ela perguntou—Tem um restaurante ótimo perto daqui!
—Vamos, claro!—concordei.

O restaurante era mesmo ótimo, a comida também era boa.
Silvia era boa em encontrar lugares assim.
—O quê achou?—ela perguntou.
—Muito bom!—sorri—Bonito, sofisticado e a comida também é muito boa.
—Sabia que ia gostar!—ela disse.
—Sobre a exposição  daquele meu amigo...—comecei
—O Marco Kingston?—ela questionou—É amanhã não é?
—Sim!—respondi—Você quer ir comigo?
—Lógico!—ela sorriu—Que pergunta.
A conversa fluiu durante todo o almoço até que terminamos e Silvia foi ao toilette, e eu fiquei esperando por ela.
Um perfume suave passou perto de mim, um cheiro familiar de rosas.
Me virei para olhar e vi apenas cabelos loiros deixando o restaurante.
Era ela?
Poderia ser ela?
Fiquei uns 5 segundos pasmo com os pés grudados ao chão.
—Amanda?—chamei indo atrás da mulher loira de perfume familiar.
Deixei o restaurante quase correndo mas não havia mais loira alguma ali fora.
Talvez fosse apenas meu psicológico que teimava em querer vê-la sempre.
—Oi!—Silvia pôs a mão em meu ombro—Tudo bem?
—Sim, só achei que tinha visto alguém conhecido!—falei—Mas eu me enganei!
—Vamos retornar ao hospital?—ela questionou.
—Vamos!—sorri para ela.
Entramos no carro e eu dei partida em direção ao hospital.

Marco Kingston era um amigo da faculdade.
Sempre foi apaixonado por pinturas, e tinha muito talento.
Após se formar em Direito ele decidiu que queria viver da arte.
Assim, ele se tornou um pintor muito famoso no país.
Recebi dois convites para a exposição dele no museu de arte The Broard, eu quase nunca saía mesmo então fomos prestigiar o trabalho dele aquela noite.
O museu estava realmente lotado, e as pinturas de Marco estavam perfeitas, como sempre.
—Achei que não viesse!—ele disse abraçando Silvia e eu—Sejam bem vindos!
—Meus parabéns pela exposição!—Silvia disse.
—Está tudo lindo Marco!—falei—Achava que você era um Picasso fruto, mas parece que me enganei.
Ambos sorrimos descontraídos.
—Fiquem a vontade!—ele disse educadamente.
Cada quadro uma revelação.
Haviam emocões reais nas pinturas dele, dor, raiva, amor, Arrebatamento.
Marco era realmente um gênio.
E foi olhando as pinturas que o cheiro tão familiar de rosas invadiu minhas narinas novamente.
E foi quando eu a vi.

Vestido decotado branco de seda, saltos, os olhos azuis de sempre, bem destacados e vivos como eu me lembrava, os abelos louros caíam pelas costas

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Vestido decotado branco de seda, saltos, os olhos azuis de sempre, bem destacados e vivos como eu me lembrava, os abelos louros caíam pelas costas.
Era ela, eu estava olhando para ela.
Tive mais certeza ainda quando ela olhou para mim e ficou muda.
Era realmente ela.
Depois de oito anos, eu a reencontrei.

Paixão incontrolavél(incontrolable fond)Onde histórias criam vida. Descubra agora