Capítulo 94

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Já passava da uma da tarde quando Sarah acordou, porque sentiu fome. Olhou no relógio e se assustou com a hora. Juliette dormia profundamente então não quis acordá-la. Ligou a TV bem baixinho e depois ligou para a recepção e pediu comida no quarto. Estava chovendo muito e ela não se animou a sair do hotel.

Juliette se remexeu e procurou o colo da loirinha, deitou a cabeça em seu ventre e esta lhe alisou os cabelos. Um tempo depois um funcionário bateu na porta trazendo o almoço das duas. Sarah tentou se levantar sem acordar Juliette, mas não teve jeito.

- Aonde você vai? – a morena perguntou com os olhos ainda fechados.

- Só vou pegar nosso almoço querida, um minuto. – abriu a porta e puxou o carrinho para dentro, agradeceu à senhora e fechou a porta.

Quando olhou para a cama Juliette estava estirada de bruços, abraçada a dois travesseiros e com a coberta por cima. Sarah deitou em cima dela, afastou seus cabelos e beijou a nuca.

- Que mocinha dorminhoca. – beijou de novo.

- Foi a noite de ontem, acho que estou perdendo o jeito.

- Não mesmo, eu estou arrasada, foi a fome que me acordou. – riu.

- Temos comida?

- Ahan. – mordeu de leve a nuca dela. – Pedi um risoto de palmito, frango grelhado e salada. – mordeu de novo com mais pressão.

- Hum... melhor comermos, antes que você me coma. – riu.

- Então vem. – Sarah saiu de cima dela.

- Isso lá fora é chuva?

- E muita, chove desde cedo. Por isso abri a cortina, sei que gosta de olhar a chuva. – Sarah falava enquanto preparava seu prato e o de Juliette. – Vem amor, senão esfria.

A morena levantou e vestiu um roupão para almoçar. Depois de terminarem Juliette cogitou a hipótese de ir à casa de Sarah.

- Podíamos ir mais a noitinha.

- Aonde?

- Na sua casa, o que conversamos ontem? – lembrou-a.

- Com essa chuva? A gente não pode ir amanhã?

- A chuva nem está tão forte. Vamos amor, enfrentamos isso de uma vez e pronto, tenha certeza que não tem como piorar mais do que está.

Sarah abaixou a cabeça, estava indecisa e com medo.

- Então vamos, assim encaramos logo a fera e acabamos com isso.

Quando o carro virou na rua de sua casa, Sarah ligou para avisar a mãe que estava chegando. Maria Abadia disse que Evandro havia saído, mas que voltaria cedo. Entraram em casa e ficaram na sala mesmo, a chuva persistia lá fora e o tempo já estava esfriando. Luisa dormia no quarto, então Sarah foi vê-la, deixando Juliette com Maria Abadia.

- Quando Evandro chegar, vocês podem sair pelos fundos, ele não vai vê-las.

- Nós viemos aqui para conversar com ele.

- Como é? Não! Isso será uma confusão danada.

- Não tem problema dona Abadia, o que não quero é que Sarah fique nesse impasse com o pai. Não sabe como isso a incomoda.

- Ela vai é causar mais brigas. Sarah sabe que não posso com Evandro.

- Tudo bem, se isso acontecer eu prometo a senhora que ela não põe mais os pés aqui.

Não demorou muito para Evandro chegar com Bil, ele e Sarah entraram ao mesmo tempo na sala, ela vindo do quarto. Olhou para o pai surpresa, estava mais magro. Ele tentou não parecer surpreso, mas não conseguiu.

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