Correspondente Anônimo

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Olá meus queridos leitores, como vocês estão neste belo dia? Espero que todos vocês estejam bem!

Antes de mais nada, a arte do capítulo pode ser vista em: https://www.deviantart.com/pinkkitsu/art/Medea-s-Tattoo-858496766

Espero que gostem deste capítulo. É um dos poucos que eu mal toquei quando comparado com a primeira versão de Cataclismo, porque eu realmente o adoro. Não creio que haja muito dele que eu precise mudar. Ah, finalmente começamos a usar palavras na língua materna da Medea! Yay! De agora em diante, sempre que escrever em Dnihipiano, a tradução estará nas notas finais do capítulo.

Aos meus leitores de LGBTQ+, desejo-lhes um Pride Month alegre! Cuidem-se e divirtam-se, amorzinhos!

Por hoje, foi tudo. Feliz aniversário para mim, feliz Pride Month e não se esqueçam que estamos na HisokaWeek!

Vejo vocês amanhã,

—Cherry🍒

———

Medea não contara a uma alma sequer sobre as mensagens. Talvez fosse uma decisão estúpida, pois ninguém em seu perfeito juízo ficaria calado sobre um possível perseguidor, mas ela não podia falar sobre a situação. Algo dentro de si a impelia a manter o fato em segredo — uma premonição, talvez, e Medea certamente acreditava em um sexto sentido. Não reconhecer o que seu instinto lhe dizia seria tolice.

Além disso, ela estava muito curiosa para saber o que aquele Hunter desconhecido lhe havia enviado. Um presente, ele dissera. Mais uma vez, aceitá-lo era muito provavelmente uma decisão que só um idiota tomaria; havia uma grande possibilidade de que pudesse ser uma brincadeira ou uma tentativa de homicídio.

Mas Medea se importava?

Nem um pouco.

Ela estava ciente que a curiosidade era uma de suas maiores fraquezas, no entanto, era impossível controlar essa necessidade de descobrir o que era obscuro aos seus olhos, era quase incontrolável. Fora provavelmente isso que a hipnotizou tanto sobre a possibilidade de se tornar uma Caçadora. Descobrir coisas novas era a razão pela qual amava seu trabalho, uma coisa pequena, ela sabia disso, mas era a única bússola que ela tinha através dos altos e baixos da vida.

Afinal de contas, era apenas ela e um vasto mundo a implorar para ser explorado. Ninguém jamais se meteu entre eles.

O táxi parou na frente da pequena cabana e assim que o cheiro de pinheiros e acácias invadiu suas narinas, suas preocupações desapareceram. Ela entregou o dinheiro ao motorista e saiu do carro com Killua e Alluka atrás dela, suas mochilas na mão.

— Pare de me empurrar!

— Eu não fiz nada!

— Alluka, para! — Killua reclamou. — Você vai destruir meus Chocorobos!

Ela balançou a cabeça e revirou os olhos. Às vezes, ela esquecia que eles eram apenas alguns anos mais novos que ela, seus rostos ainda infantis e comportamento despreocupado a enganavam, levando-a a vê-los como criancinhas. Era engraçado e esquisito.

Alluka abriu a porta de madeira e a primeira coisa que fez foi atirar sua mochila sobre a mesa, suspirando enquanto se jogava no sofá e se esticava como um gato preguiçoso. Killua revirou os olhos e foi para o quarto, murmurando coisas sobre uma luta que logo seria transmitida pela televisão.

Antes de entrar também, Medea parou. Olhou para a caixa de ferro a poucos metros de sua porta da frente. Em seu peito, excitação borbulhava, e ela mordeu o lábio enquanto se dirigia para lá.

As Crônicas da Serpente - CataclismoOnde histórias criam vida. Descubra agora