THE CHALLENGE. (Concluída)

054

— Acho que vou morrer. — Dylan soltou um palavrão. — Só para você saber, acho que vou mesmo morrer. Vai sair no jornal. As pessoas vão rir. A
situação vai ficar feia, Camila. Só estou avisando.

— Só por precaução? — Camila tirou a blusa.

Os olhos de Dylan ficaram escuros.

— Isso, só por precaução.

— Entendo. — Ela tirou o short e o jogou no chão.

— Mas que merda! Estou me sentindo como uma criança!

— Você está tentando acabar com o clima? — Camila olhou de cara feia,
botando as mãos nos quadris.

Dylan desviou os olhos.

— É, não foi isso mesmo o que eu quis dizer.

— Pode explicar melhor?

— Me sinto um adolescente. — Dylan abriu um sorriso. — Como na primeira
vez que a vi de biquíni.

— Ah, as histórias da sua adolescência pervertida! Diga-me, Satã...

— Aaaaaaah, vamos começar a falar sacanagem. Gostei.

Camila revirou os olhos.

— Qual era a cor do meu biquíni?

Dylan umedeceu os lábios e avançou até ela.

— Rosa. Era um biquíni rosa-shocking. — Ele a puxou para os braços e começou a beijar sua orelha. — Me deixou com calor.

— Ah, é? — sussurrou Camila, afastando-se. — Por isso você me empurrou na piscina?

— Bem, estava calor. — Dylan passou os dedos pelos lábios da noiva. — Você
precisava se refrescar... Eu fui um cavalheiro.

— Você foi um babaca — retrucou Camila.

— Também. — Dylan passou os dedos pelo cabelo dela. — Nossa, como
você é linda!

Sentindo as bochechas corarem, Camila olhou para baixo. Ele não dizia aquilo
havia quase uma semana, o que era perfeitamente compreensível, já que
estavam sendo mantidos separados por vovó. Era algo bom de ouvir!

— Não faça isso. — Dylan deu uma risada. — Não fique com vergonha de
repente.

— Não estou com vergonha. — Camila o encarou. — Só estou feliz por ouvir
você dizer isso.

Dylan franziu a testa.

— Acha que eu não digo o bastante?

— Você diz, sim. — Camila não soou convincente nem para os próprios ouvidos. — Mas que droga, estou ficando exigente! É porque você me mima demais! — Ela beliscou o braço do noivo e ficou satisfeita ao ouvir o grito de dor.

— Pestinha! — Dylan a jogou na cama e a prendeu sob o corpo, segurando seus pulsos, de modo que ela não conseguisse fugir.

Camila se debateu debaixo dele. Maldito. Era forte.

Um músculo se contraiu na mandíbula de Dylan, que cerrou os dentes e fechou os olhos. O cabelo escuro e ondulado caiu pela testa quando ele se inclinou, aproximando-se o suficiente para beijá-la. Em vez disso, inspirou e não
fez mais nada.

— Hã, Dylan? — sussurrou Camila.

— Hum?

— O que você está fazendo? Achei que estivesse morrendo. Disse que ia enlouquecer sem contato físico e agora... — Ela riu, sem fôlego. — Está me cheirando?