Na manhã seguinte Juliette acordou e deixou o café pronto para Sarah. Colocou um bilhete na porta do quarto para que ela visse assim que acordasse. No papel dizia para seguir as pistas e Sarah fez o que estava escrito e a cada passo que dava encontrava outro bilhete até que chegou à cozinha e encontrou a mesa posta. Sorriu ao ver a delicadeza do gesto de Juliette. Sentou-se para comer e viu outro bilhete.
"Tome seu café e descanse, se quiser venho almoçar com você. Beijos."
Sarah de repente sentiu o apetite voltar e comeu mais do que o normal. Depois ligou para Rebeca para saber o que tinha acontecido. A secretária deu uma desculpa dizendo que a mãe estava com dengue.
- Espero que ela melhore então. Dengue não é moleza, tem que cuidar direito.
- E você? Está se cuidando? To achando sua voz até melhor. – Rebeca falou quase num deboche.
- Estou sim, dormi muito bem essa noite. – falou sorrindo de orelha a orelha e segurando o bilhete de Juliette nas mãos.
- Muito, mas muito obrigada por me acolher. – Rebeca falou na casa de Gil.
- Você só não pode sair na rua. Se Sarah a encontrar aqui no Rio não vai entender nada.
- Não é possível que nos encontremos numa cidade desse tamanho.
- O Rio de Janeiro é um ovo, acredite. Acho que o mundo é que é pequeno.
- Meu plano vai dar certo, Juliette deve me ligar ou mandar mensagem para dizer como foi ontem. Nem bem ela falou e o celular vibrou com uma mensagem da morena contando da noite.
- Aí ó, ela dormiu lá, mas disse que nada aconteceu só ficou cuidando de Sarah. Eu sou um gênio, essa doença dela veio a calhar.
- Nossa que coisa macabra. – Gil estava assustado. – Fico de cara com a sua forma de conduzir as coisas.
- Eu sou prática e quero ver minha chefinha bem.
Sarah só trabalha, não fica com ninguém, acho que não ama outra pessoa além de Juliette.
- Ela nunca mais namorou?
- Não. Teve uns casinhos insignificantes.
- As duas se amam. Eu que convivi com elas durante o namoro via isso. Juliette meteu os pés pelas mãos e agora quer consertar.
- Se ela ama Sarah de verdade tem o direito de querer consertar o estrago que fez.
- Ela ficou muito mal depois que tudo acabou, parou de comer, começou até a fumar. Afastou-se dos amigos. Depois que botou na cabeça que vai reconquistar Sarah é que está tentando parar. Nem parecia mais a mesma pessoa, não brincava, não sorria, só muito raramente. Juliette tem tratamento até hoje com uma psicóloga.
- O amor deixa as pessoas mais bonitas e felizes, por isso quero juntar aquelas duas. Nossa... ! Não sabia que Juliette ia ao psicólogo.
- Bom, vou pra faculdade dar minha aula, fique a vontade. - Só quem sabe disso é só eu e Fátima. Acho que o Arthur e Carla.
- Obrigada, vou trabalhar. Mesmo à distância eu quero deixar as coisas em ordem.
- Distância... Sei. – Gil riu.
Sarah tomou um banho e esperou um pouco para ligar para Juliette; não queria parecer ansiosa. Quando decidiu que já era hora não encontrou a promotora no escritório. Vitória havia avisado que ela tinha saído para almoçar com uma amiga e que talvez não voltasse de tarde. Aquilo irritou Sarah, desligou o telefone se sentindo uma idiota.
- Eu toda amistosa e ela almoçando com uma amiga. Humpf!
A campainha tocou e ela foi abrir, sua cara estava mais contrariada do que queria.
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WAVE - SARIETTE
FanfictionJuliette Freire é uma mulher linda e rica, promotora de justiça. Não se apega, em suas relações amorosas. Isso muda quando conhece uma certa garota de olhos verdes. Sarah é uma jovem moça em busca de melhorar de vida. ADAPTAÇÃO... já foi adaptação n...