[Levi Weston x Reader] O que realmente importa - ep.2

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Essa fanfic, especialmente esse capítulo, é dedicado à todas as pessoas que sofrem com ansiedade e com o medo do futuro.

OI PESSOA LINDA! Tudo bem com você?
CHEGUEMO com a segunda parte dessa fanfic q é tão especial pra mim. Espero que esse capítulo converse com vocês e traga algo de bom, um feichezinho de tranquilidade, paz e esperança.

Quero agradecer profundamente os coment[arios que me deixaram tão AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA mas q eu infelizmente ainda n tive energia pra responder como vocês merecem COM MT AMOR E CARINHO AAAAAAAAAAAAAAA
Muito obrigada lost_baby_ PIZZA LINDAAAA PELA BETAGEM e wusho pela capa AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

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[Nome] desviou os olhos para a bolsa pousada em seu colo. Devagar, colocou-a de lado e se curvou, escondendo o rosto nas mãos. Com uma voz carregada de tristeza, respondeu:

— Foi só... uma estupidez.

— [Nome]... Vai, me conta. — Levi acariciou os cabelos da amiga. — Você sabe que pode contar comigo pra tudo.

Ela ergueu o rosto e sorriu tristemente para ele. Seus olhos ficavam gradativamente mais brilhantes.

— Eu... Ai — começou com a voz embargada. Ela esfregou os olhos numa tentativa de empurrar as lágrimas de volta. — Você vai ver que é estupidez. Foi uma tentativa imbecil de... "afogar as mágoas". Meu pai... Me contou uma história essa semana, antes de viajar. A filha de um amigo dele assumiu uma posição importante na empresa da família, que também é de sementes de pastagem como a da minha família. Ela liga várias vezes pra ele pedindo ajuda e informações confiáveis porque os outros donos de empresa e vendedores não passam informações pra ela. Tudo porque... — A voz de [Nome] falhou. — Ela é mulher.

Agora que as mãos de [Nome] estavam em seu colo, Levi aproveitou para segurar uma delas carinhosamente. Com o dedão, começou a acariciar o dorso.

— E o meu pai me perguntou se eu já pensei sobre como vou lidar com um meio tão machista se pretendo ser, um dia, diretora. Eu sei que é uma preocupação muito válida, afinal, ele é meu pai. É natural que ele se preocupe. Mas pela forma como ele falou, por um instante, soou como se perguntasse "Você sabe que pode não conseguir por ser mulher, não sabe?"

[Nome] emudeceu e engoliu em seco. Seu lábio inferior tremia, assim como seus ombros e mãos. Ela respirou fundo várias vezes, expirando de forma trêmula. Por instinto, Levi segurou a outra mão da amiga.

— Isso... Isso me deixou muito nervosa — continuou [Nome]. — Porque além de isso ser um problema por si só, somou com tudo o que vem acontecendo lá no trabalho. Foram tantas tentativas de boicote veladas: o envio da planilha errada, os papéis enchendo minha mesa por três dias tirando o meu lugar de trabalhar, o dia que quase me acusaram de ter enviado uma remessa enorme de etiquetas erradas. Se eu não tivesse o testemunho do meu tio que estava resolvendo o problema da planilha de vendas comigo, eu não teria prova alguma pra me defender! E, devagarzinho, sinto que estão tirando todas as minhas funções e repassando pros estagiários, pra que eu fique solta, sem serviço algum. E aí eu fico lá sem fazer nada por dias a fio, e a sensação de ser só uma sanguessuga da empresa aumenta mais e mais. Eu quero tanto aprender, mas toda vez que eu procuro por informações, recebo encaradas feias. Na melhor das hipóteses, eles me passam a informação pela metade. Na pior, me passam a informação errada. E quando a coisa explodiu na diretoria, a gerente administrativa fez de tudo para me pintar como uma mimada imatura que queria roubar o lugar dela.

Ela soluçou, as lágrimas começando a escorrer livremente por seu rosto.

— E eu sei que é difícil pro meu pai administrar tudo. Ele cuida de tanta coisa e, ao mesmo tempo, lida com a doença dele. Lidar com a bipolaridade não é fácil. E isso se soma ao fato de que ele não está lidando bem com a ideia de envelhecer. Ele está se sentindo inútil, velho, e eu estar na empresa como sua sucessora, mesmo que seja daqui quinze anos ou mais, só reforça a ideia de que... ele está velho... que ele está chegando no fim.

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