Capítulo 17 - Feliz

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Quando abriu os olhos na manhã seguinte, Laura tinha plena consciência do que tinha feito na noite passada. E de com quem. A certeza vinha do corpo, plenamente satisfeito e do cheiro de sexo que permanecia no quarto ou nela. Mas, se isso não bastasse de confirmação, o homem deitado num sono tranquilo ao seu lado também serviria para alerta-la de que não estava sozinha. Não esteve sozinha na noite passada e não estava mais sozinha na vida.

 Não esteve sozinha na noite passada e não estava mais sozinha na vida

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Ele queria um relacionamento, não uma noite. Isso Massimo deixou claro desde o dia em que se apresentou a ela, mais de seis anos atrás. Seu ex-marido jamais a procurou querendo uma foda. E agora, depois de tudo o que passaram, também não era isso o que ele buscava. Massimo queria unir suas vidas mais uma vez.

E ela? O que queria de Massimo? Sexo, claro. Se fosse sincera consigo mesma, teria de reconhecer que ainda o desejava. E poderia facilmente atirar-se nos braços dele nos próximos minutos e lhe cobrar a foda prometida. Mas e depois? O que diria para a garotinha que dormia no quarto ao lado? Sabia que ia muito além disso. Confiava em Massimo para deixa-lo participar da sua vida? Porém, na verdade, aos pouquinhos ele havia se aproximado e já participava, não? Com um sorriso bobo no rosto pensou que, nessa vez, ele tinha lhe conquistado antes de levá-la pra cama.

- Dá pra ouvir você pensar, pequena. – Ele disse, abrindo os olhos. – O sol está apenas nascendo e você já está assim, agitada.

Massimo virou-se de lado na cama e puxou para ficar de frente para ele. Beijando-lhe os lábios rápido e delicadamente. Olhava-a tão atentamente que Laura sabia que procurava sinais de arrependimento.

- Bom dia, Massimo. Não, eu não estou arrependida. Pode parar de me analisar. – Dessa vez foi ela a beijar-lhe. E nem tão leve assim. – Mas você sabe que isso não acaba com os nossos problemas, certo?

- Eu sei. – Ele a puxou para si e sentiu-se no céu com ela deitada no seu peito, como sempre adorou senti-la em várias manhãs. – Mas também não precisa criar nenhum novo, Laura. É por Stella que você está nervosa?

- Não...ela gosta de você. Se nos ver...mais próximos e "juntos" de vez em quando, não vai se importar.

Massimo não gostou do "mais próximos" nem do "de vez em quando" na frase de Laura. Parecia esporádico demais. Os fazia parecer dois adolescentes trocando beijos no intervalo do colégio. Mas, se ela precisava de algum distanciamento, tudo bem. Porém, mesmo que seguissem sem estar juntos o tempo todo, gostaria de ser alguém na vida dela. E arriscou, com medo de ser rechaçado, mas disposto a tentar.

- Será que ela gosta de mim o bastante para que eu deixe de ser o "tio Massimo" e passe para o "namorado da mamãe"? – Perguntou, olhando-a nos olhos e vendo a surpresa brotar.

- Namorado? – Eles nunca tinham namorado. Dois meses depois de sequestra-la, ele a tinha pedido em casamento e ela logo descobriu estar grávida. Tinham pulado tantas etapas. – Eu nunca fui sua namorada.

Novos Dias: a história depois do fimOnde histórias criam vida. Descubra agora