Capítulo 81

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Deixou a banheira enchendo enquanto devagar tirava suas roupas. Deixou que Sarah também tirasse as suas e entraram juntas na banheira. Tomaram banho em meio a carícias e promessas amorosas. Quando foram para o quarto, Juliette fez questão de levar a loirinha no colo. Fizeram amor por horas, só pararam quando seus corpos se sentiram cansados.

- Linda, gostosa, cheirosa, delícia... – a cada palavra Juliette salpicava beijos pelo corpo de Sarah. Estava entre suas pernas sobre ela pouco acima de sua
cintura. – Sabia que quando a vi naquela revista, fiquei morrendo de medo de você ter alguém? Parecia tão feliz e realizada.

- Eu sou realizada, mas isso não significa que eu seja completamente feliz. Não é só o trabalho que traz felicidade. – mexia nos cabelos de Juliette enquanto falava. – Quando comprei meu apartamento em São Paulo foi que percebi a mudança em minha vida, mas não senti uma felicidade total. Eu tinha dinheiro, uma carreira promissora, estabilidade e estava só.

- Nunca perguntei, porque faltou oportunidade. Eu vi sua mãe em Salvador, mas não vi o restante da sua família.

- Eles não falam comigo. – Sarah baixou o olhar. Juliete apoiou os cotovelos na cama subindo mais o seu corpo, ficando quase toda em cima de Sarah.

- O que houve?

- Depois que... – pareceu pensar no que ia dizer. – Depois que comecei a trabalhar e minha vida ficou mais estável, contei para minha família sobre mim.

- E aí?

- Meu pai quase me deserdou, minha mãe foi na mesma onda dele e meu irmão era óbvio que ia apoiá- los. Somente minha cunhada ficou em cima do muro, mas não se opôs a eles, com medo de ser repreendida.

Juliette a olhou penalizada, ficou pensando no que ela teria passado. Passou a mão em seu rosto.

- Um tempo depois minha mãe entrou em contato comigo, dizendo que as coisas não poderiam ficar assim. Kerline também conversou com ela e aos poucos a convivência foi melhorando, mas com meu pai e meu irmão eu não falo até hoje. Porque eles não querem.

- Nunca mais os viu?

- Não. – falou triste. – Eu os ajudo sempre, mando dinheiro pela minha mãe, compraram alguns hectares arrumaram a casa do sítio também. Minha meta é que ela mude da casa na cidade para outra melhor.

Juliette ficou orgulhosa dela, mesmo com a rejeição não perdera o carinho pela família. Era isso que admirava em Sarah, a simplicidade, a doçura e vontade de sempre ver as pessoas felizes.

- Eu admiro muito você. – beijou os lábios dela. – Sempre admirei, nunca falei porque achava que as atitudes demonstravam. Descobri que certas coisas são melhores de se ouvir. – sorriu sem graça.

- Você agia da forma que achava estar certo.

- Eu via onde errava, mas não fiz nada pra mudar. De agora em diante eu serei mais atenta a você. – beijou-a mais uma vez e recomeçaram as carícias, mas Sarah parou e falou dengosa.

- Amor, estou com fome.

- Eu também. – Juliette olhou com malícia.

- Além de mim, tem mais alguma coisa pra comer? – riu.

- Hum... tão gostosa assim, não. – mordeu o pescoço dela.

- Eu aceito até um pãozinho murcho.

- Vejamos, eu fui ao mercado antes de me mudar e tem algumas coisinhas. Vem, deixe-me alimentá-la, porque quero estrear cada cômodo desse apartamento. – deu um sorriso safado.

- Faço ideia do que seja essa estréia. Ao se levantar da cama é que Sarah lembrou que não tinha roupa.

- É, preciso ir ao meu apartamento. Me raptaram e eu não trouxe roupa.

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