A/N: Oi gente, sei que demorei, de novo, mas agora por uma boa causa, porque mês passado foi meu aniversário e uma semana depois eu trabalhei no Carnaval. Pois é, aí ficou difícil concluir o cap. Ele tá bem grandinho, não diz muita coisa, mas ah... é alguma coisa já, né? Tenho escrito as coisas "meia boca", mas uma hora vai.Espero realmente que gostem.
Até uma próxima :)
PS: dica para ler o cap ouvindo Code Blue - The-Dream
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Lavei a mão e saí correndo do banheiro pra ver se minha irmã tinha sobrevivido à mãe da Lauren. Sofia está bem, só um pouco confusa. Vai ver a dona Clara Jauregui é um Pokémon, nunca se sabe.
Eu nem sei o que fazer, se eu mando mensagem pra Lauren, se ligo, mando um telegrama, uma carta de amor... mas o certo é que eu vou até lá, assim que alguém chegar nessa casa, só que tá difícil. Tá certo, mundo em crise, minha mãe e meu pai precisam trabalhar.
BAM!
Olhei pra Sofia, ela me olhou de volta, com medo do barulho da porta batendo com força.
"Vai lá pro seu quarto que eu vou ver onde bateu, tá?" Ela correu e eu também queria correr, mas seria muita covardia para um dia só, não é mesmo?
Subi as escadas, não com tanta classe quanto os Bananas de Pijamas, e me dei conta de que a porta que tinha batido era a minha, já que o quarto dos meus pais está sempre com a porta fechada, a do banheiro também. A da Sofia não está...
"Sofi, foi a sua porta que bateu?"
"Nãoooo, a minha tava aberta quando você falou pra subir"
Abri a porta do meu quarto e a janela não estava aberta, mas a porta do meu armário sim. Gertrudes não estaria brincando com minhas outras pelúcias, como se estivessemos em Toy Story 4. Se bem que não dá pra dizer que não, né? Quando fui até lá, vi a prateleira que vaguei pra que a Lauren colocasse as roupas que ela trouxe partida ao meio, com suas coisas agora em cima das minhas.
Quero ver a Lauren ter uma razão concreta pra que isso tenha acontecido.
"VOCÊ NÃO VAI TOMAR CONTA DA MINHA VIDA!" Hai, eu te amei muito, eu sofri quando você sofreu o acidente, mas a minha vida continua e você precisa ir pra luz. Ai gente, eu tô falando com um espírito. Não que eu não acredite neles. Eu acredito, mas eu cheguei num ponto que eu não deveria chegar. Por hora são coisas remendáveis, mas quando começar a oferecer risco pra gente? Eu não quero ser partida ao meio!
"Mila, você tá falando com quem?" Pronto, só falta minha irmã achar que eu sou louca.
"Hehe, tava mandando um áudio no WhatsApp" para a porta do céu, só pode.
AI MEU DEUS, alguém tá entrando em casa. Tá, se for a minha mãe eu conto primeiro pra ela ou conto pra Lauren? Olha, gente, não tá fácil... dá vontade de deitar em posição fetal e pedir pra minha mãe me botar no útero de novo pra ver se algo me dá uma luz.
"Cadê a minha princesa?" Ouvi meu pai gritar lá embaixo, além da minha irmã enlouquecida indo ao encontro dele. Aproveitei pra pegar minha bolsa porque já que minha mãe não chegou, eu vou é falar com a Lo.
Me despedi dos dois e disse bem onde eu ia pra que caso aconteça algo, meu pai conte para a senhora minha mãe e ela ligue um ponto no outro do mesmo jeito que fazia com as minhas roupas quando descosturavam. Minha mãe poderia ter investido nisso porque ela é boa. Eu lembro que quando eu era pequena e ia para o colégio, logo que cheguei no Brasil, fazia um friiio, a gente não tinha muito dinheiro e minha mãe fez uma blusa de linho com a cara do Pernalonga.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Serendipity
Novela Juvenil"A lei é a razão livre da paixão", já diria Aristóteles. Não faço ideia do que isso interfere na minha vida, mas vi em Legalmente Loira e achei melhor guardar pra se caso um dia eu venha a precisar. Fiquei pensando muito tempo em um resumo da minha...