O aniversário de Maya

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Amanda:

Mal Paramos o carro em frente ao chalé e Maya já desceu correndo.
—Vovô, vovó!—ela gritou correndo até eles.
Meus pais estavam esperando pela neta na porta, e ela já foi logo se jogando nos braços do meu pai.
—Querida, deve caminhar e não correr!—reclamei ao descer do carro—Papai, mamãe!
Os abracei.
—Deixe de ser careta Amanda!—Betty disse ajudando Jenny e Anna a descerem do carro.
—Karen não veio conosco!—Alex avisou-os.—Acho que vai se atrasar.
—Sabemos querido!—mamãe disse a ele—Ela nos ligou mais cedo avisando que viria pela tarde, pois iria a praia com o Bruce, o amigo dela faculdade.
—Eu adoro aquele rapaz!—papai disse.
—Ah eu também!—mamãe concordou.
Entramos todos e guardamos nossas coisas nos quartos.
—Vovô, vovó!— Maya disse se sentando no colo da minha mãe—Tenho uma coisa incrível para contar!
—Ah é?—papai sorriu para ela—E o que é?
—Eu conheci meu pai!—ela disse toda alegre—Ele vai vir hoje e vocês vão conhecê-lo também.
Eles olharam de um para outro e depois para mim.
—Que notícia maravilhosa Maya!—mamãe disse a ela.
—Maya, por que não leva Jenny e Anna para verem seu quarto?—falei.
Ela pulou no chão e segurando as mãos de Anna e Jenny ela deixou a sala.
—Acho que vou com elas!—Alex disse indo atrás das meninas.
—Nós yambém!—Jacob disse saindo junto com Betty.
Ficamos apenas nós três na sala.
—Você contou tudo ao Lucas?—papai perguntou.
—Não!—neguei—Ele conheceu Maya acidentalmente e depois se lembrou da noite do casamento de Betty!
—E então?—mamãe questionou.
—Ele pediu um exame de DNA, e quando tentei me recusar ele ameaçou pedir judicialmente!—contei—E então é isso!
—Finalmente!—falaram juntos.
—Como?—perguntei confusa.
—Um dia Maya teria que saber Amanda!—papai disse—Iria contar a história idiota sobre a bebedeira na faculdade para ela também?—questionou.
—Te avisamos muito para contar a verdade!—foi a vez da minha mãe—Mas você preferiu ignorar, nenhuma verdade fica encoberta para sempre!
—Ok!—concordei—O quê importa isso agora?Afinal, de que lado estão?
—Do Lucas!—responderam juntos.
—Ele mentiu para mim!—lembrei.
—E você escondeu dele que tiveram uma filha juntos!—mamãe rebateu—Se pensar bem, o que você fez foi pior Amanda!
Me levantei irritada e fui para a cozinha.
—Não congele tudo querida!—papai gritou—Ainda está muito cedo para isso!
Ouvi os dois sorrirem.
Me senti traída pelos meus próprios pais, ao invés de me apoiar, resolveram apoiar o meu ex que provavelmente nem se lembrava mais deles.

Karen chegou ao chalé por volta das hrs 13:00 da tarde, após guardar suas coisas ela desceu para me ajudar a preparar os salgadinhos da festa.
Sei o que está pensando, ricos fazendo os salgadinhos da própria festa? Não era por falta de grana, era por distração, diversão, por passarmos mais tempo juntos.
Jane, a confeiteira que papai contratou para fazer o bolo de Maya, tocou a campainha do chalé as hrs 18:20 e após parabenizar Maya, ela deixou o bolo e foi embora.
Joana, a babá deu banho em Maya e então eu a vesti para a pequena festa dela.

Tomei banho e me troquei também, minutos depois os coleguinhas de Maya começaram a chegar

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Tomei banho e me troquei também, minutos depois os coleguinhas de Maya começaram a chegar.
—Papai não vem?—ela questionou.
Já era a segunda vez que ela perguntava isso.
—Vem sim meu amor, logo ele chega!—falei.
Uns dez minutos depois Lucas chegou com a tal Doutora Silvia.
—Olha Maya!—apontei para ele.
—Papai!—ela correu até ele e pulou em seu colo.

