Eu salvei o amor [CONCLUÍDO]

Capítulo 44 - Pode confiar em mim

Elena on:

Elena:Esse foi o melhor aniversário de toda a minha vida — ele beija minha testa e me faz um cafuné, me fazendo rapidamente pegar no sono enquanto um sorriso estampava o meu rosto.

[...]

No dia seguinte...

Acordei com os raios de sol tocando o meu rosto, acabei me esquecendo de fechar as cortinas ontem à noite quando fui assistir ao filme com Ethan, acho que acabamos dormindo e nos esquecemos disso. Me viro para ver Ethan e encontro meu namorado abraçando a minha cintura, completamente sem roupas e com o cobertor cobrindo-o apenas da cintura para baixo.

Meu rosto cora violentamente com as lembranças da noite passada, achei que tudo não havia passado de um sonho, mas todas as evidências presentes ali me provavam o contrário.

Encaro Ethan adormecido e acaricio o seu rosto, ele era tão fofo enquanto dormia que me dava vontade de ficar olhando para ele por horas, mas acabo acordando-o sem querer, ele não me diz nada, apenas me encara e sorri enquanto eu continuo com a carícia.

Elena:Bom dia, dormiu bem?

Ethan:Muito bem. Eu dormi ao lado da mulher mais incrível, seria impossível não ter uma boa noite de sono.

Elena:Assim você me deixa sem jeito — escondo meu rosto no seu peito e ouço o mesmo rir.

Ethan:Ainda assim você consegue ficar ainda mais linda — ele tira algumas mechas de cabelo que caíam sobre o meu rosto — meu amor — nosso momento é drasticamente interrompido pelo som do meu estômago pedindo para que eu me alimentasse — nossa, tem um dragãozinho dentro de você?

Elena:Nossa, falando desse jeito até parece que eu sou uma esfomeada — dou um tapa em seu ombro e o mesmo ri.

Ethan:Ok, me desculpe — ele se senta com o cobertor ainda cobrindo sua cintura — que tal um banho antes de descermos?

Elena:Tudo bem, eu posso ir primeiro ou você quer ir? — me levanto com o lençol cobrindo o meu corpo.

Ethan:Não posso ir junto com você?

Elena:Não, vamos demorar muito se forem os dois pro chuveiro. Ainda mais depois de ontem à noite.

Ethan:Amor...

Elena:Não e ponto, me espere aqui — saio rapidamente do quarto e vou até o banheiro, não demorando muito para entrar debaixo do chuveiro e lavar o suor do meu corpo.

Eu ainda sentia um pouco dos toques dele à medida que a água caía sobre o meu corpo, me arrancando sorrisos bobos pelo que fizemos, mas logo tratei de afastar esses pensamentos e terminei o meu banho, saindo de debaixo de chuveiro, enrolando o meu corpo na toalha e retornando para o quarto logo em seguida.

Elena:Pode ir agora — ele se levanta, com o cobertor em seu corpo, e foi em direção ao banheiro.

Aproveitei que ele ainda estava lá, me vesti, arrumei a minha cama e depois fui em direção a cozinha para preparara o café da manhã enquanto Ethan ainda estava no banho. Preparei algo rápido para nós, alguns ovos mexidos e um pouco de suco, até que sinto um par de braços rodear a minha cintura e um beijo ser depositado na minha nuca.

Elena:Você foi bem rápido.

Ethan:Eu não queria ficar tanto tempo longe de você — ele permaneceu abraçado comigo até que eu terminasse os ovos e os colocasse em cima da mesa para comermos.

Elena:Você passou a noite toda comigo — nos sentamos a mesa para começarmos o café da manhã — acho que alguém está muito carente esta manhã.

Ethan:Acho que estou sim, mas não acho isso ruim — coro e ele ri enquanto começa a comer — e isso está ótimo.

Elena:Obrigada, minha mãe me ensinou quando eu era bem nova. É bem simples, na verdade — como junto com ele, mas logo o vejo parar e sua expressão mostrava que ele parecia preocupado e pensativo — está tudo bem, Ethan? — toco em seu ombro ele solta um suspiro, voltando a comer devagar.

