Capítulo 16 - Onde há faíscas...

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No dia seguinte à consulta eles não se viram. Passaram as horas trocando mensagens de texto, mas não chegaram a se encontrar. Massimo queria que marcassem de conversar, para tratar de assuntos sérios, por isso, sem Stella por perto. Mas Laura negou. "Não temos nada para tratar", respondeu a ele. Sabia muito bem qual era o objetivo de Massimo. Falar da alimentação, da medicação e, principalmente, convencê-la de que pedir a Jakub um rim seria aceitável.

Pois ele podia tirar isso da cabeça, porque era uma alternativa que jamais aceitaria. Primeiro porque depois de mais de cinco anos sem trocar uma palavra com o irmão, iria se sentir uma aproveitadora caso resolve-se lhe pedir um órgão. Segundo que não acreditava que ele doaria, teria que se importar com ela para isso. E, também porque jamais se perdoaria caso no futuro aquele rim lhe fizesse falta.

Laura então passou o sábado dedica à filha. Levou-a ao shopping, onde além de fazerem compras, brincaram na área infantil e almoçaram. À tarde, as duas brincaram de maquiagem e Laura agradeceu pela eficiência do seu demaquilante. Quando deitou-se para dormir, porém, ela sentiu a tristeza da solidão. Talvez fosse apenas carência, mas, sentiu a falta de ter alguém ali.

- Alguém não, Laura. Não minta para você mesmo. – Ela queria ter Massimo ali. Essa era a verdade.

Para ele, o sábado tinha sido infernal

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Para ele, o sábado tinha sido infernal. Com Laura fugindo dele e negando-se a conversar sobre assuntos que eram importantes e os quais não poderiam ignorar. Ficou estressado de uma forma que o MMA não era a solução. Então foi nadar. Também não resolveu. Queria estar com ela. E, para ser franco, não para discutir suas questões de saúde. Só queria estar com ela, beijar-lhe o corpo e lembra-la de como podiam ser bons juntos. Depois do jantar e de um cigarro, resolveu que não conseguiria dormir sem vê-la e só parou para pensar no que faria quando já apertava a campainha da casa.

Laura ouviu o toque e desceu, desconfiada. Não era hora de visita. No fundo, porém, sabia quem estaria à soleira. Quando abriu a porta, sua mão estava trêmula na maçaneta. Não sabia o que dizer para aquele homem, de quem passou o dia se esquivando, mas, que também havia habitado seus pensamentos o tempo todo. Por sorte, ele também não parecia interessado em falar. Massimo apenas fechou a porta atrás de si e colou seus lábios, passando as mãos por seu corpo e erguendo a camisola curta que ela usava. Laura estava sem calcinha, como gostava de dormir. Ele não demorou a descobrir isso e ela viu faíscas surgirem nos olhos daquele homem, que era fogo puro.

- Stella? - A pergunta de apenas uma palavra foi clara para Laura.

- Dormindo. Só vai acordar amanhã. – Ela respondeu, dando-se a autorização que ele queria. – Vamos para o quarto.

Aquele era um lugar da casa que Massimo ainda não conhecia, mas ao qual não prestou muito atenção ao entrar. Beijava-a com desespero, tentando apagar os anos de distância e também qualquer lembrança que ela pudesse ter da última vez em que ele a tinha tocado intimamente. Inicialmente, ela parecia a mesma Laura de antes, esfregando-se contra ele e gemendo de prazer quando atacou os seios miúdos e firmes.

Novos Dias: a história depois do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora