Capítulo 100

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Segunda cedinho elas foram à clínica de Camilla de Lucas e lá fizeram novo ultrassom. Juliette olhava para o monitor e não entendia muito, mas percebeu que a médica não tinha uma cara muito boa.

- E aí? – perguntou ansiosa.

- Calma Juliette. – Sarah a repreendeu. – Ela está mais nervosa que eu. – brincou.

Camilla de Lucas olhou de novo, fez umas marcações na tela e depois mandou imprimir o laudo.

- Vamos pra minha sala, pode se vestir Sarah.

Ao sentarem em frente à médica Camilla de Lucas falou com calma.

- O cisto voltou, mas quero que fique tranquila. Fizemos a biópsia aquele dia e nada foi constatado. Eu havia falado sobre a possibilidade de voltar, lembra?

Sarah fez que sim com a cabeça.

- Então, o que acontece Sarah é que a principio esses cistos são benignos, mas eles podem ficar malignos com essa reincidência.

- O melhor seria retirar o útero?

- Sim, podemos fazer um tratamento, mas isso também não é garantia. E você me falou que queria engravidar. Se fizer o tratamento para o desaparecimento do cisto, não poderá engravidar. Se quiser ter filhos, o que faremos é controlar para que o cisto não cresça e logo depois de ter o bebê, a gente faz a histerectomia.

- Quanto tempo eu tenho? – perguntou apreensiva.

- Como assim? – Camilla de Lucas não entendeu.

- Pra engravidar, quanto tempo?

- Podemos controlar o tamanho do cisto, mas não eliminá-lo sem nova cirurgia.

Se você quiser engravidar esse controle será feito junto com a gestação. Pelo tamanho que você está agora, no máximo dois meses para se decidir.

- E não causará mal ao bebê? – dessa vez foi Juliette quem perguntou.

- Não, posso garantir. Se você quiser esperar Sarah, nós faremos nova cirurgia para retirar o cisto e continuar monitorando como estávamos fazendo.

- É que esse apareceu muito rápido, o último ultrassom que fiz não tem duas semanas.

- Sim, de fato não tínhamos indício dele no último exame, mas não precisa decidir isso correndo, conversem em casa e marcamos uma consulta para o final da semana, pode ser?

- Eu acho melhor a gente pensar direitinho querida e decidirmos o que for melhor pra você. – Juliette segurou a mão de Sarah.

Ao saírem da sala Sarah segurava o choro, quando entraram no carro ela não conseguiu.

- Calma amor! Vamos pensar direitinho. Veja pelo lado bom, a gente viu esse problema no início e podemos resolver sem pressa. – abraçou-a.

- Mas e o nosso bebê?

- Se não pudermos ter filhos de sangue, teremos adotados. Isso não será problema.

- Eu sou tão nova pra perder o útero, não sei o que pensar na verdade.

- Não tem essa de idade, pode acontecer. Não faz de você melhor ou pior que ninguém. Vamos conversar a noite com mamãe.

- Com que cabeça irei trabalhar meu Deus?

- Quer ir pra casa?

- Não, acho que se ficar sem nada pra fazer aí que é vou piorar. Me deixa no estúdio e me busca depois? – os olhinhos estavam vermelhos de chorar.

- Claro minha linda. Não chora ta, estou do seu lado e isso é só uma fase que vai passar. Eu te amo e não vou deixar que nada aconteça com você.

- Obrigada.

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