Capítulo 11

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Logan

O final de semana foi uma grande merda, isso sim!

Já que eu odiava, quando as coisas que eu marcava não acontecia da forma como previ. Ainda mais quando alguém falava que iria fazer algo e não cumpria, aquilo era quase como se fosse o fim do mundo para mim.

Ok! Talvez eu tivesse um pouco de drama em meus pensamentos, porém, era a mais pura verdade.

Por isso, quando Kimberly não me atendeu e nem respondeu minhas mensagens desde sábado a tarde, o que me deixou preocupado e eu pensei que algo tinha acontecido.

Quase cometi uma loucura e apareci no dormitório das alunas, o que seria uma grande merda, faria que uma catástrofe acontecesse e eu ainda iria parar na cadeia ou levaria um belo de um processo e com toda razão. No entanto, se alguma coisa tivesse acontecido com alguma aluna eu seria o primeiro a saber.

Por isso, quando liguei, despretensiosamente na faculdade em um sábado à noite — completamente fora do padrão —, para saber se estava tudo bem, os funcionários de plantão estranharam, mas eu não me importei, queria respostas e precisava que alguém falasse alguma coisa.

E sim, eu tive um grande "sim, senhor" e aquilo foi o fim para mim.

O que aquela menina estava querendo?

Acabar com a minha sanidade?

Eu só queria que ela me respondesse se estava tudo bem.

Então por que ela não me respondia, por que não mandava a porra de um único sinal de fumaça?

Peguei o telefone, no domingo de manhã, mais uma vez, afinal eu não era conhecido como um homem que desistia fácil, já que se tinha um império hoje em dia, era porque fui bem persistente no que queria. Um homem que corria atrás do que queria, não atrás de mulher, mas naquele momento era necessário, já que eu precisava de alguma resposta sobre Kimberly.

E já que se eu queria saber da existência daquela menina, eu teria que ir atrás dela, para ter ao menos um parecer do motivo do seu sumiço.

Disquei seu número mais uma vez e esperei que as chamadas insistentes começassem e novamente nada de ela atender, só que diferente das outras vezes preferi deixar uma mensagem de voz.

— Oi, aqui é a Kim, deixe o seu recado, assim que possível eu vou ouvir.

O bipe se fez presente e depois de soltar um suspiro audível, que ela perceberia nitidamente na mensagem comecei a falar:

— Que atitude infantil é essa? Não sei o que está acontecendo com você e a última notícia que tive, foi a de que não estava bem, então eu só queria saber se havia melhorado ou piorado. Não tenho nenhum relacionamento com você, garota. Só que me importo com sua saúde, só por isso queria saber como estava. Não precisava me atender e nem prolongar o assunto, era só responder se estava bem. A partir de hoje não teremos mais nada.

Depois disso não consegui falar mais nada e desliguei o telefone. Não sabia se era a melhor decisão que estava tendo, mas era a única que se passou por minha mente.

Deixei o celular de lado e resolvi esquecê-lo pelo resto do dia, já que não queria me estressar mais. Fui até o meu quarto, vesti uma sunga e caminhei para a piscina, queria curtir aquela água com uma pessoa específica, só que se o destino não quis que fosse assim, eu só podia aceitar as coisas da maneira que fosse.

Joguei-me na piscina e senti a água molhar meu corpo e foi como se lavasse minha alma. O que eu estava deixando que acontecesse comigo? Eu não era daquela forma, eu não era um idiota que ficava correndo atrás de uma mulher sequer, ainda mais quando ela deixava claro que não queria nada com nada.

Chega!

Era a única coisa que eu tinha para dizer sobre a minha relação com Kimberly, que já era algo que nem deveria ter continuado. A porra da garota era minha aluna, o que já tinha começado errado, só podia continuar errado, e era bom terminar antes que continuasse só acontecendo algum tipo de merda, que poderia se tornar irreversível.

Depois de passar uma meia hora nadando na piscina resolvi que já era hora de sair da água. Meu corpo já pedia uma paz daquele lugar cheio de cloro, por isso saí da piscina, fui até o armário que ficava as toalhas e enxuguei-me em seguida.

Aproveitei para retirar minha sunga e ficar como vim ao mundo. Caminhei pela minha cobertura daquela forma. E fui daquele jeito para o banheiro tomar uma chuveirada, para retirar o cloro do meu corpo.

Passei o resto do dia fazendo diversas coisas, que não se resumia a olhar no celular, mas quando a noite caiu, fui obrigado a deixar a curiosidade falar mais alto, por isso, caminhei até onde havia deixado o aparelho e o peguei.

Depois desbloqueei a tela do telefone e percebi que tinha uma mensagem, assim que vi ser de Kimberly, eu soube que minha mensagem de voz tinha surtido efeito.

Abri o aplicativo de mensagem e assim que li a mensagem, soube que algo tinha acontecido, mas que nunca iria descobrir o que tinha sido, já que ela tinha mudado completamente da noite para o dia.

Acho que você já disse tudo, mas é exatamente isso, não quero te ver mais. Não me procure, aceite minhas escolhas e não tente vir atrás de mim.

Adeus!

Em um primeiro momento, não entendi como ela queria me dizer adeus, se eu era seu professor e querendo ou não ela teria que passar um período comigo.

Só que assim que cheguei na segunda-feira na universidade, descobri qual era o motivo do adeus de Kimberly. Ela havia saído da faculdade sem dar explicações a ninguém, trancou sua matrícula e foi embora.

Os colegas de classe não sabiam o motivo, sua amiga de dormitório não tinha ideia e nem mesmo os funcionários da universidade sabiam o motivo.

Entrei em meu escritório assim que a aula terminou e joguei minha pasta longe, depois soquei minha mesa, derrubando alguns dos objetos que estavam sobre ela.

O que aquela menina tinha feito?

Desistido dos seus sonhos por causa de mim?

Que porcaria ela tinha na cabeça?

Como iria explicar a sua mãe que ela tinha decidido sair da faculdade?

Estava irado, com raiva, e me sentindo um lixo por ter permitido que uma garota que tinha todo um futuro pela frente desistisse tão fácil dos seus sonhos.

Encarei o céu claro pela janela do meu escritório e percebi que nunca iria me perdoar por ter feito com que Kimberly desistisse dos seus sonhos, só por não ter conseguido controlar o meu desejo por ela.

Afinal, mesmo que a culpa não fosse cem por cento minha, eu sabia que tinha um pouco de responsabilidade naquela decisão que ela tinha tomado.

Eu era um idiota...

Um grande traste...

Um imbecil que destruiu os sonhos de uma garota que só queria trilhar um caminho, e eu com meu desejo de fodê-la fiz com que perdesse tudo. Com que perdesse até seu sonho de se tornar uma grande administradora de empresas.

Nunca pensei que um envolvimento sexual pudesse chegar àquele ponto. E foi pensando naquilo que cheguei a uma pequena conclusão: não era somente aquilo.

No fundo, estava claro que não tinha sido somente nosso envolvimento que a tinha feito tomar aquela decisão, no entanto, eu não saberia o que a tinha feito escolher se afastar.

E como ela me pediu, eu nunca iria atrás dela.

Nunca mais perturbaria a sua paz de espírito.

Nós dois seríamos a partir daquele dia, dois desconhecidos.

Cada um para seu canto...

Eu continuaria sendo Logan Russel e ela... Kimberly Moore, não seria mais ninguém em minha vida.

Como deveria ter sido desde o início.

Grávida do Meu ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora