Capítulo 23

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Logan

Encarei o quintal da casa onde era da minha mãe, mas que já estava considerando quase como minha. Afinal me sentia mais em casa ali, do que no Brasil, tendo que conviver com a mulher que estava evitando as ligações há dias.

E naquele momento meu telefone tocava novamente anunciando que era Carolina tentando fazer com que eu a atendesse, só que se eu já a evitava no Brasil, sem ter nenhuma notícia de Kimberly, imagina nos Estados Unidos, com Kimberly e agora uma filha?

As coisas estavam muito melhores ali e eu não precisava em nenhum momento, ficar aguentando aquela mulher enchendo o meu saco.

— O senhor não acha que exagerou um pouco?

Greyson chegou com uma bandeja em mãos e uma xícara de café para mim, aceitei de bom grado, levando o líquido fumegante à minha boca. Talvez eu realmente tenha exagerado um pouco, mas nada me pararia para agradar minha menina.

Havia comprado uma cabana de princesa para Megan, em tamanho real, que possuía luzes de led, alguns ursos coloridos, almofadas por todas as partes, um chão forrado por um colchonete fofo acolchoado em veludo rosa, cortinas caíam pela cabana, deixando o lugar ainda mais "principesco".

Tinha absoluta certeza que ela amaria, e estava louco para que chegasse da escola logo, para ver a surpresa. Havia combinado com Kimberly que Luana buscaria Megan na escola, para não sairmos completamente da rotina, mas que as duas passariam na minha casa hoje, tanto para almoçar, e também para que eu aproveitasse um pouco da minha menina.

Tinha que confessar que não sabia como era ser pai, mas imaginava que provavelmente deveria ser um homem que apoia e protege seu filho de tudo. E naquele momento eu acho que tinha ganhado o espírito felino que Kimberly havia comentado sobre Megan. Parecia que eu não era nada em um segundo e assim que descobri que era pai, me tornei um homem completamente diferente e disposto a fazer de tudo por uma pequena pessoa que tinha preenchido meu coração em um piscar de olhos. Só não havia conseguido preenchê-lo por completo, pois eu ainda amava Kimberly e aquilo não mudaria tão cedo.

Peguei meu telefone, que estava com umas quinze ligações de Carolina e ao menos vinte mensagens no aplicativo de mensagens, mas nem liguei para aquilo. Provavelmente era para encher mais o meu saco sobre alguma coisa ridícula.

Tirei uma foto da cabana e enviei para Kimberly que havia me passado seu número e naquele momento, estava ansioso para dividir com ela o quanto estava me forçando a tentar ser um bom pai.

Kimberly: Eu posso saber o que é isso?

Logan: A cabana de princesa da nossa filha.

Kimberly: Pelo amor de Deus! Você está mimando ela no seu primeiro dia de pai?

Logan: Vou tentar ser o melhor pai possível, você vai ver.

Kimberly: Pode ser um trabalho difícil.

Logan: Tudo que eu quero eu tenho, você sabe que esse é meu lema. Então se quero ser um bom pai, eu serei, pois me esforçarei ao máximo para isso.

Ela até começou a digitar algo, mas parou por um tempo, e depois daquilo o silêncio reinou e eu não recebi mais nenhuma mensagem. Mordi meu lábio inferior, e tentei deixar o celular de lado, só que se de repente a sorte sorrisse ao meu favor, eu queria estar direito naquela história.

Por isso peguei meu telefone e disquei o número de Carolina, não chamou direito e no mesmo instante ela o atendeu:

— Amor, eu já estava a ponto de comprar uma passagem e ir parar aí. Afinal, pensei que você também tinha morrido.

Grávida do Meu ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora