Capítulo 36

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Os dias que se seguiram transcorreram muito bem. A noite sempre se juntavam para conversar e contar histórias. Evandro falava do sítio, da colheita e sempre com brilho nos olhos. Maria Abadia se concentrava em agradar a todos. E Sarah aproveitava o tempo para matar a saudade da família e principalmente da sobrinha. Estava brincando com ela no chão da sala quando Juliette se aproximou.

- Posso brincar?

Como resposta Luisa pegou uma panelinha e entregou a ela.

- Acho que ela quer te ensinar a cozinhar. – Sarah riu.

- Ih, até você já sabe dos meus dons culinários? – Juliette fez cócegas na menina que começou a rir.

Enquanto Luisa mexia nos brinquedos no colo de Juliette, Sarah a observava, admirada.

- Você leva jeito com criança.

- Que nada, é costume. João é um pouco mais novo que eu e quando éramos crianças eu ajudava tia Luciene a cuidar dele. Acho que até perdi o jeito.

- Perdeu nada.

- Será que se eu convidar o pessoal para jantar amanhã quando voltarmos para Jaú, eles aceitam?

- Papai talvez resista, mas eu te ajudo.

- Então à noite a gente fala sobre isso.

No jantar Juliette cutucou Sarah, que falou sobre saírem para jantar.

- Estou convidando, é uma forma de retribuir a estadia, que tem sido muito agradável.

- Difícil é sair da roça moça, essa semana tem muito trabalho. – Evandro pareceu sem graça.

- Ah pai, um dia só não faz mal.

- Vamos deixar pra ver isso na próxima semana. – Maria Abadia falou.

- Mas eu vou cobrar hein. – Juliette brincou.

Na semana seguinte voltaram para a cidade, só ficando no sítio Evandro e Arcrebiano. Os dois haviam prometido ir durante a semana. Assim que chegaram em casa Juliette quis sair com Sarah para andar pela cidade.

- Amor, pensei direitinho, caso eles não queiram jantar fora, a gente faz o jantar pra eles. Que acha?

- A gente? – Sarah riu. – Nós duas sabemos que quem cozinha nesse relacionamento sou eu.

- Então, você cozinha e eu ajudo, serei sua assistente.

- Hum, gostei disso. Mas acho que eles vão aceitar, minha mãe é mais maleável e ela gosta de sair, meu pai que é mais bronco pra essas coisas.

Juliette parou o carro numa vaga e antes de descer olhou para Sarah parecendo uma criança e falou:

- Quando a gente chegar no Rio você pode cozinhar pra mim? Estou com saudade da sua comida.

- Ô amor, eu cozinho sim. Quer alguma coisa em especial? Mesmo que não saiba fazer, eu aprendo. – sorriu e segurou a mão de Juliette.

- Qualquer coisa, tudo que você fez até hoje tava gostoso. Na verdade acho que estou sentindo falta daqueles momentos só nossos.

- Hum. – Sarah se aproximou e viu que a rua não estava muito movimentada e beijou a boca de Juliette. – Também sinto falta, meu bem. Prometo que chegando em casa eu te paparico, faço almoço, jantar, café da manhã e tudo que você quiser. – segurou seu rosto e beijou seus lábios novamente.

- Ô tentação! Vontade louca de pegar você aqui e agora dentro desse carro. – Juliette a puxou e segurou firme na cintura de Sarah, mordeu seu pescoço e chupou com vontade.

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