Memórias e Sonhos

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Oi, galerinha! Perdão pelo atraso, mas cá estou com o novo capítulo! Esse é o primeiro com cenas hot e, para os leitores antigos, é um conteúdo inédito que eu não coloquei na versão anterior. Também é minha primeira cena "solo" em fanfics, então espero que não esteja esquisita kkkk

De qualquer forma, espero que gostem! E não esqueçam: updates são toda segunda e sexta-feira!

A gente se vê por aí!

—Cherry🍒

———

O cheiro de violetas queimadas dominava o ambiente. Não havia nada além dele e do escuro que a envolviam.

Gotas rolavam por sua pele dourada, criando um rastro de brilho por todo o caminho que seguiam. Frio. Um arrepio percorreu seu corpo. Mesmo que não estivesse nua, a túnica que vestia era fina demais para ser conseguir aquecê-la, especialmente considerando que estava em contato direto com o chão de mármore.

Seu nariz coçou, mas ela manteve-se parada.

Quieta.

Imóvel.

Não podia correr o risco de recomeçar o ritual.

A fumaça do incenso enrolou-se em seus membros, em seu torso, em seus cabelos, tomando-a para si como uma mãe a um filho. Apossando-se de seus sentidos, de suas emoções, de seus pensamentos.

Da coisa que existia no seu interior.

Seu Nen.

Era pesada. Espessa. Inalar aquilo era complicado, demandava mais esforço que esperara. Suas narinas ardiam e pequenas lágrimas acumulavam-se nos cantos de seus olhos fechados. Era como forçar sua mão a permanecer sobre uma chama — inatural e doloroso.

Seus olhos arregalaram-se quando ela sentiu a fumaça assentar na boca de seu estômago e pesar em uma região que nunca nem pensara existir.

O que era isso?

Algo dentro de si se remexeu desconfortavelmente.

Ela grunhiu, curvando a cabeça para frente.

— Concentre-se, Medea!

Ela assentiu, apesar de não estar certa de que, de fato, conseguiria fazer aquilo. Era muito incômodo. Seu abdômen doía como se o estivessem socando sem parar.

Respirou fundo.

Não podia lutar contra aquilo. Não podia resistir ao ritual. Precisava que tudo corresse bem, da melhor maneira possível, ou não conseguiria suprimir sua aura. E a Grande Mutável bem sabia como ela precisava fazê-lo.

Fechou os olhos com força, a cabeça girando conforme mais da névoa adocicada adentrava seu corpo.

As sacerdotisas ao seu redor começaram a cantarolar, iniciando uma melodia constante, fúnebre. Os pêlos de seu corpo se arrepiaram. Elas aumentaram o tom, assim como a sensação terrível alojada no ventre de Medea.

Entre e saia

Venha e vá

Aperte e solte

Medea inspirou. Seus pulmões queimaram.

Mantenha

Mantenha

Mantenha

Contenha

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As Crônicas da Serpente - CataclismoOnde histórias criam vida. Descubra agora