Amanda:
—Você se lembra da placa do carro?—o policial questionou.
—Eu não vi o carro!—Joana falou secando as lágrimas—Eu só ouvi o som de tiros e corri para perto de Maya!
—Vocês vão encontrar minha filha, não é?—perguntei desesperada—Precisam encontrá-la!
—Vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance!—ele disse—Mas preciso que tenham calma!
—Calma?—Lucas gritou—Aquela psicopata pegou a nossa filha, quer que tenhamos calma?Ela matou os dois seguranças que contratamos e atirou na babá da Maya !
—Não sabemos mais do que ela é capaz!—falei com olhos marejados—Estamos apavorados!
—Eu entendo!—o policial disse—Entendo o desespero de vocês, mas precisam nos ajudar também, e mantendo a calma é a melhor forma de encontrar a criança.
—Lucas!—o abracei chorando—Eu quero minha filha de volta, o que vamos fazer?
—Vamos encontrá-la e trazê-la a salvo!—ele acariciou meus cabelos—Precisamos ter fé!
—Se a sequestradora usar um cartão de crédito ou celular, vamos poder rastreá-la!—o policial disse.
—Rastrear?—Lucas me soltou e pensou alguns segundos—É isso!
—Como?—o policial perguntou confuso.
—Amanda, você pôs um rastreador na bolsa de Maya, e outro na pulseira, certo?—ele perguntou.
—Sim!—falei num sobressalto—Pode encontrá-la agora, não é verdade?
—Deixa eu ver se entendi!—o policial sorriu—Você pôs um rastreador nas coisas da sua filha? Você é bem maluca não é?
—O quê?—questionei confusa.
Furioso, Lucas o segurou pelo colarinho.
—Escuta aqui imbecil!—ele cuspiu as palavras—Acha que isso é uma brincadeira?
—Me solta cara!—O policial falou.
—Maya é uma criança de cinco anos apenas!—Lucas estava furioso—Se algo acontecer a ela, eu não me importo de ir para a cadeia, eu juro que vou atrás daquela desgraçada e mato ela, e depois vou atrás de você, entendeu bem?
—Sim!—ele disse.
—Então faça a porra do seu trabalho e encontre minha filha!—ele gritou soltando o colarinho dele.
—Vamos encontrá-la!—o policial disse mansinho deixando o quarto do hospital.
—Eu quero a minha filha!—falei chorando.
Lucas me abraçou forte.
—Ela vão voltar para a gente!—ele disse—Eu prometo para você!Silvia:
Peguei o celular e liguei para ele.
~Ligação on ~
—Alô!—ele atendeu no primeiro toque.
—Olá querido!—falei
—Silvia, onde você está?—ele questionou—Devolva minha filha, por favor, eu faço tudo que você quiser!
—Qualquer coisa?—questionei.
—Sim!—ele respondeu sem nem pensar.
—Trocaria de lugar com a sua filhinha?—perguntei.
—Sim, eu troco!—ele disse.
—Humm, proposta tentadora!—falei—Vou pensar a respeito disso! Beijo querido!
~Ligação off ~
Eles estavam desesperados por causa da pirralha.
Sorri.
—Logo que eu me livrar delas, você vai voltar a ser meu Lucas!—falei sorrindo—Só meu!
Olhei para a maldita criança encolhida no canto e sorri, logo logo ela e a mãe vagabunda dela estariam fora do meu caminho para sempre e meu querido Lucas voltaria a ser o que era comigo antes delas aparecerem e ficarem entre nós.
Ele era tudo para mim, tudo o que eu realmente me importava no mundo, minha vida e minha alegria.
Nada mais no mundo me importava ou incomodava se ele estivesse ao meu lado, porque a minha única razão para respirar era saber que mesmo agora ele estando enfeitiçado por aquela maldita loira dos infernos, ele me amava profundamente.
E eu iria fazer de tudo para sermos felizes novamente.
Nas antes, aquela vadia desgraçada iria pagar bem caro por ter cruzado meu caminho, eu ia torturá-la das formas mais cruéis possivéis antes de acabar com a vida maldita dela.
E então, meu Lucas e eu seríamos um só.Lucas:
Já faziam-se quase 6 horas desde o sequestro de Maya, Amanda estava desesperada, chorando sem parar.
E eu estava apenas me fazendo de forte, eu estava morrendo por dentro, mas precisava ser forte para acalmar Amanda.
A porta se abriu e o policial entrou apressado.
—Encontramos!—ele disse—Ela está na fábrica de sabão abandonada, não é muito longe daqui.
—Vamos até ela!—Amanda se levantou num salto.
—Tenham calma!—o policial disse—Não podem interferir, vamos resgatar sua filha.
—Calma o caralho!—Amanda gritou—Vamos agora!
—Amanda, eu vou com eles!—falei—Você ainda não está recuperada do acidente!
