História baseada na série 365 Dias e no desgosto a respeito do final original. Sem crer que a trama possa terminar da forma como o terceiro livro se encerra, nos permitimos aqui dar uma nova chance a Laura e Massimo. Os acontecimentos do terceiro li...
Os dias foram passando, se transformando em semanas e depois em meses. E eles encontraram certa rotina. A dupla que Stella formava com a mãe, estava quase evoluindo para um trio. Dias bons, alguns nem tanto. A felicidade dos dias juntos sempre seguida da sombra dos cuidados médicos. Mesmo que eles não falassem sobre o assunto.
Massimo sabia que Laura não gostava de ficar, a todo o momento, respondendo se estava bem. Então, não perguntava. Mas, ficava atento a ela, tentando perceber qualquer mudança. Já Laura, sabendo que ele a observava esperando uma piora a qualquer instante, policiava-se para não demonstrar qualquer sintoma que se tornasse mais agudo ou que surgisse.
Alienada de tudo isso, Stella curtia o momento tendo no novo namorado da mãe um parceiro de brincadeiras e diversões sem fim. Adorava quando ele ia ao colégio lhe buscar e, não apenas tinha resolvido voltar a ensaiar para a apresentação do dia dos pais quanto o convidou para ir assistir.
- Eu não perderia por nada, pequenina.
Laura se preocupava com aquilo e fazia questão que Stella soubesse quem era o seu pai biológico, mas estava achando bonita a relação que Massimo firmava com a filha dela, com laços emocionais mais fortes do que Marcelo jamais teve com ela. De mãos dadas, viram a menina cantar num Português ainda falho e dançar lindamente. Como a maior parte das crianças, Stella deixou a escola no colo do "pai", se de sangue ou não era irrelevante. Quem os via, poderia jurar que olhava uma Torricelli.
Quando Olga chegou a Portimão ostentava sua ainda pequena barriga. Massimo a recebeu e instalou no apartamento onde vivia. Era um local seguro, até porque os seguranças seguiriam ali, com orientação de dar liberdade às duas mulheres, mas estarem atentos a qualquer coisa que elas precisassem. Além disso, Laura e Stella estavam habituadas ao apartamento.
- Stella tem um quarto aqui! – Olga disse, surpresa ao abrir uma porta na procura de onde ficaria.
- Sim, preparei para quando minha namorada e Stella dormem aqui. – Ele lhe piscou, sabendo o quanto Olga estava também satisfeita com o rumo que as coisas tomaram. - Você pode usar o do final do corredor.
- Quando Stella dorme, você quer dizer. Aposto que Laura fica bem acordada.
Ainda naquele dia ele embarcou para a Itália. Teria a semana cheia de compromissos. Entre uma e outra reunião, também pretendia dar atenção a Lucca, que estava com muita saudade do tio e não veio com a mãe para Portimão justamente para que eles passassem aquela semana próximos.
Para Massimo, os dias seguintes foram de muitas reuniões na Itália e de viagens rápidas a outros países onde tinha negócios. Quando conseguiu permanecer na Sicília por mais tempo, além de dar atenção ao sobrinho, conversou com Mario e Domenico.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- Você pretende ficar em Portugal até quando, Massimo? – Mario o questionou. – Não posso crer que pretenda prolongar essa situação por muito mais tempo. Os Espanhóis não fizeram nenhum movimento contra Laura. Ela não precisa de proteção.
