Capítulo 11

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Longe dali João falava com uma pessoa por telefone. Gil estava dormindo. A tal pessoa só esperava o sinal de João para aparecer no momento certo. A pessoa disse a João que sabia o momento certo pra aparecer e já tinha em mãos como chegar na prima dele.

No dia seguinte Sarah acordou primeiro e ficou olhando a morena dormir, ressonava tão tranquila, seu rosto estava sereno. Olhou tanto que a morena acordou.

- Bom dia! – Sarah falou sorrindo.

- Morri e estou no céu?

- Não. – riu.

- Estou vendo um anjo.

- Você dá essas cantadas sempre ou é só comigo? – a loirinha achou graça.

- Ah, eu fui sincera.

- E essa cantada é velha.

- Ta bom vai, exagerei. Mas que é muito bom acordar olhando para você, isso é.

- Dormiu bem?

- Dormi e você?

- Muito bem. – Sarah se virou para Juliette a abraçar por trás. Gostava de ficar naquela posição com ela.

Juliette ligou a TV e ficaram assistindo um filme que estava pela metade já.

- Quer ir no cinema comigo algum dias desses? – Sarah perguntou.

- Eu quero. Que filme será que ta passando?

- Não sei, a gente escolhe na hora.

- E quando vamos?

- O dia que você tiver livre.

- Pra você estou livre sempre.

- Ah, não diga isso, você tem seus compromissos ué . Vamos ver um horário legal durante a semana talvez. Essa semana tem os shows que te falei, podemos ir antes se você não estiver ocupada.

- Essa semana tenho uma audiência danada.

- É? Pode me contar?

- Posso, você quer mesmo saber? – Juliette achou curioso Sarah se interessar pelo trabalho dela. Normalmente as pessoas achavam chato. Já ouvira isso antes.

- Eu quero, depois que te conheci e me contou que era promotora, fiquei curiosa para saber como é no tribunal.

- Sério? – Juliette sorriu.

- Verdade, acho legal. Deve ser emocionante mostrar provas e fatos contra ou a favor de alguém. No seu caso contra né. Fico imaginando você falando no tribunal e claro fantasio horrores, porque você deve ficar irresistível com aquela roupa... como é que se chama mesmo?

- Toga.

- Isso.

Juliette se remexeu na cama incrédula com as palavras da loirinha.

- Bom, então vou contar. Estou num caso de um senhor que está sendo acusado de estuprar e matar uma jovem. A justiça nesse país é tão lenta que ele, atualmente, já é velho e nem acredito que atente contra a vida de alguém hoje. Mas há alguns anos sim e ele será condenado da mesma forma.

- E qual a linha de defesa?

- Estão tentando alegar que ele não oferece mais risco para a população.

- Mas ele tem que pagar pelo que fez, é questão de justiça.

- Concordo. Então montei minha acusação baseando - me no fato de que se ele teve como fazer o que fez há dez anos, agora tem que pagar pelas consequências. Senão vira impunidade.

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