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Camila não teve como deixar de notar o olho roxo de Jace quando ele voltou à
mesa. Lili e Cole o seguiram de perto, com as mãos se tocando. Lili riu. Cole alisou o braço dela.

Ah, não.
Camila olhou feio para vovó, que no momento tentava dar tapinhas nas
próprias costas.

— Ela está ganhando. — Camila cutucou as costelas de Dylan.

— Eu sei, pode acreditar. — Dylan bateu a cabeça na mesa.

— Ah, pare com isso. Só faltam 24 horas.

— Foram as duas semanas mais longas da minha vida. — Dylan suspirou. —
O que são outras 24 horas? — Ele passou o braço pelos ombros de Camila e enrijeceu o corpo.

— O que foi? O que houve?

— Cole beijou Lili.

— O quê?

— Aquele safado filho da mãe! — Dylan abriu um sorriso. — Olhe só para ele.

Camila olhou na direção em que o noivo apontava. Cole estava sorrindo para o prato e girando a taça com os dedos. A cada poucos segundos, trocava olhares com Lili, e os dois dividiam um sorriso secreto.

— Mas que droga! — murmurou Dylan.

— Pare de falar assim. Você parece uma velha de igreja. — Camila suspirou.

Vovó se levantou e ergueu a taça.

— O padrinho queria dizer algumas palavras aos noivos. Cole?

Cole umedeceu os lábios e se levantou, erguendo a taça à frente do corpo.

— Eu a beijei primeiro.

Camila caiu na gargalhada enquanto Dylan resmungava.

Cole continuou.

— Acho que me lembro de uma aposta idiota que fiz com meu irmão, sobre
casar com a garota. Bem, meu irmão, acho que você ganhou! Obrigado por
mandar a conta, aliás. Fico feliz. Vocês dois sempre foram importantes em
minha vida, e não tenho palavras para dizer como fico feliz por ver meus dois
melhores amigos se casando. Ao noivo e à noiva! — Ele ergueu a taça.

— Saúde! — gritaram todos.

Cole apontou para Jace.

— Você não queria dizer algumas palavras?

Jace o dispensou com um gesto.

— Não, acho que você disse tudo.

— Minha nossa! — sussurrou Camila. — Tem alguma coisa muito, muito errada. Os dois passaram a semana brigando!

Dylan olhou de Lili para Cole, e de volta para Cole, e então para Jace.

— Não estou entendendo nada. Os três parecem perfeitamente normais.

Camila agarrou a mão do noivo com tanta força que quase a esmagou.
Porque vovó tinha acabado de apontar para algo... no chão.

Para a maldita caixa do microfone.

— Droga! — murmurou Dylan. — Essa mulher maldita vai ganhar da gente.

— Acho — Camila apontou para Cole — que ela já venceu.

Cole estava do lado oposto de Lili, à mesa, e a encarava com um olhar de
desejo tão inapropriado que Camila pensou se não seria melhor se apiedar de Dylan e cobrir seus olhos.

Mas, quando se virou para dizer alguma coisa, viu que um sorriso malicioso se formara nos lábios do noivo.

— Ops. No que está pensando? — perguntou Camila.

— Estou pensando em acertar as contas.

— Acertar as contas?

— Ele deseja muito Lili. — Dylan riu. — E acha que vai ficar com ela hoje à noite, mas...

— O quê?

— Que tipo de irmão eu seria se não protegesse o coração do meu irmãozinho? Que tipo de pessoa eu seria se não protegesse a virtude de Lili? — Ele sacudiu a cabeça e levou a mão ao peito. — Eu não conseguiria viver com a vergonha...

— Cole vai me matar.

— Tristeza dividida diminui. — Dylan tomou um longo gole de água. — Ah, e
como!



continua...




o que esses dois vão aprontar????



THE CHALLENGE. (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora