Capítulo 3

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Kim

Estava sentada sobre a minha cama, lembrando-me do convite que recebi na noite passada.

Um sorrisinho bobo pairava sobre os meus lábios e eu quase não conseguia disfarçá-lo. Quem diria que o dono da boate se interessaria por mim?

Deitei-me sobre o colchão e continuei sorrindo, enquanto encarava a janela. A chuva caía do lado de fora e eu só podia imaginar que mesmo que quisesse não voltaria naquele lugar.

Não tinha como ir sem ter um carro e eu nunca contaria a ninguém, que conversei com o dono da boate, senão eles ficariam cheios de más intenções.

Fui tirada dos meus devaneios, assim que Kat entrou no quarto e ela não estava sozinha.

— Oi, Kim! — cumprimentou, enquanto o idiota de Otávio ficou me encarando da porta.

— Oi!

— Quer ir à boate?

Assim que ouvi a palavra boate fiquei atenta, pois não seria possível que eles iriam de novo naquele lugar.

— Vocês vão novamente?

Sentei-me na cama, completamente curiosa.

— Sim, não tem nada para fazer no campus, por uma semana. Então o máximo que podemos fazer é sair para encher a cara, pegar vários gatos e transar.

Engoli em seco com a última palavra, pois nunca tinha pensado que na boate acontecia aquilo.

— Você transou ontem?

— Com quatro caras diferentes.

Arregalei meus olhos sem acreditar.

— Uau!

— Você acha que a fila do banheiro fica cheia por quê? — Otávio perguntou, mas não precisava de resposta.

Fechei os olhos e balancei minha cabeça. Era insano, como eu podia ser tão ingênua com certas coisas a respeito de sexo.

— Enfim, vamos à boate? — Elizabeth nos cortou, eu saí dos meus devaneios e a encarei.

— Bom, eu gostei de conhecer o lugar. Queria ir novamente.

— Aí, sim.

Elizabeth bateu palmas e correu para o seu armário, pegando um vestido vermelho escarlate, cheio de brilhos, parecido com o que usei na noite passada.

— Toma, pode usar esse.

Olhei para aquela peça e imaginei que se minha mãe ousasse pensar que eu estava usando uma roupa daquela, seria capaz de me matar.

Só que eu estava ali para crescer, não é mesmo?

Então já podia cometer loucuras, ainda mais por ser maior de idade.

Peguei a peça de roupa, caminhei para o banheiro, já que o idiota do Otávio não saía de dentro do quarto. Assim que entrei no espaço fechado, respirei algumas vezes, para tomar coragem de usar aquela roupa.

Eu queria aquilo, por isso, tinha que ter a coragem suficiente para continuar com as minhas vontades.

Quando me vesti e olhei-me no espelho, percebi o quanto ficava bonita, com aquele estilo de roupa.

Não era nada como o que eu usava no meu cotidiano, mas também não achava vulgar, então poderia continuar usando, quando me desse vontades malucas, como aquela de sair para uma boate, só por ter sido convidada por um homem que achei super atraente.

Já que não podia negar que o senhor Russel tinha despertado algo em mim, que nunca tinha sentido por ninguém. E nem era algo sexual, mas também não era algo puro. Aquele homem com poucas palavras, fez com que eu tivesse curiosidade suficiente de revê-lo, só para saber do que ele seria capaz, caso eu realmente aceitasse seu convite.

Grávida do Meu ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora