As Crônicas da Serpente - Cataclismo

Obsessão

Oi, meus amores! Voltei com o capítulo novo e mais pov do Illumi porque eu a m o explorar os pensamentos dele. E, dessa vez, temos a presença de nosso queridíssimo mágico psicótico: Hisoka! Espero que o capítulo esteja do agrado de vocês.

Nos vemos em breve,

—Cherry🍒

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Medea Lanfort. 20 anos. Data de aniversário: 12 de dezembro. Tipo sanguíneo: O. Altura: 170cm. Peso: 55kg. Natural de Drires, no Continente Enotiano. Hunter Marítima. Nenhum parente conhecido. Viveu em Clayso, na província de Proyca, até passar no Exame Hunter aos 11 anos. Atualmente reside na República de Lapet, perto da Cordilheira das Lágrimas. Tipo de Nen: desconhecido.

Illumi lia e relia aquele pequeno trecho de informações, tentando encontrar qualquer detalhe que pudesse ter deixado escapar, os olhos negros vidrados na própria caligrafia.

Incrivelmente, quase não havia dados sobre a ladra no banco de dados da Associação ou em qualquer outro lugar que tivesse pesquisado. Era como se ela não tivesse vivido até se tornar Hunter. Claro, suas pesquisas e missões encontravam-se perfeitamente catalogadas nos arquivos do sistema, entretanto não eram fatos pessoais, e detalhes de trabalho não eram importantes a ponto de fazê-lo descobrir algo novo sobre ela.

Bufou, irritado, e inclinou a cabeça para trás enquanto fitava o teto de seu quarto.

Fazia quase um mês desde que eles tinham lutado e aquela agitação agonizante de derrota não o deixara.

Passou as mãos pelo rosto e mordeu a parte interna da bochecha — um hábito que desenvolvera ainda na infância para manter-se focado no que tinha de fazer ao invés de deixar suas emoções cegarem-no.

Tinha que encontrar alguma coisa a respeito dela. Qualquer coisa. Ele precisava de algo que pudesse usar como vantagem quando fosse matá-la.

Sim, após um mês, Illumi desistira da ideia de que o momento certo para sua vitória surgiria e decidira seguir um caminho mais simples. O jeito mais rápido de se livrar daquela mulher irritante era acabar com tudo o mais rápido possível, sem dar chance para ela se preparar. Como um leão atacando sua presa.

Ainda assim, não parecia certo simplesmente ir até o casebre dela e tirar sua vida.

Não, aquilo era muito simples.

Illumi queria que ela sentisse a mesma aflição que ele vinha sentindo desde então. Queria que ela sofresse.

Ao lado do caderno, seu celular vibrou e ele franziu as sobrancelhas suavemente ao ver o nome de seu aliado no identificador de chamadas. Hisoka escolhera um péssimo momento para ligar, como sempre. Respirando fundo, atendeu, sua voz ainda mais fria e apática do que o usual.

— O que você quer, Hisoka?

— Esqueceu de mim, Illu? — provocou dando ênfase no apelido que o assassino odiava. — Você não me enviou o horário que devo te encontrar com antecedência para amanhã como sempre faz, fiquei curioso do porquê... — ele suspirou dramaticamente. — Vai dizer que arrumou outra pessoa para te auxiliar nas missões agora? Vai fazer isso com seu melhor amigo?

Illumi ergueu uma sobrancelha, visivelmente confuso.

— Como assim amanhã? A missão do templo é só daqui a duas semanas, no dia 12. — disse enquanto se levantava e pegava o kanzashi prateado ao lado de sua cabeceira, analisando-o. — E já disse que não somos amigos. Somos aliados por conveniência.