EU VOLTEEEEI E AGORA É PRA FICAAAAAAR! Eu tô bem animada em trazer mais um capítulo pra vocês e já aviso que o próximo sai entre sábado e domingo, okay? Vai depender se consigo terminar o capítulo 35 e traduzir o 34 entre hoje e amanhã (sim, eu sempre deixo três capítulos adiantados para eu ter mais folga para escrever, trabalho melhor assim), então torçam para que seja rápido!
Ouçam "Money, Power, Glory" da minha eterna rainha Lana del Rey para esse capítulo. Acredito ser bem adequado.
Espero que gostem deste capítulo e escrevam suas teorias para os próximos capítulos! Amo interagir com vocês!
Beijinhos,
—Cherry 🍒
———
O cérebro de Medea congelou.
Uma onda de horror chocou-se contra ela e se instalou na boca de seu estômago. Em seu rosto, não havia mais o sorriso debochado nem o brilho ousado que seus olhos geralmente carregavam, ao invés disso, havia uma expressão que em muito tempo não deu a ninguém o prazer de ver antes.
Desespero.
Durante aquele silêncio interminável e sombrio, ela continuou a olhar para a carta. Toda e qualquer cor fora drenada de suas bochechas e de seus lábios. O ar era como fogo em seus pulmões, mal conseguia respirar.
Seus dedos tremiam. Implorara a qualquer coisa, a qualquer um, a qualquer divindade por aquele maldito naipe. Qualquer carta de espadas. E fora exatamente isso que ela conseguira, no final.
Ás de espadas.
— Oh! O que é isso? — perguntou Hisoka, palavras carregadas de veneno. — Não foi você quem disse que nunca perdia?
Era verdade. Medea era uma excelente apostadora. Sorte nunca era um problema quando fazia apostas e, na verdade, parecia sempre favorecê-la —um bom exemplo disso fora a que fizera com Kurapika, ainda em Padokea. No entanto, não fora isso que acontecera desta vez. Não quando ela mais precisara de sorte.
O destino não estivera do seu lado. Estivera no de Illumi.
Nem uma única palavra saiu de sua boca.
— O que foi, pombinha? — aquela voz sarcástica e sedutora fez todo o corpo dela tremer de medo, mas não olhou para nenhum dos homens à sua frente. — O gato comeu sua língua?
Não era como se não soubesse o que dizer; ela sabia. Tinha muitas coisas que queria dizer aos dois —questionamentos sobre a veracidade do jogo, a honestidade de seu adversário, a falta de envolvimento do companheiro dele, e muito mais—, mas ainda assim permaneceu quieta. Medea não conseguia dizer nada.
Este momento era uma grande e nojenta mancha em sua impecável trajetória de apostas. Era demais. Humilhante demais. Inevitável demais.
Não fazia nenhum sentido. Seu cérebro tentava compreender o que o ás de espadas em sua mão significava, mas, novamente, ela não conseguia.
Medea nunca perdia.
Era simplesmente um fato. Deveria ser irrevogável.
— Um ás de espadas? — Medea se encolheu um pouco quando aquele tom cruelmente divertido chegou aos seus ouvidos. — Acho que isso significa que eu ganhei.
— Significa! — concordou alegremente Hisoka.
— O que você fez? — sua voz vacilou e ela se odiou por isso. No início, mal conseguia levantar o rosto, mas ignorou o gosto amargo na língua e olhou fixamente para o assassino de cabelos escuros. — Que diabos você fez?
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As Crônicas da Serpente - Cataclismo
FanfictionMedea Lanfort simplesmente ama ser uma Hunter Marítima - e como não poderia? Ela tem dinheiro, é respeitada, e tem uma carreira brilhante que passou a última década construindo. Sua vida é perfeita. Quer dizer, até ela se tornar o alvo da obsessão d...