Você deixa?

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"Você não se sente preparada? Se você não quiser, tudo bem..."

"E-eu quero... Eu só..."

"Shh..." Ela sorriu pra mim saindo de perto para ligar seu abajur. Gravei cada movimento dela, saindo da sua cabeceira e indo até o interruptor de seu quarto, desligando as luzes. Que bom que ela percebeu que estava nervosa. Principalmente quando ela voltou a ficar perto de mim, na minha frente, olhando em meus olhos.

"Tira pra mim..." Ela disse sussurrando pegando minhas mãos e colocando sobre as alças de seu vestido. Talvez minhas mãos estivessem tremendo mais do que o normal e olhar para os olhos dela me deixavam envergonhada. Mas ela estava ali, pra mim, entregue, disposta, e eu deveria confiar em mim e em todos os filmes que já vi. Er, não filmes pornô. Eu não vejo não. Já vi alguma vez pra poder criticar com embasamento em análises científicas feitas por mim. Parei de ver por um tempo depois de perceber que 89,3% deles tinha de fundo aquele tipo de música que strippers do "Clube das Mulheres" dançavam no programa do Gilberto Barros de homens que ficam pelados por dinheiro... Mas nunca vi filmes lésbicos... tem coisa pra entrar?

Tirei lentamente seu vestido, prestando atenção nos detalhes de seu corpo que a pouca iluminação do quarto me proporcionava. Ela era linda! Suas curvas, suas marquinhas de biquini, a sensação que o atrito entre meus dedos tocavam sua pele... tudo me tirava o fôlego. Eu mordia os meus lábios enquanto olhava suas formas deixando o vestido cair sobre o chão. Olhei para os seus cabelos, ainda presos com os grampos que ela havia colocado e os retirei lentamente.

"Por que...?" Ela perguntou com uma cara confusa.

"Gosto dos seus cabelos desarrumados como quando você acorda" eu disse sorrindo enquanto acariciava os longos fios rebeldes dela. Ela sorriu envergonhada me puxando pela cintura, grudando seu corpo ao meu. Eu, que tentava não olhar tanto para os seus seios descobertos, senti meu corpo vibrar com o toque deles ainda sobre meu vestido. Ela me beijou o pescoço fazendo um caminho perigoso até minha orelha, chupando o lóbulo com força e sussurando:

"Me deixa tocar você..." Deus, como aquela voz conseguia ficar rouca daquele jeito assim tão perto da minha orelha?

Me virei de costas pra ela juntando meu cabelo para o lado esquerdo enquanto esperava que ela retirasse meu vestido da mesma forma que eu retirei o dela. E ela assim o tirou, colocando suas mãos por dentro do vestido, descendo-o tocando minha pele, fazendo que ele deslizasse sobre mim, deixando-me da mesma forma que ela estava, apenas vestida com um pequeno tecido nas partes íntimas. Meu primeiro ato instintivo foi querer tapar meus seios, de vergonha... Droga, por que eu tinha que ser tão tímida?

Ela me abraçou por trás, grudando seu corpo em mim e me deixando totalmente fora de órbita ao beijar meu pescoço. Suas mãos tocavam minha pele com suavidade, passeando por cada área lentamente, como se quisesse reconhecer o território. Eu não sei o que me deixava mais nervosa: se quando ela passava a mão para baixo ou para cima. Ela começou com a parte de cima, massageando meus seios com cuidado. Fechei meus olhos tentando conter o que as sensações faziam comigo. As coisas se complicaram quando ela fez de meus mamilos, controles de videogame, tocando-os com a ponta de seus dedos. Suspirei baixinho e senti sua respiração quente próxima a minha orelha.

"Sua pele é tão macia..." Ela roçou suas unhas em meus mamilos e eu tremi novamente. Me virei rápido ficando de frente pra ela. A beijei com vontade cravando minhas unhas em sua nuca. Sua língua acompanhava meus movimentos e ela apertava meu corpo contra o dela, colocando suas mãos na barra da minha calcinha. Sua perna direita se posicionou entre as minhas e ela pôde pressionar minha bunda contra ela, roçando a parte molhada do tecido. Ela deve ter percebido... Eu estava tão molhada naquele momento, sem poder me controlar que, fiquei pensando se ela estava daquele jeito também.

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