Lucas:

Demorei a chegar, pois quando eu citei o aniversário de Maya Silvia também disse que viria, não queria levá-la, pois queria ficar mais tempo com minha filha, mas enfim, tive que esperar horas por ela se arrumando, senti vontade até de vir e deixá-la lá sozinha.
Mas fui paciente e me contive.
Ao tocar a campainha ei me virei para ela.
—Quero estar  mais próximo da minha filha, então, por favor, seja  gentil com ela!—falei.
—Ok!—ela sorriu.
Mal entramos e Maya veio correndo para mim e pulou em meus braços.
Ela estava linda fantasiada de Cinderela.
Então, Amanda também veio até nós, as duas estavam vestidas iguais.
—Achei que não viesse mais!—ela disse.
—Eu não perderia isso por nada!—falei.
—Silvia!—Amanda a cumprimentou.
—Amanda!—ela sorriu de volta.
Desci Maya para o chão, os pais de Amanda também vieram falar comigo.
—Lucas!—Olivia me abraçou.—Quanto tempo.
Em seguida Evan.
—Como está rapaz?—ele disse—Está tão adulto agora!
—É um prazer revê-los!—os cumprimentei.
—E essa é a?—Olivia questionou.
—Silvia Hopkins!—ela os cumprimentou— Souba namorada dele.
—Seja bem vinda!—disseram.
Entreguei o presente a Maya e ela sorriu feliz.
—Não há nenhum objeto cortante aqui certo?—Amanda questionou preocupada.
—É um brinquedo!—falei.
—Partes pequenas?—ela insistiu.
—Amanda, querida, Maya não é mais um bebê!—Olivia disse—Ela sabe que não pode engolir as partes pequenas.
—Tem razão!—ela sorriu—Venha querida, seus amigos a esperam.
As duas saíram de mãos dadas e os pais dela também se foram.
—Exagerada!—Silvia comentou.
Olhei para ela a recriminando.
—Ela não está muito velha para vestir fantasia de Cinderela?—ela questionou.
—Silvia, aqui não é o hospital, muito menos sua casa!—reclamei—Contenha-se.
—Ok!—ela disse.—Eu vou ao banheiro!
Ela me deu um beijo rápido e saiu procurando onde era o banheiro.
—Amanda as vezes excede nas  preocupações não é?—Evan comentou trazendo uma taça de champagne para mim.
—Obrigada!—agradeci recebendo.
—Não se importe muito com algumas coisas que ela fala as vezes!—ele aconselhou—Ela só tenta ser uma boa mãe para a filha.
—Eu entendo!—sorri para ele.
—Maya é a vida dela!—ele disse—Não há nada no mundo com que ela se importe mais, ela para a própria vida pela filha.
—Sempre achei que ela seria mesmo uma boa mãe!—comentei.
—Eu avisei a ela muitas vezes para que ela dissesse a você que vocês dois tinham uma filha!—ele disse—Mas ela dizia que não iria jogar a filha no ex namorado, guela abaixo, nunca entendi esse pensamento dela.
Mas eu entendia, depois da minha briga com o tal Alex eu finalmente entendia o porque de Amanda não ter me dito aquele dia em que ela foi até Boston,  que estava grávida, por culpa de um mal entendido eu passei cinco anos no escuro.

Estava indo tudo bem na festa até eu ver o tal Alex, meu sangue ferveu na hora ao ver ela brincando com a minha filha, como se fosse dele.
—O quê você está fazendo aqui?—perguntei irritado—Não havia necessidade de estar aqui quando o pai de verdade está presente.
—Engraçado você dizer isso quando trouxe a futura madrasta de Maya até aqui, quando a mãe de verdade está presente!—ele disse.
Eu queria esmurrá-lo até não aguentar mais.
O atrito entre nós era totalmente visível.

Paixão incontrolavél(incontrolable fond)Onde histórias criam vida. Descubra agora