Capítulo 99

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Juliette teve de viajar algumas vezes, mas sempre por pouco tempo. Estava vindo de Curitiba quando seu telefone tocou, era Beatriz do escritório falando sobre a audiência.

- Estou chegando aí, me dá uns minutos. – desligou o telefone.

Assim que entrou chamou ela e Guilherme para sua sala e pediu para não serem incomodados.

- Juliette, você foi escalada.

- Não pode ser Bia, eu pedi, justifiquei, agora só se eu tiver uma doença.

- Credo!

- Quem sabe se você alegar viagem ou outro processo? – Guilherme falou.

- Eles remarcam a data se houverem dois processos no mesmo dia. Nossa, Sarah quando souber vai me matar. Eu vou me matar! – falou com raiva. – Isso é coisa de Camila, aposto.

- Fale com ela então, quem sabe você consegue sair dessa. Eles ainda podem mudar, dizem que os advogados de defesa abandonaram o caso, eles agora estão trabalhando com um pessoal da Venezuela.

- Claro, é de lá que vem as drogas que eles compram. Vou tentar falar com Camila, mas acho que isso será impossível. Bom, agora preciso ir, vou buscar Sarah na escola de música, já estou atrasada.

- Fique calma, acho sinceramente que você vai escapar dessa. A gente tem que correr pelas beiradas e achar uma solução, bater de frente não sei se vai adiantar. – Beatriz tentou tranquilizar a promotora.

- Deus te ouça!

Juliette chegou ao ensaio quase perto de acabar. Sempre que viajava trazia alguma coisa para Sarah e dessa vez não foi diferente. A loirinha estava distraída andando pelo auditório, gostava de ouvir o som de vários ângulos, nem percebeu quando Juliette se aproximou e a agarrou.

- Que faz uma mulher linda dessas andando sozinha no escuro por esse auditório?!

- Amor, que susto! – deu um tapinha nela. – Estou ouvindo de longe pra ver se o som está limpo, tem músico errando coisa ainda. – voltou seu olhar para ela.

- Fez boa viagem meu bem? – beijou-a.

- Fiz e estou com saudade de você. – beijou sua boca. – Muita! – beijou de novo. – Morrendo de saudade! – deu um beijo mais longo.

- Hum... beijo gostoso! – sorriu.

Juliette tirou da bolsa uma caixinha.

- Presente, acho que vai gostar.

- Amor, pare de me paparicar. – pegou a caixinha. – Você sempre me traz presente, estou mal acostumada.

- Eu adoro isso. – riu.

Sarah abriu a caixinha e viu um pequeno cubo, era um mini som.

- Que bonitinho!

- Ele tem entrada pra USB, cartão de memória ou ligar o celular se você quiser. Carrega pelo computador, pela tomada e a bateria dura até oito horas. Achei sua cara, pode usar na sua mesa no escritório. Ainda tem esse lado aqui que você pode colocar uma foto, minha claro. – riu.

- Linda! – beijou-a. – Claro que a foto será sua. Obrigada pelo presente. – lhe deu um beijo mais demorado.

Sarah virou ficando de costas para Juliette, se aconchegando nos braços dela e dali observaram a orquestra tocando. A loirinha se lembrou de sua infância.

- Quando ouço essa música lembro-me de quando era criança e morava no sítio ainda. Meu pai ouvia esse cantor quase todos os dias.

Juliette nada falou, apenas repousou o queixo na cabeça dela e a abraçou pela cintura.

WAVE - SARIETTE Onde histórias criam vida. Descubra agora