As Crônicas da Serpente - Cataclismo

Aos pés da Montanha

Oie! Gente, eu estou tão feliz de saber que vocês gostaram do capítulo anterior e que estão animados para os próximos também! Sério, que recompensante! Muito obrigada por continuarem aqui, favoritando, comentando e compartilhando essa história.

Gostaria de avisar que eu acabei de terminar a arte do capítulo que vem! Se preparem para o capítulo 13, viu?

Não se esqueçam: updates toda segunda-feira e sexta-feira, chuchus!

Até breve,

—Cherry🍒

———

— Como assim estou proibida de fazer parte de qualquer missão por seis meses? — os olhos de Medea estavam do tamanho de um globo espelhado, sua boca ligeiramente entreaberta enquanto olhava para Kurapika através da tela de seu telefone.

A rua onde ele estava estava cheia de árvores coloridas em tons quentes, suas folhas acobreadas e douradas caindo enquanto caminhava, seu cabelo loiro parecia um pouco mais vibrante do que o normal. Alguns fios emolduravam seu rosto, escapando de seu cabelo parcialmente preso e fazendo-o parecer ainda mais pálido. Um de seus fones de ouvido pretos estava caído dentro de seu casaco para que ele pudesse ficar atento ao seu redor enquanto conversavam.

— Foi o melhor que pude fazer, a empresa de Lasym e seus sócios meio que exigiram isso como forma de punição.

— Punição? Por quê? Por estar viva enquanto ele não está? — ela franziu o cenho.

— Na verdade, não.

— Então por quê?

Kurapika suspirou.

— Eles queriam que você fosse levada para a cadeia até que sua inocência, ou culpa de acordo com eles, fosse provada.

— Tá de sacanagem! — Medeia grunhiu. — Eu não o matei! Eu já disse isso um milhão de vezes!

— Eu acredito em você, e a presidente também. Foi ela quem deu a última palavra a seu favor, dizendo que você tinha sido tão vítima quanto Evanor.

— E eu ainda estou sendo punida...

— Foi uma forma de agradar a gregos e troianos. Tudo vai acabar depois que a audiência provar que você é inocente.

— Audiência?! Como é?

— Oh, sim, eles também insistiram em uma audiência formal no tribunal. A Lasym Corp. e outras empresas que investem na Associação Hunter querem dar o exemplo para todos. Eles querem mostrar que o poder permanece em suas mãos e lembrar aos Caçadores que eles ainda podem ser condenados por certos crimes. Mas não se preocupe, eles não vencerão.

— Como você tem certeza?

— Porque estarei te defendendo e te asseguro, Dhea, que não deixarei que te prendam por algo que você não fez.

Exceto que eu também participei disso.

Ela suspirou. Não havia como mudar sua situação por enquanto, a melhor coisa que ela podia fazer era sugá-la e lidar com ela.

— Tudo bem. Obrigado por tentar me ajudar, a propósito. Acho que eu estaria numa situação bem pior sem você, de verdade — confessou enquanto levava o canudo do seu milkshake de morango aos lábios. — Eu te devo um milhão de favores depois disso.

Ele riu, e balançou a cabeça.

— Imagina, você me poupou muito esforço em Konneticot, é uma maneira de ficarmos quites — ele virou-se para a tela, os olhos outrora tão sérios carregando uma suavidade que fez Medea sorrir. — Além disso, mesmo se nos conhecemos há pouco tempo, já te considero minha amiga. Não poderia deixar você lidar com isso sozinha... — ele limpou a garganta e olhou para o caminho à frente. — Como está indo a viagem?