Capítulo 2

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Logan

O som batia em minha mente, enquanto deixava mais um gole do uísque brincar em minha boca e depois descer por minha garganta, fazendo com que eu me sentisse anestesiado por algum tempo.

Era sexta-feira e eu sempre amava curtir um pouco das minhas sextas e finais de semana. Ainda mais quando as férias estavam chegando ao fim e daqui a alguns dias precisaria estar de volta à faculdade.

Eu amava lecionar, por isso, me martirizava tanto, pois se não amasse, não pisaria em uma sala de aula. Já que na maioria das vezes tinha alguns alunos que mereciam um belo de um soco no meio da cara, por não mostrarem o mínimo de respeito que nós professores merecíamos.

Senti quando uma pessoa parou ao meu lado e pelo perfume adocicado, só podia ser uma mulher. Olhei de soslaio e ela aparentava ter uns trinta anos, vestia um vestido vermelho justo demais, que parecia que a qualquer momento podia ser arrebentado, mas eu não deveria julgar nada, já que não era eu que vestia aquela roupa.

— Oi, gato?

Virei totalmente minha cabeça em sua direção e lá encontrei uma mulher toda trabalhada na maquiagem, com um cabelo platinado e com uma expressão que dizia que queria arrancar minha roupa.

Naquele dia eu não queria levar uma mulher para cama, porque queria somente relaxar. Então, já fui direto ao assunto, já que não gostava de ficar relutando em dizer algo, sempre gostava de dizer as coisas diretamente.

— Não te quero, nem precisa insistir.

O sorriso que estava nos lábios da mulher morreu no mesmo instante e ela se afastou como se me odiasse. E no caso, se estivesse no lugar dela, até eu mesmo me odiaria.

— Hoje você está um pouco rabugento — André, o bartender da boate, comentou.

Ele me conhecia de longa data, ainda mais porque eu o havia contratado para estar naquele lugar, já que a Two bis era minha.

— Só não estou com saco para nada.

— Acho que você precisa de uma namorada, porque aí deixaria de ser assim.

Daquela vez, foi impossível não segurar uma risada, já que André sabia muito bem que não existia possibilidade alguma de eu me envolver tão seriamente com uma mulher. Não tinha a mínima chance de eu me ligar totalmente a alguém, sendo que sempre quis ser livre.

— Você está sendo muito engraçado hoje. Acho melhor eu dar o fora daqui.

— Vai lá, chefe.

André fez quase uma continência para mim e eu revirei meus olhos. Saí do bar, mas preferi caminhar para a sala reservada que eu tinha no andar de cima da boate. Talvez eu passasse a noite ali, pois seria mais seguro para mim.

Assim que entrei no corredor que me levaria para as escadas, trombei com uma garota e ela parecia tão desnorteada que fui obrigado a segurá-la, para que não fosse direto ao chão.

Assim que a segurei, seus olhos se grudaram nos meus e naquele momento, eu esqueci que queria ficar em paz. Na verdade, a única coisa que me deu vontade naquele instante foi de levar aquela menina para a cama.

Ela tinha uma expressão inocente que poderia fazer com que um homem perverso como eu, quisesse dominá-la de maneiras inimagináveis e pudesse saboreá-la por todas as partes possíveis.

— Desculpe-me, senhor.

— Pare com isso, não precisa me chamar de senhor, só por eu ter uns anos a mais do que você.

Ela sorriu docemente e meu pau ficou duro no mesmo momento. Credo! Eu parecia um tarado, isso sim, só por ver uma menina que parecia deslocada demais para aquele lugar. E só por pensar nisso, já queria tê-la por uma noite.

— Desculpe novamente. — Sorriu sem graça daquela vez.

— Está tudo bem? — indaguei, pois ela parecia meio perdida.

— Sim, só estava procurando um banheiro menos lotado.

Assenti observando os banheiros da boate e percebi que realmente estavam com uma fila gigantesca.

— Se quiser, pode me acompanhar até meu escritório, tem um banheiro vago.

A menina ficou meio sem jeito e respondeu no mesmo instante:

— Não, muito obrigada!

Ao menos demonstrava que ela era esperta e que não ficava caindo fácil no papinho de qualquer um.

— Eu não sou nenhum idiota, se quiser pode levar alguma amiga, para não ir sozinha.

Tentei alertá-la, pois realmente podia parecer um tarado, que não podia ver uma menininha que já se interessava, mas na verdade, nunca fui daquela maneira e eu nem sabia o motivo de ter ficado interessado naquela menina que parecia ser tão mais nova do que eu.

— Tudo bem, vou acreditar em você.

Ela aceitou e eu a guiei pelo caminho que levava até meu escritório. Assim que entramos, percebi que ela observou todos os cantos, provavelmente buscando alguma rota de fuga, caso precisasse.

— O banheiro fica ali. — Apontei para um canto adjacente e a moça sorriu para mim, seguindo o caminho que lhe indiquei.

Enquanto a esperava, fui até a gaveta da minha escrivaninha, peguei o maço do meu cigarro e levando a dose de veneno até a boca, acendi e comecei a tragar, para aguardar a moça.

Aquele era um vício que não me orgulhava, mas que também não tinha muito que pudesse fazer, pois não dava conta de largar.

Logo voltou e ficou um pouco sem graça, provavelmente não sabendo o que fazer a seguir.

— Posso saber seu nome?

— Kimberly, mas pode me chamar de Kim. Ninguém me chama de Kimberly, a não ser minha mãe.

— Bonito nome, Kimberly.

Ela revirou os olhos e murmurou:

— Acabei de dizer que ninguém me chama assim...

— Não gosto de fazer as coisas que todo mundo faz.

Kimberly me encarou e pela luz parca do meu escritório, pude ver as suas bochechas corarem.

— Então, tá bom... É e o seu nome?

— Logan.

Ela se aproximou de onde eu estava e estendeu sua mão em minha direção.

— Foi um prazer te conhecer, Logan.

— O prazer foi todo meu, Kimberly.

— Irei agora, meus amigos estão me esperando.

— Como quiser.

Ela soltou minha mão e começou a andar até a porta, mas antes que saísse, acabei dizendo:

— Se quiser aparecer aqui amanhã, estarei te esperando. Pode falar na entrada que você está autorizada a entrar pelo senhor Russel.

Ela me olhou por cima do ombro e sorriu.

— Não costumo frequentar lugares assim. Hoje foi só para conhecer.

— Sinta-se convidada para conhecer melhor o ambiente.

— Vou pensar, senhor Russel.

Falando aquilo a menina saiu do meu escritório e deixou seu perfume floral no ar e eu fiquei com um sorriso dominador nos lábios. Tinha quase certeza de que ela voltaria no dia seguinte, já que quando eu queria uma mulher, eu a tinha.

E atal Kimberly, eu queria muito tê-la por uma noite. 

Grávida do Meu ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora