Capítulo 14

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Kim

Abri um sorriso assim que vi Marlon entrando pela porta do café. Ele era um dos meus clientes mais fiéis, que vinha no café desde que entrei para trabalhar e tinha se tornado um grande batedor de papo.

— Bom dia, para a dama mais bonita desse balcão.

Fiz uma reverência em sua direção e murmurei:

— Bom dia, para o senhor que esqueceu que existe só eu nesse balcão.

Meu inglês tinha melhorado bastante naqueles três anos morando em Georgia uma cidade dos Estados Unidos, que eu não podia negar que agora eu chamava de lar, que tinha me acolhido tão bem e que agora não me fazia não ter a mínima vontade de voltar para o Brasil, ainda mais que depois de muito custo eu tinha conquistado o meu green card.

— Mas mesmo se tivesse cinco meninas aí, eu diria a mesma coisa.

Adam, que era o meu chefe, apareceu pela porta dos fundos e fez uma careta para Marlon.

— Não acredita muito nesse contador de causos, Kim.

— E você acha que eu acredito? — Voltei-me na direção de Marlon e murmurei: — Deixa eu ver se adivinho — Dois donuts de chocolate e um expresso duplo?

— Como você me conhece tão bem, garota?

— Eu tenho uma bola de cristal.

Sorri para ele e fui pegar o seu pedido. Logo o entreguei e o agradeci por ter me dado uma gorjeta generosa. Antes de ir para sua mesa, ele me perguntou.

— Como vai a pequena, Megan?

— Está muito bem, aprontando como uma criança de dois anos, mas muito bem.

— Assim que é bom.

— Sim!

Falar de Megan nos últimos tempos tinha se tornado o meu melhor passatempo. Ela era minha bebê, minha filhinha, minha neném que eu tinha completo orgulho de ter. Havia recebido total apoio da minha madrinha para conseguir vir para os Estados Unidos e ela tinha me ajudado em tudo.

Minha mãe havia parado de falar com ela, assim como parou de falar comigo, mas ela não ligou. A madrinha Luana, tinha sido uma fada que Deus havia colocado no meu caminho para me ajudar a passar pelos momento difíceis com a sua ajuda.

Senão, sem ela, eu provavelmente estaria na rua da amargura sem o apoio de ninguém e com uma filha passando dificuldades. Assim que acabou meu expediente, peguei meu carro e comecei ir em direção a casa da minha madrinha, em pouco tempo juntando uma grana, consegui comprar um cantinho não muito longe da casa de Luana, mas achei que foi uma ótima decisão.

Como minha madrinha ficava em casa, ela se prontificou a cuidar de Megan, então foi a melhor decisão para mim, pois assim eu podia trabalhar tranquila sem ter medo de deixar minha filha com um desconhecido.

Ela ia para sua escolinha na parte da manhã e à tarde minha madrinha ficava com ela. Como meu trabalho era full time — que era o dia todo —, não tinha como pegá-la na escola, o que era mais difícil. Mas como eu já tinha mencionado anteriormente, minha madrinha foi um anjo que apareceu em minha vida e ela me ajudava demais.

Assim que cheguei na casa da minha madrinha, percebi que a casa da sua vizinha estava movimentada. O que achei estranho, pois quase nunca tinha ninguém na casa da senhora, que parecia muito debilitada, se eu não estivesse enganada ela se chamava Rina, mas não sabia muito bem se era exatamente aquele nome.

Toquei a campainha da casa da minha madrinha e ela logo abriu com uma expressão triste. Logo fiquei em alerta, com medo de ter acontecido algo com Megan.

Grávida do Meu ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora