Capítulo 52

1.1K 106 86
                                    

À noite Luisa estava elétrica e deixando todos agitados na casa, Juliette pediu para levá-la ao parquinho do prédio, surpreendendo totalmente Sarah. Estavam descendo pelo elevador e a loirinha ainda a olhava.

- Está gostando mesmo do ofício de babá. – sorriu para Juliette.

- Estou treinando, sabe como é, sou noiva e vai que minha noiva engravida a qualquer momento.

Sarah deu uma gargalhada.

- Nem pense nisso, ainda estou estudando, filho só depois da faculdade. Isso se eu tiver condições de ter um.

- Quer ter filhos mesmo?

- Não sei te dizer. Às vezes eu tenho vontade, mas me acho muito imatura ainda. Sei que se tiver saberei cuidar, mas não quero me precipitar.

- Tem razão, filho é um compromisso para a vida toda.

- Porque a gente sempre quer dar a eles o melhor do melhor. Educação, viagens, estrutura e tudo mais. Não gostaria de não poder proporcionar isso a um filho meu.

Ficaram sentadas num banco próximo e deixaram Luisa se esbaldar no parquinho. Depois foram no balanço, escorregador e até num pequeno carrossel. Só voltaram quando notaram que a menina estava cansada.

- Está sujinha neném. – Juliette falou.

- Nossa, acho que o banho dela vai sobrar pra mim, ela estava limpinha quando desceu.

- Mas eu to falando de você. Olha a sua roupa. – Juliette riu.

- Você não está muito fora disso viu.

Quando entraram no apartamento Juliette colocou Luisa no chão e ela foi sujando a casa toda de areia.

- Minha nossa senhora! Luisa! Está sujando tudo. – Abadia veio correndo para pegá-la.

- Deixa ela, brincamos muito. Agora acho que ela dorme. – Juliette falou.

Maria Abadia pegou a menina e ela mesma deu banho. Sarah e Juliette também tomaram banho, separadamente claro e foram deitar, pois já estava tarde.

No dia seguinte fizeram como combinado e a última parada foi o Jardim Botânico. Acabaram por almoçar ali perto. A última parada foi na praia de Copacabana e depois voltaram para o apartamento. Maria Abadia arrumava as coisas para irem embora no dia seguinte e Sarah já se mostrava triste. Parou na porta do quarto onde estavam os pais e ficou olhando.

- Filha, quando vai para São Paulo?

- Não sei mãe, vou esperar um brecha das apresentações. Talvez vá até mesmo no meio da semana. Porque final de semana está complicando e não posso deixar de tocar.

- Ta certo.

Evandro se aproximou e entregou um pequeno envelope.

- Sarah, isso é pra ajudar nas despesas, ficamos aqui todos esses dias e não gastamos um centavo.

- Não precisa pai, eu que fiz questão.

- Mas demos despesas à moça dona da casa.

- Ela quem ofereceu de vocês ficarem. Por favor, não se incomode com isso, foi um convite. Guarde pra quando eu for e a gente faz uma viagem ali por perto.

- Podemos ir para Brotas, você gosta de lá.

- Isso. Combinado!

Sarah deixou os pais e se recolheu, quando entrou no escritório Juliette estava lendo e viu que seus olhos estavam vermelhos.

- Meu amor, não chora. Daqui pouco tempo você vai visitá-los.

- Eu sei, sou uma chorona mesmo. – Sarah se aproximou.

WAVE - SARIETTE Onde histórias criam vida. Descubra agora