—Estou me lixando para recuperação de acidente!—ela disse—Eu vou com vocês!
—Mas...—o policial começou.
—É melhor não tentar convencê-la!—falei—Quando ela decide algo, só Deus para fazê-la mudar de idéia.
—Então, vamos logo!—ele disse.
Deixamos o hospital e entramos no carro da polícia, os pais de Amanda estavam a todo momento nos ligando, pedindo notícias de Maya, minha mãe estava praticamente louca.
Todos estávamos angustiados com o sequestro da minha fadinha.Amanda:
Cerca de 5 carros da polícia foram atrás de Silvia, para trazer de volta minha Maya.
Meu coração estava apertado, o medo dela ter feito algo com a minha filha estava me deixando louca.
Os carros dirigiram por uns 30 minutos na rodovia e então entraram em uma estrada antiga e esburacada, dirigiram uns 8 km até chegar a uma antiga fábrica.
—É aqui!—o policial disse—Vamos entrar, por favor fiquem no carro.
—No carro uma pinóia!—falei descendo—Vamos também.
—Ela está armada, pode ser perigoso!—o policial disse.
—Que se dane o perigo!—falei alto—Vou entrar e pegar minha filha.
—Vamos logo!—Lucas disse apreensivo!
Os policiais foram na frente e entramos atrás, após subirmos os degraus de uma escada velha chegamos ao segundo andar e ouvimos o cantarolar de alguém.
Seguimos o som da voz e a vimos, encolhidinha no canto, minha pequena Maya.
Num impulso caminhei até perto dela e Lucas me segurou, pedindo silêncio e apontou para o lado dela.
Silvia estava cantarolando bem tranquila enquanto limpava a arma.
Os policiais avançaram devagar, fechando todas as saída e encurralando ela.
—Para aí!—eles gritaram e ela se levantou num salto—Silvia Hopkins, você está presa por homicídio, tentativa dupla de homicídio e sequestro, se entregue!
—Me entregar o caralho!—ela disse.
A maldita segurou Maya pelo braço e a puxou contra ela, pondo a arma em sua cabeça.
—Mamãe!—Maya disse amedrontada.
—Minha filha!—falei avançando em direção delas.
—Parada aí vadia desgraçada!—ela gritou e ei parei—Ou eu explodo a cabeça dessa maldita criança.
—Silvia, não faz nada, por favor!—Lucas pediu—Eu faço tudo o que quiser, só liberta minha filha!
——Oi meu amor!—ela disse sorrindo—Você veio me ver?
Ela estava completamente maluca.
—Sim, eu vim ver você!—ele disse—Deixe Maya e Amanda saírem e vamos conversar, só nós dois!
—Não!—ela gritou—Você está me enganando, por causa dessa maldita vagabunda!Eu vou sair daqui e levar essa garota comigo, quero um carro e passagem livre ou eu mato ela!
—Se entrega!—os policiais disseram—Todas as saídas estão fechadas, não tem para onde fugir.
—Então eu vou levar essa maldita criança comigo para o inferno!—ela gritou.
—Não!—gritei chorando—Sou eu quem você odeia, não minha filha, eu quem roubei o Lucas de você, deixe minha filha e eu vou com você!
—Não!—Lucas gritou.
—Calado!—Silvia falou.
—Você?—ela sorriu maldosa.
—Sou eu quem você quer, certo?—falei—Deixe que eu e Maya troquemos de lugar!
—Tudo bem!—ela disse—Venha devagar para cá!
Comecei a andar em direção a Silvia e ela empurrou Maya para Lucas.
—Vai ficar tudo bem querida!—falei baixinho ao passar por ela.
Foi quando Maya estava quase chegando até Lucas que Silvia puxou o gatilho em sua direção.
—Maya!—Lucas gritou se jogando na frente dela.
—Amor?—Silvia gritou ao ver Lucas cair ferido no chão—Não, não, não, era para pegar nessa criança infeliz.
Eu estava atordoada e sem reação apenas vendo Lucas caído no chão.
—Solte a arma!—os policiais gritaram.
—É tudo culpa sua!—Silvia gritou apontando a arma para mim—Eu vou acabar com você!
Antes dela apertar o gatilho os policiais atiraram contra ela.
Corri até Lucas e me ajoelhei ao seu lado.
—Lucas!—gritei sacudindo ele—Acorda!
—Papai!—Maya chamou desesperada.
—Chamem uma ambulância!—um dos policiais gritou.
Minha visão ficou turva e embaçada, o chão girou nojento e tudo ficou escuro.
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Paixão incontrolavél(incontrolable fond)
RomanceAmanda tinha a vida perfeita,o namorado perfeito,as amigas perfeitas,dinheiro e popularidade,porém,estava cansada de tudo aquilo,queria uma vida nova,e foi por um acidente do destino que ela se apaixonou por Lucas,o nerd que ela considerava um ningu...