Tudo um mal entendido

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Amanda:

Irmã?
A garota daquele dia na universidade de Harvard não era namorada de Lucas, era a irmã dele.
Por quê eu não procurei saber mais sobre isso?
Por quê eu não tentei descobrir se eles eram mesmo um casal?
Agora eu estava me sentindo culpada por esconder a Maya dele por cinco anos.
Eu teria dito tudo a ele quando fui encontrá-lo em Harvard.

~Flashback on ~
6 anos antes.
—Grávida?—questionei a médica.
—Sim, parabéns!—ela disse—Você vai ser mãe!
—O quê eu faço agora?—perguntei amedrontada—Não vou saber cuidar de uma criança!
—Eu sugiro que você conte ao sei namorado que ele vai ser pai!—ela aconselhou.
—Mas, ele não é mais meu namorado!—falei.
—Bom, de qualquer forma, ele deveria saber!—ela disse.
Saí do hospital e conversei com Alex, que era meu melhor amigo na Inglaterra, e ele me aconselhou a fazer o mesmo.
Ele me ajudou muito, comprou a passagem para mim, e me levou até o aeroporto, esperou até que o avião decolasse.
Cheguei em Boston ainda insegura, peguei um táxi e fui até a universidade de Harvard, dei uma volta pelo campus e perguntei a alguns alunos por ele, me disseram que ele estava na sala de estudos ou na biblioteca, fui até lá e o vi sentado na biblioteca, o observei por um instante, todo concentrado com o livro, apertei o exame na mão.
—É o certo!—falei baixinho—Você precisa fazer isso!
Respirei fundo e comecei a andar até ele a passos lentos.
—Lucas!—ouvi uma mulher gritar.
Ela correu até ele e o abraçou apertado.
Ela era morena e muito bonita.
Certo, eles pareciam ser bem próximos.
Meus olhos se encheram de lágrimas.
—O quê eu estou fazendo aqui?—me perguntei secando as lágrimas—Eu não posso fazer isso!
Olhei para eles dois, sorrindo um para o outro, ele havia seguido com a vida dele, isso era problema meu agora.
Peguei minha mala e fui direto para o aeroporto.
—Uma passagem para Los Angeles, por favor!—pedi na cabine.
Algumas horas depois eu desembarcava em Los Angeles.
Peguei um táxi e fui até a casa dos meus pais.
Toquei a campainha e esperei.
—Amanda?—minha mãe estava confusa—O quê faz aqui?
—Mãe...—a abracei chorando.
"Não se preocupe, nós vamos te apoiar em tudo!" Essa foi a frase dos meus pais que deixava claro que eles me amavam muito mesmo.
~Flashback off ~

Eu estava me sentindo uma completa idiota.
—Está tudo bem?—Lucas perguntou—Você não disse uma palavra desde que voltamos da casa da minha mãe!
—Não, não está tudo bem!—falei—Precisamos conversar.
—Hum!—ele cruzou os braços e olhou sério para mim.
—Eu peço perdão!—falei—Por não ter te contado sobre Maya, achei que atrapalharia sua vida, eu estava errada!
Ele sorriu.
—Do que está sorrindo?—questionei—Eu te privei do contato com sua filha por quase 5 anos, qual a graça nisso?
—Você fica linda pedindo desculpas!—ele disse—Eu também entenderia errado no seu lugar, mas provavelmente eu partiria para cima do cara!
Foi a minha vez de sorrir.
—Olha, um sorriso!—ele disse.
Ele se aproximou de mim e acariciou meus cabelos.
—Faz tanto tempo que eu não vejo um sorriso seu!—ele sorriu—Ver você sorrir me deixa feliz, seu sorriso continua tão bonito quanto eu me lembrava!
Seus olhos se encontraram com os meus, e por um instante parecia que o tempo nunca havia passado, que ainda eramos aqueles mesmos jovens de quando nos apaixonamos.
—Eu acho que devemos ir dormir agora!—falei me afastando dele—Boa noite!
Subi a escadaria o mais rápido que eu pude, mal o ouvi me dizendo boa noite.
Entrei no quarto, tranquei a porta e me sentei na cama.
—Se controle!—falei—Você não é mais uma jovenzinha, é não tem tempo para se magoar!
Falei para mim mesma.

Lucas:

—É, não vai ser fácil reconquistar a confiança dela!—falei sozinho no quarto—Por quê ela tinha que ser tão cabeça dura e tão linda ao mesmo tempo?
Tirei o paletó e a camisa então fui para o banheiro.
—Mas a culpa é minha, por ter escondido sobre Oxford!—falei—Agora só me resta esperar!
Tomei um banho e me joguei na cama.
Mesma rua, mesma casa, mesmo andar, e quartos diferentes.
Isso era torturante.
Após me revirar na cama por horas, consegui finalmente dormir.
Na manhã seguinte fui ao hospital.
Era meu plantão.
Depois de trabalhar mais de 4 horas sem parar fui almoçar em um restaurante perto do hospital.
Aproveitei minha refeição com o tempo de almoço que eu tinha e então peguei o carro e retornei ao estacionamento do hospital.
—Lucas!—ouvi a voz de uma mulher dizer o meu nome quando eu trancava a porta do carro.
Me virei para ver quem era.
—Silvia?—olhei para ela—O quê faz aqui?
—Eu preciso falar com você!—ela disse.
—Não tenho nada para falar com você!—falei me virando para sair.
—Lucas!—ela agarrou meu braço—Eu nunca toquei na sua filha!
—Eu não acredito em você!—me soltei dela—Não me procure nunca mais!
—Foi por causa dela não é?—ela questionou—Por causa da sua ex que você terminou comigo, eu vi vocês no noticiário?
—Amanda não tem nada a ver com isso!—falei—A única culpada de termos terminado é você!
—Vocês estão juntos?—ela questionou.
—Não!—neguei—E mesmo se estivéssemos juntos não seria problema seu.
Sem esperar ela dizer mais nada eu a deixei sozinha no estacionamento.

Silvia:

—Mentiroso!—falei—Era tudo mentira!
Meus olhos se encheram de lágrimas.
Nada do que ele me disse era verdade.
—A culpa é toda dela!—limpei minhas lágrimas.
Olhei ele indo sem olhar para trás até sumir do meu campo de visão.
—Você se meteu com a pessoa errada, Amanda Parker!—falei—E vai pagar caro por isso!
Saí do estacionamento e retornei ao estacionamento da empresa daquela vadia desgraçada, parei o carro e apenas esperei por ela.
A vigiei durante o dia todo, e no dia seguinte também, assim consegui descobrir sobre a viagem em família para Dubai.
Peguei o mesmo vôo que eles, viajei sem ser notada por nenhum deles.

Peguei o mesmo vôo que eles, viajei sem ser notada por nenhum deles

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Paixão incontrolavél(incontrolable fond)Onde histórias criam vida. Descubra agora