Capítulo 24

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O telefone tocou e as duas nem ouviram.

- Aposto que estão de sacanagem. – João falou desligando o telefone.

- Deixa elas, estão apaixonadas. – Gil interveio.

- Sarah está né, ainda não me convenci com Juliette.

- Depois do que vi em Mauá, estou convencido sim.

- Esse namoro está no início ainda, Juliette é uma caixinha de surpresas. Acredite, só me convenço quando ela pedir aquela loirinha em casamento.

- Aí já é demais né.

- Você não conhece relacionamento lésbico? Elas se conhecem num dia, namoram no outro e casam no terceiro. Amor implacável. – riu.

- Eu acho que elas se dão bem, Sarah  tem paciência com Juliette e Juliette parece ter se identificado com Sarah. Ela tem carinho por ela.

- Identificado com o que? As duas são completamente diferentes. E carinho não é amor.

- Ah João, para de pegar no pé. Sarah

também não é criança, ela sabe o que é certo ou errado para ela.

- Espero que sim.

Sarah acordou com o telefone, mas não teve tempo de atender. Levantou e olhou pela porta que dava pra varanda, o sol estava forte. Quando viu no relógio já eram quase meio-dia. Juliette dormia tranquila e não quis acordá-la. Tomou um banho e desceu pra cozinha. Procurou na geladeira alguma coisa pra fazer, depois olhou nos armários e teve a ideia de fazer uma lasanha. Estava distraída e nem viu que a morena chegou à cozinha e ficou observando-a. Estava com uma blusa comprida e descalça. Olhava a panela com o molho, ao mesmo tempo em que tirava o macarrão e deixava escorrer numa outra panela. Montou a lasanha e colocou no forno. Quando virou se assustou com Juliette.

- Ai, que susto! Acordou faz tempo amor?

- Não, você não estava na cama, aí resolvi descer pra ver o que estava aprontando. – foi se aproximando.

- Estou fazendo uma lasanha.

- Eu vi.

- Estava me espionando é?

- Apenas observando. – Juliette a beijou. – Sabia que você está muito sexy com essa blusa?

- Eu? Nossa, essa blusa é velha, é um camisolão. Ela é fresquinha por isso coloquei. Tomou banho?

- Tomei. Minhas costas estão ardendo. Acho que uma gata me arranhou.

Sarah morreu de vergonha com o comentário, ficou vermelha imediatamente.

- Desculpa, é que... ontem você estava impossível. – falou envergonhada.

Juliette ficava toda besta com os elogios da namorada sobre seu desempenho na cama, inflava seu ego. Almoçaram sem pressa e Juliette adorou a comida.

- Estou me acostumando mal, vou querer comidinha da namorada sempre.

- É né, comidinha, massagem, mais o que?

- Quero você inteira só pra mim.

Sarah sorriu e levantou de sua cadeira, sentando no colo de Juliette,  de frente pra ela.

- Você já me tem.

- Quero todo dia, toda hora. – a olhou com cobiça.

- Assim você enjoa.

- Não sei o que João te falou sobre mim, mas pode apostar que não enjoo de você.

Sarah pensava naquelas palavras, poderia ser verdade, mas como será que Juliette tinha enjoado das outras mulheres? Passaram a tarde namorando e mais a noite foram ao shopping dar uma volta.

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