A voz Interior

72 12 5
                                    

AVISO DE GATILHO: menções de abuso, menções de molestação, ameaças passadas de estupro, ataque de pânico

———

Olá, adoráveis leitores! Como você tem passado?

Este capítulo é muito emotivo e pode causar desconforto em algumas pessoas. Não será explícito e consistirá de lembranças de certas conversas, alucinações e ataques de pânico. Infelizmente, não posso dizer para pularem partes de nada porque desta vez tudo está conectado, ao contrário do capítulo 16, portanto, por favor, tenham isso em mente.

Infelizmente, eu tenho más notícias. Esta semana será a última vez que publicarei antes de entrar em hiato. Provavelmente levará mais de um mês antes de eu voltar. No entanto, estarei reescrevendo os capítulos que ainda não fiz como tenho feito até agora, apenas em um ritmo mais lento. Espero voltar a vocês com, pelo menos, três capítulos corrigidos recentemente.

De qualquer forma, um grande obrigado a todos por apoiarem esta história! Estou feliz que vocês estejam gostando do Cataclismo!

Por favor, não se esqueçam: as atualizações acontecem todas as segundas e sextas-feiras!

Até a próxima,

—Cherry🍒

———

A lua cheia brilhava no céu. Esplendorosa, etérea, fria. Era assim que Medea a via naquela noite: uma divindade intocável e severa, pronta para julgar suas aprendizes. Ela só aceitaria a melhor delas como sua próxima Sacerdotisa Menor.

Era uma grande pressão.

Das sete que haviam sido escolhidos para a terceira fase, apenas três haviam sido bem-sucedidas em suas missões, incluindo ela própria. Ouvira cochichos sobre como as outras haviam desaparecido, sido gravemente feridas, ou mesmo morrido durante a missão.

Um arrepio percorreu seu corpo.

Esse também quase se tornara o seu destino.

Poderia estar morta agora mesmo. Os Zoldycks a teriam matado, se não fosse por Killua e Alluka.

Ela levou seus dedos à tatuagem no pulso, contornando as linhas para se acalmar. Tudo está bem, você está bem, você está a salvo. É apenas a última fase. Você pode fazer isso, Medea. Inspirando profundamente, fechou os olhos. Um pequeno sorriso apareceu em seus lábios quando ela se lembrou de um par de olhos cinzentos brilhantes.

Kurapika...

Três semanas haviam se passado desde sua estadia na República de Mimbo. Três semanas desde que haviam se separado. O tempo passava tão lentamente sem ele ao seu lado. Às vezes, ela tinha a sensação de que sua vida era um ciclo interminável de tédio. Tudo o que ela fazia era esperar pelo momento em que Kurapika estivesse disponível para que finalmente pudesse ouvir sua voz.

Nos últimos meses, ela havia se afeiçoado bastante a ele e, embora fosse algo que a deixasse nervosa, era um tanto divertido viver uma situação tão comum e mundana. Era um alívio ver que ela também podia experimentar o mesmo que a maioria das pessoas. Que ela podia ser, até certo ponto, normal.

Era reconfortante.

Entretanto, agora que ela estava em Ileack, nada importava além de seu objetivo. Medea faria tudo ao seu alcance para se tornar a mais nova Sacerdotisa Menor.

Seu robe branco de cetim era uma nuvem de fumaça contra sua pele enquanto ela mudava seu peso de uma perna para a outra e o vento soprava contra ela. Medea balançou as mãos e estalou os dedos. A espera a fazia passar mal, ou talvez fosse a bebida ritualística que lhe haviam dado.

As Crônicas da Serpente - CataclismoOnde histórias criam vida. Descubra agora