Capítulo 27

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O apartamento de João era a prova viva de que homem solteiro morando sozinho não dava certo.

- Se não fosse a faxineira isso aqui seria uma desordem geral. –  Juliette brincou.

Sarah ficou impressionada com a quantidade de livros e papéis que tinham espalhados pela casa.

- Como você consegue morar aqui? – Juliette continuou.

- Eu me entendo nessa papelada que, aliás, vem tudo do seu escritório.

- Ele não me parecia desorganizado. – Sarah falou baixo para que o rapaz não escutasse.

- Mas ele é. – Juliette respondeu no mesmo tom e achando graça da cara da namorada.

- Eu bem que tento arrumar, mas não tem jeito. Ele bagunça tudo de novo. Ainda bem que nem trago minhas partituras pra cá, senão perderia todas. – Gil falou.

- Parem de reclamar, não é sujeira, são só folhas.

- Ahan. – os três responderam ao mesmo tempo, rindo depois.

João os chamou para sentarem na varanda, não era grande, mas o suficiente para acomodá-los. Tinha uma mesa e três cadeiras, sendo que uma era grande. Então Juliette se sentou e acomodou Sarah em seu colo.

- Mas vocês não se desgrudam né? – brincou com as duas.

- Ué, você não tem outra cadeira. Vou sentar aonde? – Sarah brincou.

- Eu pego uma lá na cozinha, fique com a minha.

- Não precisa, porque ela está muito bem aqui. – Juliette o interrompeu.

- Aí, num disse? Não desgruda.

- Eu acho que ele tem inveja de vocês. – Gil brincou.

- Também sinto isso. – Sarah sorriu. – Há quanto tempo estão juntos?

- Vamos fazer dois anos de namoro.

- Nossa, tem tempo.

- Gil é um santo. Aguentar João esse tempo todo não é moleza. – a morena brincou.

João, que tinha ido a cozinha buscar bebida, voltou com uma bandeja.

- Sarah, como você não bebe, trouxe suco.

- Ah, obrigado.

- Você trás bebida e cadê as coisas que compramos no mercado? – Gil perguntou.

- Não dá pra trazer tudo de uma vez. Você sentou aí e não levantou ué.

- Ta, vou te ajudar. Era só pedir.

Os dois eram engraçados juntos, pareciam casados há anos. Foram para cozinha reclamando.

- Apesar de brigarem assim, eles se amam. Nunca vi  tanta cumplicidade. Quando um precisa o outro vai correndo.

- Eles têm diferenças, mas combinam e se completam. – Sarah sorriu.

- Eu completo você?

Sarah pensou para responder.

- Você me sacia. – respondeu sério e olhando para Juliette. – Você trás o que eu preciso, satisfaz minhas necessidades e tira o melhor de mim. Isso deve se completar. – sorriu.

Juliette beijou aqueles lábios que lhe sorriam.

- Se eu fosse um quebra-cabeça a se montar, você seria a peça mais importante. Eu sempre achei que tinha tudo que precisava, que dinheiro comprava o que queria e que estava feliz. Só quando você apareceu em minha vida que percebi o quanto me faltava e o quanto estou melhor agora.

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