Como Sarah falava pouco, Rebeca puxou assunto com ela.
- Morde o pé da mesa pra disfarçar a sua raiva.
- Ih Rebeca, pare de me encher. Não quero saber de Juliette, ela pode comer a cidade inteira se ela quiser.
A secretária assustou com o palavreado da loirinha.
- Que é isso? Desde quando fala dessa forma?
- Perdão, me excedi. Acho que vou embora, quer ir?
- Sim, não quero deixar Sophia muito tempo sozinha em casa, ela ainda está se adaptando aqui, fez poucos amigos.
As duas se despediram de todos e quando saíram passaram pela mesa de Juliette e Patrícia. Rebeca aproveitou e piscou para ela, mostrando que havia dado certo a nova tática.
Na sexta-feira, tanto Sarah quanto Felipe foram para o estúdio terminar de conversar com o técnico e ajeitar os últimos detalhes. Ao saírem de lá se encontraram com Bernardo, que os olhou com soberba e resmungou algo inaudível.
- Que cara feia, isso pra mim é fome. – Felipe riu.
- Não sei hein, esse cara cheira a encrenca sempre.
- Eu acredito em Juliette e João. Se disseram que ele não pode com a gente, então fico tranquilo.
Sarah admirava o jeito otimista em Felipe e reconhecia que era contagiante. Dentro do programado o estúdio começaria a funcionar em meados da semana seguinte. Estavam ansiosos com a inauguração. Não fariam festa nem nada, seria uma ramificação do que já tinha em São Paulo. À tarde os dois se sentaram com Rebeca para fazer os últimos acertos de pessoal.
- Gente, acho que esses dois aqui como atendentes serão bons. – Rebeca mostrava o currículo. – Têm boa aparência e ambos falam inglês, sendo que a moça também fala alemão. O rapaz é músico. Acho que isso é uma vantagem.
- E quanto aos operadores de som? – Felipe perguntou.
- Diogo volta nessa semana. E vou trabalhar com mais dois que me indiciaram lá na faculdade. – Sarah falou. – Não são alunos, mas me pareceram competentes, vou arriscar.
- Tudo bem, se por acaso não der certo, por hora eu mando um de São Paulo pra cá.
- Acho que não vai precisar.
Depois de acertarem tudo Felipe se despediu e voltou para São Paulo desejando boa sorte a Sarah.
Juliette estava entrando no prédio de seu escritório quando viu Sarah.
- Algum problema? Bernardo fez alguma coisa? – perguntou preocupada.
- Problema nenhum.
Entraram no elevador.
- Eu vim pra falar com você. Quero que pare de mandar presentes pra mim, se pensa que vai me comprar com isso, desista. Por favor, não insista. Não quero você em minha vida, não preciso dos presentes que me manda, nunca precisei antes, não é agora que vou precisar. Que adiantou me encher de presentes caros, se quando quis me trair não pensou duas vezes? – foi dura com as palavras deixando Juliette um pouco envergonhada.
- Tudo bem, se lhe incomoda tanto eu vou parar. Não precisava ser tão grosseira.
- Isso é pra você saber? Que não sou mais aquela menina boba e que tu fazia questão dizer que eu era imatura.
- Eu nunca te disse isso Sarah.
- Se não dizia, mas percebia pelos seus gesto. Quantas vezes se irritou com algumas coisas que fazia? A imatura aqui nunca pensou ou passou pela minha cabeça de te trair. Porra Juliette... - Se sabia que tinha sido traída uma vez; que sofri. Se não pensou na minha dor. - Sempre estive pra te de corpo e alma. Enquanto tua tava no meio das pernas de outra. Por que não me falou?
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WAVE - SARIETTE
Fiksi PenggemarJuliette Freire é uma mulher linda e rica, promotora de justiça. Não se apega, em suas relações amorosas. Isso muda quando conhece uma certa garota de olhos verdes. Sarah é uma jovem moça em busca de melhorar de vida. ADAPTAÇÃO... já foi adaptação n...