Capítulo 11 - Dean

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Aquela era uma vista de se admirar!

Podia sentir o calor do sol brilhando acima de mim enquanto bebia cerveja, sentado em uma cadeira de plástico de frente para o lugar onde Jax havia nos conduzido quando nos conhecemos.

À noite a vista não parecia grande coisa, mas ali, de manhã, com aquele sol maravilhoso, era um lugar muito melhor. Vivo, quente, acolhedor. Até o ar era mais limpo e eu queria muito me levantar de onde estava e tirar as roupas pra me jogar na água e aproveitar.

– Dean.

Quase senti minha alma sair do corpo quando ouvi uma voz de mulher atrás de mim. O susto por pouco não me fez derrubar a garrafa de cerveja que eu segurava, mas quando eu me virei pra ver quem me chamava...

Rever aquele rosto fez meu estômago afundar.

– Você – me levantei, sem tirar os olhos dela. – Como...? Meu Deus, eu tô preso num sonho de novo?!

– Não, não está – a garota de pele de porcelana, olhos azuis e cabelos castanho-escuros começou a se aproximar. O olhar era diferente. Já não parecia a moribunda com quem a gente havia se esbarrado meses antes, tendo o sangue coletado por um djinn. – Desculpe aparecer assim, mas eu precisava vir. Vocês precisam sair de Charming, estão em perigo.

– Como sabe onde...?

– Sem tempo pra perguntas, Dean! – ela insistiu, me assustando. – Entrem no carro e vão embora antes que mais alguém morra! Vai logo! – ela se aproximou e me empurrou para trás.

Acordei com a sensação de estar quase caindo da cama, e abri os olhos só a tempo de enxergar minha queda até o chão, me obrigando a acordar.

Minha cabeça estava latejando, meu estômago não estava feliz, mas a adrenalina estava batendo e eu me pus de pé o mais rápido que pude.

A porta do quarto abriu mais rápido do que eu me levantei. Jax apareceu agitado, seminu e suado, me encarando com os olhos arregalados.

– Uma mulher...! – disse exasperado, quase gaguejando. – Sussurrou no meu ouvido!

Me sentei no chão, meio grogue, ainda processando o fato de ter acordado.

– Morena? – franzi o cenho.

– Eu sei lá, porra! Eu não vi a cara dela! Ela disse que era pra correr antes que ela me pegasse!

– Pegar... Pegar, ou pegar, tipo, ''vou te matar''? – bocejei, me agarrando à cama pra levantar.

– Obviamente a segunda opção!

– É, pelo visto não sonhamos mesmo com a mesma mulher.

– Eu não tava sonhando, ô cabeção!

– Ah – pestanejei, o encarando. – Bom, eu tava, e fui avisado pra gente dar o fora daqui.

– Hã?! Do que você tá falando?!

– História pra depois, o que importa é que a gente tem que vazar daqui se não quiser morrer, então faça as malas – gesticulei pra que ele saísse do quarto.

– Dean, mas que merda é essa?! São 3h da manhã! Não vou fazer as malas porra nenhuma! Quem é que tá vindo pra cima da gente?!

– Meninos, que gritaria é essa?

Jax se virou ao ouvir Gemma se aproximando, se embrulhando em um robe, e logo atrás dela estava Sam, descabelado e com a cara amassada pelo travesseiro, ao que parecia. Nenhum deles parecia muito feliz com a barulheira.

– O que tá rolando? – ele perguntou.

– Alguém tá vindo pra cá. Não sei o que é e nem quantos são, só sei que a gente tem que ir embora daqui o quanto antes se não quisermos morrer.

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