Ethan:Não é nada, é só que... você e os seus pais... eu nunca tive isso... — sua voz entregava que ele estava se sentindo triste, e aquilo deixou o meu coração pesado demais.

Elena:Você... nunca teve uma relação boa com os seus pais? — perguntei com receio, afinal eu não sabia se ele queria falar sobre aquilo — me desculpa, eu não...

Ethan:Eu sempre fui muito próximo do meu pai, sempre fomos eu e ele, mas a minha mãe... ela era muito distante de mim, me deixava com as empregadas da casa quase que o tempo todo, nunca ouvia sobre o meu dia na escola, sobre as minhas notas ou sobre qualquer coisa que eu considerasse importante e fosse contar pra ela. Eu nunca entendi porque ela era assim, tão distante de mim, eu sempre me culpava pensando que eu poderia ter feito alguma coisa que deixasse ela chateada, mas não era nada disso — ele largou o garfo no prato e vi que seus olhos ficaram marejados por conta das lágrimas que ele estava segurando — eu sempre pensei que meus pais se amavam, pelo menos o meu pai amava integralmente a minha mãe, mas ela... ela se casou com ele inteiramente por interesse, porque na época em que eles se conheceram a empresa estava em alta e meu pai já era um homem rico e poderoso, ela pensava que teria tudo o que sempre quis: vida rica, joias, presentes e a atenção do meu pai, até descobrir estar grávida de mim. Quando meu pai soube que era um menino, ele fez uma festa praticamente, comemorou com todos o fato de que teria mais um Davis para herdar e cuidar da empresa, então toda sua atenção foi para mim, mas ele sempre amou a minha mãe, mas ela não queria um filho, pois sabia que parte da atenção e da herança viria para mim. Então quando eu nasci ela passou a me negar, apenas me amamentou para que eu fosse saudável, mas assim que essa fase acabou... ela começou a trair meu pai, se encontrou por anos com seu amante, que era um homem bem mais jovem que meu pai, mas como ela ainda tinha raiva e queria o que era do meu pai, ela passou a roubar algumas quantias por anos para um dia fugir com o homem com quem ela estava, até que um dia, com a empresa indo de mal a pior e uma doença grave que meu pai descobriu quando eu completei dezoito anos, a minha mãe contou toda a verdade. Disse que era ela quem roubava da empresa e que nunca amou o meu pai e nem a mim, e nos abandonou a pura sorte naquela época. Meses depois o meu pai se foi e quem passou a cuidar de tudo fui eu... graças a ajuda de Jhon e de várias pessoas que ficaram ao meu lado, a empresa cresceu novamente e se tornou o que é hoje... — no fim de seu desabafo, Ethan chorava como um bebê, e aquilo me doeu — não é que eu nunca tive uma família, mas ela era desorganizada, sem amor e se desfez de uma maneira dolorosa... — sem pensar duas vezes, eu o abracei e deixei que ele chorasse no meu ombro — foi a partir daí que eu achei que o amor não existia mesmo, mas você me fez ver que existe sim — encaro seu rosto molhado pelas lágrimas e o seco — obrigado por aparecer na minha vida, Elena.

Levanto seu rosto e o beijo rapidamente, me afastando um pouco apenas para terminar de secar o seu rosto.

Elena:Não precisa me agradecer, se eu estou com você é até o fim — acaricio seu rosto e ele me beija mais uma vez, parecia estar com medo de que tudo isso não passasse de um sonho.

Oi gente, tudo bem? Eu estou aqui com mais um capítulo para vocês.

Desabafo de Ethan bem aqui para vocês, aqui está a parte dolorosa do passado do CEO que marcou sua vida e fez com que parte daquela frieza existisse, claro que em parte ele escolheu ser daquele jeito, mas o trauma fez com que isso se agravasse por alguns anos. Graças a Deus ele tem a Eleninha que está do seu lado para tudo.

Espero que estejam gostando, que votem e me deem apoio para trazer mais capítulos de Eu salvei o amor.

Beijos e até a próxima😘